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17/10/2005
-
23h44
JOSÉ MASCHIO
da Agência Folha, em Foz do Iguaçu
A ausência do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, na abertura da 5ª Conferência Executiva de Segurança Pública para a América do Sul, em Foz do Iguaçu (PR), frustrou os organizadores do evento. Bastos iria falar sobre o tema Desarmamento: armas da polícia x armas do crime.
A organização precisou improvisar um debate sobre o assunto. Oficialmente, a ausência do ministro se deu por problemas de agenda. Com cancelamento, foi necessário recrutar um debatedor que defendesse o "sim".
Em um evento que reunia secretários da Segurança, policiais militares e civis, além de representantes de empresas de armas, equipamentos e produtos de segurança, a solução foi buscar alguém fora da conferência.
O deputado Roberto Freire (PPS-PE), que estava em Foz do Iguaçu, foi escolhido para debater com o deputado João Alberto Fraga (PFL-DF), defensor do "não".
No debate mediado pelo secretário da Segurança do Paraná, Luiz Fernando Delazari, Fraga criticou a imprensa, que estaria fazendo campanha pelo "sim". Para Fraga, a proibição de vendas de armas vai deixar o cidadão comum à mercê dos marginais, já que os ricos poderão terceirizar o porte de arma, com a contratação de segurança privada.
Freire disse que a existência "do aparelho policial do Estado é uma conquista do mundo moderno, que abandonou aquela concepção de que cada um cuida de si". Segundo Freire, é necessário, no referendo, que a população decida sobre o tipo de sociedade que quer. "A volta de um pretenso direito de cada um andar armado é a volta da barbárie."
O secretário Delazari disse que irá votar "não" no referendo. Segundo ele, o voto segue o posicionamento do governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), que defende a liberdade de o cidadão utilizar armas. "Pessoalmente, acho que é uma lei que vai ter muita dificuldade de ser cumprida no Brasil", afirmou Delazari.
Paralelo à conferência, acontece a 5ª Interseg (Feira Internacional de Tecnologia, Serviços e Produtos para Segurança Pública) onde estão expostos armamentos, armas não-letais e as novidades em produtos de segurança pública.
O evento começou na noite de domingo (16) e prossegue até terça-feira (18) no Centro de Convenções de Foz do Iguaçu (656 km a oeste de Curitiba).
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TSE proíbe exibição de trecho de programa do "não" com ministro
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Ministro da Justiça falta a debate sobre desarmamento no PR
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da Agência Folha, em Foz do Iguaçu
A ausência do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, na abertura da 5ª Conferência Executiva de Segurança Pública para a América do Sul, em Foz do Iguaçu (PR), frustrou os organizadores do evento. Bastos iria falar sobre o tema Desarmamento: armas da polícia x armas do crime.
A organização precisou improvisar um debate sobre o assunto. Oficialmente, a ausência do ministro se deu por problemas de agenda. Com cancelamento, foi necessário recrutar um debatedor que defendesse o "sim".
Em um evento que reunia secretários da Segurança, policiais militares e civis, além de representantes de empresas de armas, equipamentos e produtos de segurança, a solução foi buscar alguém fora da conferência.
O deputado Roberto Freire (PPS-PE), que estava em Foz do Iguaçu, foi escolhido para debater com o deputado João Alberto Fraga (PFL-DF), defensor do "não".
No debate mediado pelo secretário da Segurança do Paraná, Luiz Fernando Delazari, Fraga criticou a imprensa, que estaria fazendo campanha pelo "sim". Para Fraga, a proibição de vendas de armas vai deixar o cidadão comum à mercê dos marginais, já que os ricos poderão terceirizar o porte de arma, com a contratação de segurança privada.
Freire disse que a existência "do aparelho policial do Estado é uma conquista do mundo moderno, que abandonou aquela concepção de que cada um cuida de si". Segundo Freire, é necessário, no referendo, que a população decida sobre o tipo de sociedade que quer. "A volta de um pretenso direito de cada um andar armado é a volta da barbárie."
O secretário Delazari disse que irá votar "não" no referendo. Segundo ele, o voto segue o posicionamento do governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), que defende a liberdade de o cidadão utilizar armas. "Pessoalmente, acho que é uma lei que vai ter muita dificuldade de ser cumprida no Brasil", afirmou Delazari.
Paralelo à conferência, acontece a 5ª Interseg (Feira Internacional de Tecnologia, Serviços e Produtos para Segurança Pública) onde estão expostos armamentos, armas não-letais e as novidades em produtos de segurança pública.
O evento começou na noite de domingo (16) e prossegue até terça-feira (18) no Centro de Convenções de Foz do Iguaçu (656 km a oeste de Curitiba).
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