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30/11/2005 - 23h22

Petrobras corta fornecimento de combustível e asfalto para Salvador

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Colaboração para a Agência Folha, em Salvador

Uma dívida de R$ 2,5 milhões, contraída na atual administração, levou a Petrobras Distribuidora a cortar o fornecimento de combustível (gasolina, óleo diesel e álcool) e asfalto para a Prefeitura de Salvador (BA).

Revoltado com a decisão da empresa, o prefeito João Henrique Carneiro (PDT) desapropriou as três bombas de combustível da Petrobras, que abasteciam toda a frota municipal, e pediu ajuda ao governador Paulo Souto (PFL), seu adversário político.

"A intervenção do governador [que liberou tíquete-combustível para a prefeitura] foi fundamental para que a cidade mantivesse os serviços essenciais em funcionamento", disse o secretário da Fazenda do município, Reub Celestino.

Logo após ser informado do corte efetuado pela Petrobras, o prefeito também contratou, em caráter emergencial, os serviços da Ipiranga, empresa que ficou em segundo lugar na licitação realizada no início do ano.

Por mês, a Prefeitura de Salvador gasta cerca de R$ 600 mil (combustível) e R$ 900 mil (asfalto). "A nossa dívida é muito pequena em relação ao que pagamos mensalmente à empresa", disse Celestino.

De acordo com o secretário, a prefeitura e a Petrobras Distribuidora já tinham acertado um acordo quando a estatal decidiu suspendeu os seus serviços. "A prefeitura iria pagar R$ 300 mil em janeiro e parcelar o restante da dívida."

A Prefeitura de Salvador informou que a Petrobras Distribuidora deve cerca de R$ 15 milhões ao município. "O problema é que nós devemos R$ 55 milhões para a empresa, resultado de dívidas deixadas por antigas administrações", acrescentou o secretário da Fazenda.

Com uma dívida negociada de R$ 1,3 bilhão, a Prefeitura de Salvador pagou neste ano cerca de R$ 200 milhões de débitos para empresas que realizam obras de infra-estrutura.

"Quando começamos a administrar Salvador, a dívida com essas empresas era de R$ 262 milhões. Como precisávamos fazer obras emergenciais, conseguimos reduzir o valor do débito e efetuamos o pagamento", disse Celestino.

Outro lado

Em nota divulgada nesta quarta-feira, a Petrobras Distribuidora informou que tem interesse em encontrar uma solução com a prefeitura.

De acordo com a nota, no primeiro mês de contrato (período de quatro anos), a Prefeitura de Salvador começou a atrasar os pagamentos. "Apesar disso, a prefeitura vem recebendo produtos, a exemplo do que ocorreu na realização da Fórmula Renault e Copa Clio, em que assumiu o compromisso de pagar R$ 300.000 no dia 18 de novembro, o que até o momento não ocorreu", diz a nota.

"Lamentavelmente, a negociação não chegou a bom termo porque a proposta da prefeitura impôs condições inaceitáveis econômica e financeiramente para a companhia, não só em desacordo com o estabelecido no contrato, como também com a adoção de índices não utilizados de forma usual pelo mercado", informou a BR Distribuidora.

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