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28/09/2005
-
22h20
KÁTIA BRASIL
da Agência Folha, em Manaus
O presidente da Aaglt (Associação Amazonense de Gays, Lésbicas e Travestis), Adamor Guedes, 40, foi assassinado, na madrugada desta quarta-feira, em seu apartamento, na zona central de Manaus (AM).
Guedes era um dos fundadores do movimento gay na região Norte e tinha militância no combate da violência contra os homossexuais e na luta contra a Aids. Desde 1993, quando fundou a Aaglt, Guedes percorria delegacias fazendo levantamento contínuo sobre os crimes contra os homossexuais.
Ontem (27) ele esteve na Delegacia de Homicídio para pedir informações sobre um inquérito policial. De 93 a 2005 foram registrados pela associação 96 assassinatos contra gays. O ativista é a 10ª vítima deste ano.
"Por esse trabalho ele já recebeu muitas ameaças de morte, mas no momento vivia em paz, mas sempre numa luta árdua", afirmou a transgênero Weydman Henriques, 32, secretária de Finanças da Aaglt.
Por volta da 1h30 (2h30 em Brasília), segundo testemunhas, Guedes foi visto com dois homens jovens entrando em seu apartamento, localizado no bairro Aparecida. Quinze minutos depois, os vizinhos ouviram um barulho e pedidos de socorro.
Os dois homens foram vistos levando uma televisão. Houve perseguição aos assassinos, que roubaram também a carteira do ativista. Eles acabaram deixando a TV na rua, fugindo em seguida.
O delegado Josué Rocha, titular da Delegacia de Homicídios, disse que o ativista foi morto com uma facada no pescoço. O crime foi tipificado como latrocínio.
O corpo de Guedes estava sendo velado na Câmara Municipal. "Estou chorando muito porque a gente quer justiça. Perdemos uma liderança importante obstinada pela civilidade e direitos de todos", disse Marcelo Cerqueira, presidente da GGB (Grupo Gay da Bahia).
A sede da GGB estará fechada amanhã, em luto pela morte do militante. A ABGLT (Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Travestis) pediu urgência na elucidação do crime.
"O Programa Nacional de DST e Aids lamenta a perda desse companheiro, que deixa uma lacuna como expressiva liderança nacional, ao mesmo tempo em que reitera seu compromisso com o enfrentamento da homofobia e de sua face mais cruel, a violência", afirmou Pedro Chequer, diretor do Programa Nacional de DST e Aids.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre assassinatos
Fundador do movimento gay na região Norte é assassinado no AM
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da Agência Folha, em Manaus
O presidente da Aaglt (Associação Amazonense de Gays, Lésbicas e Travestis), Adamor Guedes, 40, foi assassinado, na madrugada desta quarta-feira, em seu apartamento, na zona central de Manaus (AM).
Guedes era um dos fundadores do movimento gay na região Norte e tinha militância no combate da violência contra os homossexuais e na luta contra a Aids. Desde 1993, quando fundou a Aaglt, Guedes percorria delegacias fazendo levantamento contínuo sobre os crimes contra os homossexuais.
Ontem (27) ele esteve na Delegacia de Homicídio para pedir informações sobre um inquérito policial. De 93 a 2005 foram registrados pela associação 96 assassinatos contra gays. O ativista é a 10ª vítima deste ano.
"Por esse trabalho ele já recebeu muitas ameaças de morte, mas no momento vivia em paz, mas sempre numa luta árdua", afirmou a transgênero Weydman Henriques, 32, secretária de Finanças da Aaglt.
Por volta da 1h30 (2h30 em Brasília), segundo testemunhas, Guedes foi visto com dois homens jovens entrando em seu apartamento, localizado no bairro Aparecida. Quinze minutos depois, os vizinhos ouviram um barulho e pedidos de socorro.
Os dois homens foram vistos levando uma televisão. Houve perseguição aos assassinos, que roubaram também a carteira do ativista. Eles acabaram deixando a TV na rua, fugindo em seguida.
O delegado Josué Rocha, titular da Delegacia de Homicídios, disse que o ativista foi morto com uma facada no pescoço. O crime foi tipificado como latrocínio.
O corpo de Guedes estava sendo velado na Câmara Municipal. "Estou chorando muito porque a gente quer justiça. Perdemos uma liderança importante obstinada pela civilidade e direitos de todos", disse Marcelo Cerqueira, presidente da GGB (Grupo Gay da Bahia).
A sede da GGB estará fechada amanhã, em luto pela morte do militante. A ABGLT (Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Travestis) pediu urgência na elucidação do crime.
"O Programa Nacional de DST e Aids lamenta a perda desse companheiro, que deixa uma lacuna como expressiva liderança nacional, ao mesmo tempo em que reitera seu compromisso com o enfrentamento da homofobia e de sua face mais cruel, a violência", afirmou Pedro Chequer, diretor do Programa Nacional de DST e Aids.
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