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27/10/2005
-
00h24
da Agência Folha
Colaboração para a Folha de S. Paulo
O rio Solimões está subindo em média 30 cm por dia. Esse é um sinal de que a ocorrência de chuvas está voltando à normalidade na região oeste do Amazonas.
De acordo com o 1º Distrito do Inmet (Instituo Nacional de Meteorologia), entre domingo e quarta-feira (26), as precipitações registradas em Benjamin Constant (1.118 km de Manaus) somaram 160 milímetros.
"A tendência é começar a normalidade das chuvas. Mas, como o solo ainda está muito seco, essa chuva serve para recuperar o solo e depois normalizar a hidrologia do rio", afirmou meteorologista Flávio de Oliveira.
Na quarta-feira, o Solimões marcava 4,13 m, em Tabatinga (1.105 km de Manaus). Na cheia, o volume médio do rio atinge os 12,30 m.
Durante a estiagem, as águas do rio desceram a cota mínima de 36 cm, impedindo que barcos de passageiros e balsas com combustível chegassem a Tabatinga, que centraliza a economia no oeste amazonense.
O meteorologista Flávio Oliveira afirmou que a seca atípica está associada ao aquecimento anormal do Atlântico, na porção norte. "São os oceanos que governam o clima. Tanto as grandes secas quanto as grandes cheias são fenômenos bastantes cíclicos."
Na quarta-feira, pela primeira vez depois do agravamento da estiagem, o nível das águas do Negro estagnou em 14,75 m.
Segundo o engenheiro hidrólogo Daniel Oliveira, do Serviço Geológico do Brasil, depois de uma parada, o rio Negro pode continuar com seu nível descendo ou subindo por uma semana ou mais. "Só vamos ter certeza se a cheia começou daqui uma semana."
Pará
No Pará, o governo informou que as chuvas intensas devem voltar ao Estado somente em janeiro, um mês depois do normal. De acordo com a Secretaria Executiva de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente, podem ocorrer chuvas isoladas até o final deste ano, mas elas não devem ser suficientes para reverter os efeitos da seca.
O número de municípios em situação de emergência já chega a 13 no Pará. Ontem, o município de Belterra juntou-se a Santarém, Monte Alegre, Óbidos, Oriximiná, Alenquer, Terra Santa, Curuá, Faro, Juruti, Itaituba, Prainha e Jacareacanga, todos no oeste do Estado.
Apesar de já decretada a situação de emergência, os dados de Belterra ainda não foram divulgados. Por isso, o número oficial de pessoas atingidas pela seca no Pará se mantém em 95.784. No Amazonas, onde foi decretada calamidade em todos os 62 municípios do Estado, são cerca de 62 mil pessoas atingidas.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre estiagens
Chuvas aumentam nível do rio Solimões
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Colaboração para a Folha de S. Paulo
O rio Solimões está subindo em média 30 cm por dia. Esse é um sinal de que a ocorrência de chuvas está voltando à normalidade na região oeste do Amazonas.
De acordo com o 1º Distrito do Inmet (Instituo Nacional de Meteorologia), entre domingo e quarta-feira (26), as precipitações registradas em Benjamin Constant (1.118 km de Manaus) somaram 160 milímetros.
"A tendência é começar a normalidade das chuvas. Mas, como o solo ainda está muito seco, essa chuva serve para recuperar o solo e depois normalizar a hidrologia do rio", afirmou meteorologista Flávio de Oliveira.
Na quarta-feira, o Solimões marcava 4,13 m, em Tabatinga (1.105 km de Manaus). Na cheia, o volume médio do rio atinge os 12,30 m.
Durante a estiagem, as águas do rio desceram a cota mínima de 36 cm, impedindo que barcos de passageiros e balsas com combustível chegassem a Tabatinga, que centraliza a economia no oeste amazonense.
O meteorologista Flávio Oliveira afirmou que a seca atípica está associada ao aquecimento anormal do Atlântico, na porção norte. "São os oceanos que governam o clima. Tanto as grandes secas quanto as grandes cheias são fenômenos bastantes cíclicos."
Na quarta-feira, pela primeira vez depois do agravamento da estiagem, o nível das águas do Negro estagnou em 14,75 m.
Segundo o engenheiro hidrólogo Daniel Oliveira, do Serviço Geológico do Brasil, depois de uma parada, o rio Negro pode continuar com seu nível descendo ou subindo por uma semana ou mais. "Só vamos ter certeza se a cheia começou daqui uma semana."
Pará
No Pará, o governo informou que as chuvas intensas devem voltar ao Estado somente em janeiro, um mês depois do normal. De acordo com a Secretaria Executiva de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente, podem ocorrer chuvas isoladas até o final deste ano, mas elas não devem ser suficientes para reverter os efeitos da seca.
O número de municípios em situação de emergência já chega a 13 no Pará. Ontem, o município de Belterra juntou-se a Santarém, Monte Alegre, Óbidos, Oriximiná, Alenquer, Terra Santa, Curuá, Faro, Juruti, Itaituba, Prainha e Jacareacanga, todos no oeste do Estado.
Apesar de já decretada a situação de emergência, os dados de Belterra ainda não foram divulgados. Por isso, o número oficial de pessoas atingidas pela seca no Pará se mantém em 95.784. No Amazonas, onde foi decretada calamidade em todos os 62 municípios do Estado, são cerca de 62 mil pessoas atingidas.
Especial
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