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17/11/2005
-
23h21
THIAGO GUIMARÃES
da Agência Folha
A "capital do barulho" no Brasil, segundo seus próprios moradores, é Belém (PA). Na capital paraense, 44,2% das famílias entrevistadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) declararam morar perto de ruas ou vizinhos barulhentos.
Na outra ponta, como campeã de tranqüilidade, aparece Goiânia (GO), com 20,7% de famílias insatisfeitas com o barulho das imediações. As duas principais metrópoles, São Paulo e Rio de Janeiro, ocupam, respectivamente, o quinto e o 19º lugares no "ranking do barulho" das capitais.
Os dados sobre a percepção de barulho nas capitais foram organizados pelo IPP (Instituto Pereira Passos), ligado à Prefeitura do Rio de Janeiro. As informações são da última POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), realizada entre julho de 2002 e junho de 2003.
A pesquisa do IBGE, feita em 48.470 domicílios pelo país, incluiu perguntas sobre a qualidade de vida das famílias. Entre elas, questões sobre problemas nas proximidades das moradias, como poluição sonora.
"Não é uma medição de ruído objetiva. É a percepção da família do domicílio sobre se o vizinho e a rua são barulhentos", afirmou o diretor de Informações Geográficas do IPP e ex-presidente do IBGE, Sérgio Besserman.
Para Besserman, os dados da pesquisa são importantes porque mostram o sentimento da população em relação à poluição sonora, que pode variar de acordo com o padrão de exigência.
"Uma cidade pode ter uma população muito exigente com relação ao barulho e ter uma percepção de ruído maior do que outra com o mesmo ou maior ruído, mas onde a percepção não é tão forte", afirmou.
Em Belo Horizonte (MG), segundo lugar no "ranking do barulho", 44% das famílias afirmaram viver em ambientes ruidosos. Para a secretária-adjunta do Meio Ambiente da cidade, Flávia Mourão, o percentual é resultado da manifestação de pessoas que vivem em locais tradicionalmente mais quietos.
"As pessoas se sentem incomodadas porque não vivem em ambientes barulhentos o dia todo", disse. Contudo ela afirmou que a poluição sonora na cidade é tema que merece "atenção pública".
A secretária afirmou ainda que o município mantém um serviço 24 horas de atendimento de reclamações sobre barulho. Segundo ela, são atendidas cerca de 500 chamadas por mês, com medição de ruído nos locais.
O secretário de Meio Ambiente de Goiânia, Clarismino Júnior, atribuiu a performance da capital mais silenciosa aos serviços de fiscalização e atendimento da prefeitura. Afirmou ainda que o fato de a frota de ônibus da cidade ser "razoavelmente nova" também contribui para diminuir a percepção de ruído.
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da Agência Folha
A "capital do barulho" no Brasil, segundo seus próprios moradores, é Belém (PA). Na capital paraense, 44,2% das famílias entrevistadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) declararam morar perto de ruas ou vizinhos barulhentos.
Na outra ponta, como campeã de tranqüilidade, aparece Goiânia (GO), com 20,7% de famílias insatisfeitas com o barulho das imediações. As duas principais metrópoles, São Paulo e Rio de Janeiro, ocupam, respectivamente, o quinto e o 19º lugares no "ranking do barulho" das capitais.
Os dados sobre a percepção de barulho nas capitais foram organizados pelo IPP (Instituto Pereira Passos), ligado à Prefeitura do Rio de Janeiro. As informações são da última POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), realizada entre julho de 2002 e junho de 2003.
A pesquisa do IBGE, feita em 48.470 domicílios pelo país, incluiu perguntas sobre a qualidade de vida das famílias. Entre elas, questões sobre problemas nas proximidades das moradias, como poluição sonora.
"Não é uma medição de ruído objetiva. É a percepção da família do domicílio sobre se o vizinho e a rua são barulhentos", afirmou o diretor de Informações Geográficas do IPP e ex-presidente do IBGE, Sérgio Besserman.
Para Besserman, os dados da pesquisa são importantes porque mostram o sentimento da população em relação à poluição sonora, que pode variar de acordo com o padrão de exigência.
"Uma cidade pode ter uma população muito exigente com relação ao barulho e ter uma percepção de ruído maior do que outra com o mesmo ou maior ruído, mas onde a percepção não é tão forte", afirmou.
Em Belo Horizonte (MG), segundo lugar no "ranking do barulho", 44% das famílias afirmaram viver em ambientes ruidosos. Para a secretária-adjunta do Meio Ambiente da cidade, Flávia Mourão, o percentual é resultado da manifestação de pessoas que vivem em locais tradicionalmente mais quietos.
"As pessoas se sentem incomodadas porque não vivem em ambientes barulhentos o dia todo", disse. Contudo ela afirmou que a poluição sonora na cidade é tema que merece "atenção pública".
A secretária afirmou ainda que o município mantém um serviço 24 horas de atendimento de reclamações sobre barulho. Segundo ela, são atendidas cerca de 500 chamadas por mês, com medição de ruído nos locais.
O secretário de Meio Ambiente de Goiânia, Clarismino Júnior, atribuiu a performance da capital mais silenciosa aos serviços de fiscalização e atendimento da prefeitura. Afirmou ainda que o fato de a frota de ônibus da cidade ser "razoavelmente nova" também contribui para diminuir a percepção de ruído.
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