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01/11/2005 - 23h28

Incêndio já destruiu 13 mil hectares da Chapada Diamantina

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THARSILA PRATES
Colaboração para a Folha de S. Paulo

Pelo menos 13 mil hectares (de um total de 152 mil ha) do Parque Nacional da Chapada Diamantina, na Bahia, já foram devastados pelo fogo, que castiga a região desde o início de outubro.

Os órgãos locais, contudo, não têm um consenso sobre a extensão da área atingida. O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) fala em 15 mil hectares devastados dentro do parque. Para o Corpo de Bombeiros de Lençóis, a média de hectares atingidos é de 13 mil.

A Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado da Bahia divulgou que foram atingidos 15.500 hectares em 11 municípios: Iraquara, Lençóis, Palmeiras, Mucugê, Andaraí, Ibicoara, Itaitê, Rio de Contas, Piatã, Rio do Pires e Érico Cardoso.

O número de focos de incêndio também é divergente. Para o Ibama, são entre 30 e 40. O Grupamento de Bombeiros de Lençóis divulgou 35 focos, e a Secretaria do Meio Ambiente da Bahia diz que esse número é entre 15 e 20.

O gerente de fogo do Parque Nacional, Luiz Coslope, afirma que o fogo afetou a nascente do rio Preto, que abastece a bacia do rio Paraguassu, responsável por cerca de 50% da água consumida em Salvador e no Recôncavo.

O 11º Grupamento de Bombeiros Militares de Lençóis informou que há na região 105 homens, sendo 60 de Salvador. Desses, 30 chegaram nesta terça-feira para ajudar a combater os focos, que tinham se alastrado pelas serras do Lapão, em Lençóis, e do Mucugezinho, próxima ao município de Mucugê.

Há um helicóptero do Ibama na região e outro estava sendo esperado pelo Corpo de Bombeiros. Além dos bombeiros, o Ibama conta com 12 brigadas voluntárias que somam 150 homens. Desses, 35 foram contratados pelo órgão por seis meses.

Técnicos do Ibama dizem que parte do incêndio pode ter origem criminosa. O 11º Grupamento de Bombeiros de Lençóis está apurando a possibilidade de queimadas criminosas com a ajuda da polícia local.

Espécies ameaçadas

Várias espécies de animais e plantas, inclusive ameaçadas de extinção, estão sendo atingidas pelo fogo.

Outras espécies endêmicas (típicas da região) correm o risco de desaparecer com o fogo. O beija-flor-de-gravatinha-vermelha é um exemplo. O macaco-prego-do-peito-amarelo é também uma espécie endêmica da Bahia que vive dentro do parque.

Além disso, algumas espécies de pererecas do gênero hilla e de lagartos do gênero cnemidophorus só são encontradas na região.

Na flora, espécies de orquídeas de flor rosa e de sempre-vivas de flor branca estão sendo atingidas pelo fogo, que ameaça também várias espécies de canelas de ema do gênero vellozia.

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