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08/11/2005
-
16h20
da Folha Online
O promotor de Justiça Maurício Antônio Ribeiro Lopes deve mover nesta terça-feira um mandado de segurança pedindo o afastamento do juiz do 1º Tribunal do Júri de São Paulo, Richard Francisco Chequini.
Na segunda-feira (7), ele rejeitou a denúncia oferecida contra cinco policiais militares e um segurança clandestino por suposta participação no massacre de moradores de rua da região central da cidade, ocorrido em agosto de 2004.
Em sua decisão, o juiz alegou que "a denúncia não reúne os pressupostos necessários para seu recebimento". Três dos denunciados já estiveram presos pelos assassinatos, mas foram liberados ainda no ano passado, a pedido do próprio Ministério Público, por falta de provas.
De acordo com o promotor, porém, desta vez, o juiz se recusou a assistir aos vídeos gravados pela Promotoria, com depoimentos de testemunhas que teriam reconhecido os acusados e descrito o modo como os crimes foram praticados.
"Isso não tem cabimento porque há testemunhas que reconheceram as pessoas e assistiram aos ataques. Essas testemunhas estão, inclusive, sob proteção. Além disso, a imprensa soube da rejeição antes do Ministério Público. Por isso, queremos o afastamento desse juiz do caso."
Suspeitos
Foram denunciados os PMs Jayner Aurélio Porfírio, Marcos Martins Garcia, Cleber Bastos Ribeiro, Paulo Cruz Ramos e Renato Alves Artilheiro, além do segurança Francisco Luiz dos Santos. Artilheiro já está preso sob a acusação de matar uma das testemunhas da chacina.
Segundo a denúncia, apresentada na semana passada, os envolvidos cometeram os crimes de homicídio doloso qualificado (motivo torpe e sem chance de defesa por parte da vítima), tentativa de homicídio, formação de quadrilha e associação para o tráfico de drogas.
A Polícia Civil e o Ministério Público investigam a participação de mais policiais militares na chacina, além dos cinco já denunciados.
O grupo comandaria um esquema criminoso de tráfico de drogas, extorsão de ambulantes e receptação de material roubado na região da praça da Sé (centro), com a ajuda de moradores de rua e adolescentes infratores.
A reportagem não conseguiu localizar, por telefone, representantes dos envolvidos.
Mortes
As agressões contra os moradores de rua ocorreram nos dias 19 e 22 de agosto de 2004. Sete morreram, todos golpeadas na cabeça. Os ataques ganharam repercussão internacional.
Algumas das vítimas teriam sido agredidas apenas para despistar a polícia.
Na época, o secretário da Segurança Pública, Saulo de Castro Abreu Filho, disse que o caso estaria resolvido em 30 dias.
Com Agência Brasil e Folha de S.Paulo
Especial
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Promotor quer afastamento de juiz que rejeitou denúncia contra PMs
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O promotor de Justiça Maurício Antônio Ribeiro Lopes deve mover nesta terça-feira um mandado de segurança pedindo o afastamento do juiz do 1º Tribunal do Júri de São Paulo, Richard Francisco Chequini.
Na segunda-feira (7), ele rejeitou a denúncia oferecida contra cinco policiais militares e um segurança clandestino por suposta participação no massacre de moradores de rua da região central da cidade, ocorrido em agosto de 2004.
Em sua decisão, o juiz alegou que "a denúncia não reúne os pressupostos necessários para seu recebimento". Três dos denunciados já estiveram presos pelos assassinatos, mas foram liberados ainda no ano passado, a pedido do próprio Ministério Público, por falta de provas.
De acordo com o promotor, porém, desta vez, o juiz se recusou a assistir aos vídeos gravados pela Promotoria, com depoimentos de testemunhas que teriam reconhecido os acusados e descrito o modo como os crimes foram praticados.
"Isso não tem cabimento porque há testemunhas que reconheceram as pessoas e assistiram aos ataques. Essas testemunhas estão, inclusive, sob proteção. Além disso, a imprensa soube da rejeição antes do Ministério Público. Por isso, queremos o afastamento desse juiz do caso."
Suspeitos
Foram denunciados os PMs Jayner Aurélio Porfírio, Marcos Martins Garcia, Cleber Bastos Ribeiro, Paulo Cruz Ramos e Renato Alves Artilheiro, além do segurança Francisco Luiz dos Santos. Artilheiro já está preso sob a acusação de matar uma das testemunhas da chacina.
Segundo a denúncia, apresentada na semana passada, os envolvidos cometeram os crimes de homicídio doloso qualificado (motivo torpe e sem chance de defesa por parte da vítima), tentativa de homicídio, formação de quadrilha e associação para o tráfico de drogas.
A Polícia Civil e o Ministério Público investigam a participação de mais policiais militares na chacina, além dos cinco já denunciados.
O grupo comandaria um esquema criminoso de tráfico de drogas, extorsão de ambulantes e receptação de material roubado na região da praça da Sé (centro), com a ajuda de moradores de rua e adolescentes infratores.
A reportagem não conseguiu localizar, por telefone, representantes dos envolvidos.
Mortes
As agressões contra os moradores de rua ocorreram nos dias 19 e 22 de agosto de 2004. Sete morreram, todos golpeadas na cabeça. Os ataques ganharam repercussão internacional.
Algumas das vítimas teriam sido agredidas apenas para despistar a polícia.
Na época, o secretário da Segurança Pública, Saulo de Castro Abreu Filho, disse que o caso estaria resolvido em 30 dias.
Com Agência Brasil e Folha de S.Paulo
Especial
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