Publicidade
Publicidade
13/11/2005
-
08h56
HUDSON CORRÊA
da Agência Folha, em Sinop (MT)
O ambientalista Francisco Anselmo de Barros, 65, ateou fogo no corpo ontem em Campo Grande (MS) durante um protesto contra o projeto de instalação de usinas de álcool na Bacia do Alto Paraguai, onde fica o Pantanal, defendido pelo governo de Mato Grosso do Sul.
O protesto ocorreu no centro da cidade por volta das 12h. Barros teve 100% do corpo queimado e até 17h estava internado em estado grave na Santa Casa.
Com pelo menos um galão com combustível, supostamente gasolina, Barros molhou dois colchões colocados em forma de cruz no chão. Ele também teria despejado o líquido no corpo. Em seguida, pôs fogo.
Seu colega ambientalista Douglas Santos disse que Franselmo, como era conhecido Barros, lutou há 30 anos contra a instalação das usinas de álcool e conseguiu que o governo de Mato Grosso do Sul aprovasse lei, na década de 80, proibindo os empreendimentos na bacia do Pantanal.
Em agosto passado, o governador José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT, apresentou um projeto na Assembléia Legislativa do Estado que, se aprovado pelos deputados, permitirá a instalação no entorno do Pantanal de usinas de álcool e de açúcar.
Ainda conforme Santos, momentos antes de atear fogo no corpo, Franselmo deixou um pasta com cartas endereçadas à famílias e ambientalistas, sumindo no meio das dezenas de pessoas que faziam o protesto.
Uma delas, segundo Santos, dizia: "Foi difícil tomar essa decisão de sã consciência. A minha vida sempre foi um sacerdócio em defesa da natureza. É a nossa casa e o presente maior de Deus. Se ele deu a vida por nós, eu estou dando a minha vida por ele, defendendo o futuro dos nossos filhos. [...] Continuem a luta por mim. Anselmo".
Na avaliação do governador Zeca do PT, não haverá danos ambientais com as usinas de álcool no entorno do Pantanal.
Leia mais
Morre ambientalista que ateou fogo no corpo durante protesto
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a Bacia do Alto Paraguai
Ambientalista ateia fogo no corpo
Publicidade
da Agência Folha, em Sinop (MT)
O ambientalista Francisco Anselmo de Barros, 65, ateou fogo no corpo ontem em Campo Grande (MS) durante um protesto contra o projeto de instalação de usinas de álcool na Bacia do Alto Paraguai, onde fica o Pantanal, defendido pelo governo de Mato Grosso do Sul.
O protesto ocorreu no centro da cidade por volta das 12h. Barros teve 100% do corpo queimado e até 17h estava internado em estado grave na Santa Casa.
Com pelo menos um galão com combustível, supostamente gasolina, Barros molhou dois colchões colocados em forma de cruz no chão. Ele também teria despejado o líquido no corpo. Em seguida, pôs fogo.
Seu colega ambientalista Douglas Santos disse que Franselmo, como era conhecido Barros, lutou há 30 anos contra a instalação das usinas de álcool e conseguiu que o governo de Mato Grosso do Sul aprovasse lei, na década de 80, proibindo os empreendimentos na bacia do Pantanal.
Em agosto passado, o governador José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT, apresentou um projeto na Assembléia Legislativa do Estado que, se aprovado pelos deputados, permitirá a instalação no entorno do Pantanal de usinas de álcool e de açúcar.
Ainda conforme Santos, momentos antes de atear fogo no corpo, Franselmo deixou um pasta com cartas endereçadas à famílias e ambientalistas, sumindo no meio das dezenas de pessoas que faziam o protesto.
Uma delas, segundo Santos, dizia: "Foi difícil tomar essa decisão de sã consciência. A minha vida sempre foi um sacerdócio em defesa da natureza. É a nossa casa e o presente maior de Deus. Se ele deu a vida por nós, eu estou dando a minha vida por ele, defendendo o futuro dos nossos filhos. [...] Continuem a luta por mim. Anselmo".
Na avaliação do governador Zeca do PT, não haverá danos ambientais com as usinas de álcool no entorno do Pantanal.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Sem PM nas ruas, poucos comércios e ônibus voltam a funcionar em Vitória
- Sem-teto pede almoço, faz elogios e dá conselhos a Doria no centro de SP
- Ato contra aumento de tarifas termina em quebradeira e confusão no Paraná
- Doria madruga em fila de ônibus para avaliar linha e ouve reclamações
- Vídeos de moradores mostram violência em ruas do ES; veja imagens
+ Comentadas
- Alessandra Orofino: Uma coluna para Bolsonaro
- Abstinência não é a única solução, diz enfermeira que enfrentou cracolândia
+ EnviadasÍndice