Publicidade
Publicidade
10/11/2005
-
22h34
HUDSON CORRÊA
da Agência Folha, em Campo Grande
THIAGO REIS
da Agência Folha
A Polícia Federal de Ponta Porã (335 km de Campo Grande-MS) descobriu um plano para resgatar o traficante Luiz Fernando da Costa --o Fernandinho Beira-Mar-- da superintendência da PF em Florianópolis (SC).
A Folha apurou que a ação deveria ser executada entre os dias 11 e 20 deste mês. Nenhum diretor do órgão, em Mato Grosso do Sul e em Santa Catarina, quis falar sobre o assunto.
A delegacia da PF no município descobriu que criminosos da fronteira com o Paraguai, ligados ao tráfico de cocaína, planejavam a fuga de Beira-Mar.
Os traficantes tentariam tirar proveito da redução do efetivo da PF em razão dos Jogos Nacionais de Integração do órgão. O evento acontece em Salvador, de sábado ao próximo domingo (20). Deve reunir cerca de 1.500 pessoas.
A PF de Ponta Porã comunicou a superintendência da PF em Campo Grande, que, por sua vez, fez o alerta à PF de Santa Catarina.
Um delegado catarinense, que não quis ser identificado, disse que, de fato, alguns agentes foram à Bahia participar dos jogos --que só ocorrem de três em três anos. Por isso dez policiais de Porto Alegre (RS) tiveram de ser enviados ao Estado, apenas para reforçar a segurança do traficante.
Beira-Mar já operou na região de fronteira, de acordo com o juiz federal Odilon de Oliveira. Mas ele afirmou não saber se ainda existem grupos ligados a ele. O juiz disse que há bases no país vizinho de traficantes brasileiros, de São Paulo e Rio de Janeiro.
Em junho de 2002, os traficantes José Elias Fernandes do Amaral, o Bagual, e Eliandro Fernandes do Amaral, o Cateto, supostamente ligados a Beira-Mar, foram condenados a dez anos de prisão cada um por tráfico de 337 quilos de cocaína em Amambaí.
A PF informa que Beira-Mar promoveu uma briga de quadrilha na região de fronteira, antes de ir à Colômbia --onde foi preso. O traficante João Morel foi apontado inicialmente como o dono dos 337 quilos de cocaína pegos com Bagual. Morel foi morto dentro da Penitenciária de Segurança Máxima, em 2001. O mandante teria sido Beira-Mar.
Permanência
Beira-Mar está há pouco mais de um mês em Florianópolis. No dia 7 de outubro, deixou Brasília, em operação sigilosa, também após suspeita de um resgate. Representação da Prefeitura de Florianópolis e ação impetrada pelo presidente da OAB-SC, Adriano Zanotto, pedem sua saída.
O Ministério Público Federal, no entanto, se manifestou nesta quinta favorável à permanência de Beira-Mar na superintendência da PF em Florianópolis.
O procurador da República Marco Aurélio Dutra Aydos disse que ele só será removido por uma ordem judicial e requereu ainda o arquivamento da representação do município.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Beira-Mar
PF descobre plano para resgatar Beira-Mar de sede em Florianópolis
Publicidade
da Agência Folha, em Campo Grande
THIAGO REIS
da Agência Folha
A Polícia Federal de Ponta Porã (335 km de Campo Grande-MS) descobriu um plano para resgatar o traficante Luiz Fernando da Costa --o Fernandinho Beira-Mar-- da superintendência da PF em Florianópolis (SC).
A Folha apurou que a ação deveria ser executada entre os dias 11 e 20 deste mês. Nenhum diretor do órgão, em Mato Grosso do Sul e em Santa Catarina, quis falar sobre o assunto.
A delegacia da PF no município descobriu que criminosos da fronteira com o Paraguai, ligados ao tráfico de cocaína, planejavam a fuga de Beira-Mar.
Os traficantes tentariam tirar proveito da redução do efetivo da PF em razão dos Jogos Nacionais de Integração do órgão. O evento acontece em Salvador, de sábado ao próximo domingo (20). Deve reunir cerca de 1.500 pessoas.
A PF de Ponta Porã comunicou a superintendência da PF em Campo Grande, que, por sua vez, fez o alerta à PF de Santa Catarina.
Um delegado catarinense, que não quis ser identificado, disse que, de fato, alguns agentes foram à Bahia participar dos jogos --que só ocorrem de três em três anos. Por isso dez policiais de Porto Alegre (RS) tiveram de ser enviados ao Estado, apenas para reforçar a segurança do traficante.
Beira-Mar já operou na região de fronteira, de acordo com o juiz federal Odilon de Oliveira. Mas ele afirmou não saber se ainda existem grupos ligados a ele. O juiz disse que há bases no país vizinho de traficantes brasileiros, de São Paulo e Rio de Janeiro.
Em junho de 2002, os traficantes José Elias Fernandes do Amaral, o Bagual, e Eliandro Fernandes do Amaral, o Cateto, supostamente ligados a Beira-Mar, foram condenados a dez anos de prisão cada um por tráfico de 337 quilos de cocaína em Amambaí.
A PF informa que Beira-Mar promoveu uma briga de quadrilha na região de fronteira, antes de ir à Colômbia --onde foi preso. O traficante João Morel foi apontado inicialmente como o dono dos 337 quilos de cocaína pegos com Bagual. Morel foi morto dentro da Penitenciária de Segurança Máxima, em 2001. O mandante teria sido Beira-Mar.
Permanência
Beira-Mar está há pouco mais de um mês em Florianópolis. No dia 7 de outubro, deixou Brasília, em operação sigilosa, também após suspeita de um resgate. Representação da Prefeitura de Florianópolis e ação impetrada pelo presidente da OAB-SC, Adriano Zanotto, pedem sua saída.
O Ministério Público Federal, no entanto, se manifestou nesta quinta favorável à permanência de Beira-Mar na superintendência da PF em Florianópolis.
O procurador da República Marco Aurélio Dutra Aydos disse que ele só será removido por uma ordem judicial e requereu ainda o arquivamento da representação do município.
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Sem PM nas ruas, poucos comércios e ônibus voltam a funcionar em Vitória
- Sem-teto pede almoço, faz elogios e dá conselhos a Doria no centro de SP
- Ato contra aumento de tarifas termina em quebradeira e confusão no Paraná
- Doria madruga em fila de ônibus para avaliar linha e ouve reclamações
- Vídeos de moradores mostram violência em ruas do ES; veja imagens
+ Comentadas
- Alessandra Orofino: Uma coluna para Bolsonaro
- Abstinência não é a única solução, diz enfermeira que enfrentou cracolândia
+ EnviadasÍndice