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15/11/2005 - 23h30

Ibama fará coleta em aves na Lagoa do Peixe, no RS

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LÉO GERCHMANN
da Agência Folha, em Porto Alegre

O Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) vai realizar em dezembro, com o apoio dos ministérios da Agricultura e da Saúde, um mutirão de coleta de amostras de sangue das aves migratórias que no final de todos os anos chegam ao Parque Nacional da Lagoa do Peixe, entre os municípios de Tavares e Mostardas, no sul do Rio Grande do Sul.

Neste ano, uma das preocupações é observar a possibilidade de o vírus da gripe aviária estar sendo transportado para o Hemisfério Sul.

A Lagoa do Peixe, por ser rasa (em média, são 60 centímetros de profundidade), tem uma profusão de crustáceos, microorganismos e peixes disponíveis com facilidade para as aves. Por isso, pelo menos 27 espécies migratórias se dirigem para a região nesta época do ano (são os números identificados pela unidade de conservação). Desse total identificado, 22 aves têm como origem o Hemisfério Norte.

Com a coleta, será possível um mapeamento e uma identificação das possibilidade de aves transportarem o vírus da moléstia.

Os dias de dezembro em que ocorrerá a coleta ainda não foram definidos. A chefe do parque, Maria Teresa Queiroz Melo, ressalva que são remotas as possibilidades de se encontrar o vírus da gripe aviária.

As aves, em sua maioria coscorobas, cisnes-do-pescoço-preto, trinta-réis e flamingos, provêm da Argentina, Chile, Estados Unidos e Canadá. Os 16 países onde foi encontrado o vírus são da Ásia e Europa.

A reserva ecológica da Lagoa do Peixe tem 34,4 mil hectares e é um dos principais pontos de alimentação de aves migratórias no país.

O trabalho de coleta é realizado há três anos, na Lagoa do Peixe e em outras regiões para onde seguem aves migratórias --Maranhão, Amazonas, Amapá e Mato Grosso. A atividade, portanto, não ocorre em razão do surto de gripe aviária. ''Há três anos estamos coletando material em pontos estratégicos do território nacional e, até agora, não encontramos o vírus. Mas é preciso continuar com o trabalho de prevenção porque o risco existe", afirma Queiroz.

Outra moléstia visada pelas coletas é o hantavírus, conhecido também como ''vírus do oeste do Nilo".

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