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03/12/2005
-
10h14
FERNANDA BASSETTE
FABIANE LEITE
da Folha de S.Paulo
O conselho de medicina de São Paulo suspendeu o registro do médico Bruno Molinari, preso em flagrante nesta semana sob a acusação de estelionato e investigado em razão da morte de uma paciente que passou por uma lipoaspiração em sua clínica.
Segundo o órgão, Molinari está impedido temporariamente de atuar no Estado de São Paulo, mas ainda pode exercer a profissão na Bahia, onde também tem autorização para trabalhar.
De acordo com Isac Jorge Filho, presidente do conselho, a decisão é cautelar. "O motivo é que o conselho tem evidências claras de transgressão ao código de ética e entende que a continuidade do registro poderia representar um risco à sociedade."
O médico nega que o procedimento era uma lipoaspiração e afirmou que o hospital Santa Rita não usou desfibrilador no socorro. Destacou ainda que ela utilizava medicamentos --um deles, diz, seria proibido-- e que não teria informado isso antes a ele.
Segundo a assessoria do hospital, a advogada chegou morta ao pronto-socorro, mas recebeu manobras de ressuscitação.
A advogada Silvia Maria Mendonça do Amaral, que defende Molinari no caso do CRM, disse que ainda não viu o teor completo da decisão, mas afirmou que vai tomar as medidas cabíveis na segunda-feira. "Com certeza vou reverter essa situação", disse.
É a quinta vez, nos 50 anos de história do conselho de São Paulo, que o registro de um médico é suspenso cautelarmente, uma medida considerada "anômala" por Filho. O último caso, até ontem, era o do pediatra Eugenio Chipkevitch, acusado de abusar sexualmente de crianças.
A suspensão de Molinari permanecerá até o julgamento do processo aberto contra o médico, previsto para terminar em um ano, segundo Jorge Filho.
Molinari é acusado de se apropriar e de revender irregularmente medicamentos fornecidos pela rede pública de saúde. Esses remédios são usados no tratamento estético de pacientes soropositivos que possuem distrofia muscular (perda da massa muscular).
Molinari também responde a um inquérito policial sobre a morte da advogada e professora Silvana Maria Turine Augusto, 37. Ela se submeteu a uma hidrolipoaspiração em sua clínica e morreu de parada cardiorrespiratória depois de sofrer seis convulsões.
O médico não tem título de cirurgião, o que, segundo o Conselho Federal de Medicina, é necessário para fazer o procedimento.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Bruno Molinari
Conselho suspende registro de médico preso
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FABIANE LEITE
da Folha de S.Paulo
O conselho de medicina de São Paulo suspendeu o registro do médico Bruno Molinari, preso em flagrante nesta semana sob a acusação de estelionato e investigado em razão da morte de uma paciente que passou por uma lipoaspiração em sua clínica.
Segundo o órgão, Molinari está impedido temporariamente de atuar no Estado de São Paulo, mas ainda pode exercer a profissão na Bahia, onde também tem autorização para trabalhar.
De acordo com Isac Jorge Filho, presidente do conselho, a decisão é cautelar. "O motivo é que o conselho tem evidências claras de transgressão ao código de ética e entende que a continuidade do registro poderia representar um risco à sociedade."
O médico nega que o procedimento era uma lipoaspiração e afirmou que o hospital Santa Rita não usou desfibrilador no socorro. Destacou ainda que ela utilizava medicamentos --um deles, diz, seria proibido-- e que não teria informado isso antes a ele.
Segundo a assessoria do hospital, a advogada chegou morta ao pronto-socorro, mas recebeu manobras de ressuscitação.
A advogada Silvia Maria Mendonça do Amaral, que defende Molinari no caso do CRM, disse que ainda não viu o teor completo da decisão, mas afirmou que vai tomar as medidas cabíveis na segunda-feira. "Com certeza vou reverter essa situação", disse.
É a quinta vez, nos 50 anos de história do conselho de São Paulo, que o registro de um médico é suspenso cautelarmente, uma medida considerada "anômala" por Filho. O último caso, até ontem, era o do pediatra Eugenio Chipkevitch, acusado de abusar sexualmente de crianças.
A suspensão de Molinari permanecerá até o julgamento do processo aberto contra o médico, previsto para terminar em um ano, segundo Jorge Filho.
Molinari é acusado de se apropriar e de revender irregularmente medicamentos fornecidos pela rede pública de saúde. Esses remédios são usados no tratamento estético de pacientes soropositivos que possuem distrofia muscular (perda da massa muscular).
Molinari também responde a um inquérito policial sobre a morte da advogada e professora Silvana Maria Turine Augusto, 37. Ela se submeteu a uma hidrolipoaspiração em sua clínica e morreu de parada cardiorrespiratória depois de sofrer seis convulsões.
O médico não tem título de cirurgião, o que, segundo o Conselho Federal de Medicina, é necessário para fazer o procedimento.
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