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11/11/2005
-
10h24
GUTO GONÇALVES
Editor-assistente de Cotidiano da Folha de S.Paulo
ALEXANDRE HISAYASU
da Folha de S.Paulo
Um policial civil disparou pelo menos sete tiros no meio da rua enquanto tentava deter dois adolescentes supostamente envolvidos em uma briga entre estudantes do Colégio Rio Branco, em Higienópolis, na região central, no final da tarde de ontem.
Os disparos acertaram o muro de um prédio localizado na esquina das ruas Maranhão e Rio de Janeiro. Os adolescentes fugiram. Ninguém ficou ferido.
A direção do colégio e sua assessoria não foram localizados para comentar o episódio. Os três policiais envolvidos na ocorrência foram suspensos ontem mesmo.
De acordo com seguranças do Colégio Rio Branco, dois alunos discutiram à tarde por motivos ainda desconhecidos. Um deles, segundo os seguranças que não quiseram se identificar, disse que iria chamar "uma gangue da Bela Vista" para agredir o rival. O mesmo segurança conta que o outro jovem decidiu acionar policiais da DAS (Divisão Anti-Seqüestro), cuja sede fica na avenida Higienópolis, a poucos metros da escola.
Os dois alunos deixaram o colégio no horário normal, às 18h10. Por volta das 19h, um Santana oficial da DAS, levando três investigadores, com o luminoso ligado, estacionou bruscamente em frente ao colégio. "Um dos nossos funcionários foi com os policiais no carro para tentar localizar a gangue", disse um segurança.
O carro da DAS saiu com o segurança do colégio em baixa velocidade. Os ocupantes olhavam atentamente para os adolescentes que andavam pelas imediações.
Na altura do número 80 da rua Engenheiro Edgar Egídio de Souza, em frente à praça Esther Mesquita, quatro adolescentes foram abordados pelos três policiais, com armas em punho, e o segurança do Rio Branco.
Dois adolescentes se assustaram e correram. Eles atravessaram a praça e seguiram para a esquina da rua Maranhão com a Rio de Janeiro, sendo perseguidos por um investigador e o segurança.
Já os outros dois jovens, ambos desarmados, foram abordados pelos outros agentes. Um dos rapazes, negro e com mochila nas costas, levou um tapa no rosto. Os rapazes foram liberados. Tanto a perseguição quanto a agressão foram presenciados pela Folha.
Enquanto eram revistados, disparos foram dados pelo policial que perseguia os outros jovens.
Após os disparos, os policiais foram embora. Cápsulas de calibre ponto 40 (usada pela polícia) foram deixadas no local.
O porteiro do condomínio atingido pelos disparos disse que nenhum morador comentaria o caso. "Eu só ouvi o barulho dos tiros e vi o policial correndo", afirmou. Ele também preferiu não se identificar. A rua estava vazia quando os disparos foram feitos.
Inquérito
Em nota oficial, a assessoria da Secretaria da Segurança Pública informou que "os policiais envolvidos foram identificados, estão suspensos e um inquérito já foi aberto na Corregedoria da Polícia Civil". A assessoria também informou que a DAS irá investigar o que ocorreu.
Até a noite de ontem, o caso não havia sido registrado em nenhuma delegacia da região.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre tiroteios
Policial atira ao perseguir jovem em Higienópolis
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Editor-assistente de Cotidiano da Folha de S.Paulo
ALEXANDRE HISAYASU
da Folha de S.Paulo
Um policial civil disparou pelo menos sete tiros no meio da rua enquanto tentava deter dois adolescentes supostamente envolvidos em uma briga entre estudantes do Colégio Rio Branco, em Higienópolis, na região central, no final da tarde de ontem.
Os disparos acertaram o muro de um prédio localizado na esquina das ruas Maranhão e Rio de Janeiro. Os adolescentes fugiram. Ninguém ficou ferido.
A direção do colégio e sua assessoria não foram localizados para comentar o episódio. Os três policiais envolvidos na ocorrência foram suspensos ontem mesmo.
De acordo com seguranças do Colégio Rio Branco, dois alunos discutiram à tarde por motivos ainda desconhecidos. Um deles, segundo os seguranças que não quiseram se identificar, disse que iria chamar "uma gangue da Bela Vista" para agredir o rival. O mesmo segurança conta que o outro jovem decidiu acionar policiais da DAS (Divisão Anti-Seqüestro), cuja sede fica na avenida Higienópolis, a poucos metros da escola.
Os dois alunos deixaram o colégio no horário normal, às 18h10. Por volta das 19h, um Santana oficial da DAS, levando três investigadores, com o luminoso ligado, estacionou bruscamente em frente ao colégio. "Um dos nossos funcionários foi com os policiais no carro para tentar localizar a gangue", disse um segurança.
O carro da DAS saiu com o segurança do colégio em baixa velocidade. Os ocupantes olhavam atentamente para os adolescentes que andavam pelas imediações.
Na altura do número 80 da rua Engenheiro Edgar Egídio de Souza, em frente à praça Esther Mesquita, quatro adolescentes foram abordados pelos três policiais, com armas em punho, e o segurança do Rio Branco.
Dois adolescentes se assustaram e correram. Eles atravessaram a praça e seguiram para a esquina da rua Maranhão com a Rio de Janeiro, sendo perseguidos por um investigador e o segurança.
Já os outros dois jovens, ambos desarmados, foram abordados pelos outros agentes. Um dos rapazes, negro e com mochila nas costas, levou um tapa no rosto. Os rapazes foram liberados. Tanto a perseguição quanto a agressão foram presenciados pela Folha.
Enquanto eram revistados, disparos foram dados pelo policial que perseguia os outros jovens.
Após os disparos, os policiais foram embora. Cápsulas de calibre ponto 40 (usada pela polícia) foram deixadas no local.
O porteiro do condomínio atingido pelos disparos disse que nenhum morador comentaria o caso. "Eu só ouvi o barulho dos tiros e vi o policial correndo", afirmou. Ele também preferiu não se identificar. A rua estava vazia quando os disparos foram feitos.
Inquérito
Em nota oficial, a assessoria da Secretaria da Segurança Pública informou que "os policiais envolvidos foram identificados, estão suspensos e um inquérito já foi aberto na Corregedoria da Polícia Civil". A assessoria também informou que a DAS irá investigar o que ocorreu.
Até a noite de ontem, o caso não havia sido registrado em nenhuma delegacia da região.
Especial
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