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09/12/2005
-
22h03
THIAGO REIS
da Agência Folha
A praia nudista da Galheta, em Florianópolis (SC), corre o risco de ser interditada. Uma das mais conhecidas do Brasil, ela recebe até mil turistas por dia no verão. A falta de segurança no local levou o vereador João Batista (PDT) a encaminhar um projeto de lei que determina a suspensão da prática no local.
O nudismo na praia da Galheta é amparado por lei (diferente de outras pelo Brasil, nas quais há a liberação por decreto municipal, que pode ser revogado a qualquer momento pelo prefeito). Está há 15 anos sob proteção jurídica.
"Não sou contrário ao naturismo, mas às condições para praticá-lo. [Na Galheta] A pessoa pode ser estuprada, desrespeitada, e isso não vou deixar acontecer."
Há ainda, afirma, briga com os pescadores, afogamentos e pessoas que vão à praia com intenções que não a prática do nudismo. "Não existe respeito. Há gente que vai para fazer orgias."
Não é obrigatório entrar nu no local. O presidente da Associação Amigos da Galheta, Afonso Alles, concorda que há falta de fiscais no local e diz que pede, todos os anos, policiamento e salva-vidas. Mas, segundo ele, o projeto vai atender a outros interesses. "Isso vai acabar trazendo especulação ao setor imobiliário. É o que está em jogo."
Para Alles, os incidentes que ocorrem na Galheta são similares aos de outras praias. "O problema é na época da tainha, quando os pescadores acabam implicando com os banhistas nus."
A associação sem fins lucrativos é responsável pela preservação da área --um parque ecológico. "Só não temos poder de polícia para expulsar as pessoas."
O coronel Mário Cézar Simas, comandante do policiamento metropolitano da capital, afirma que não possui o número exato de registros de ameaças, insultos e agressões no local. "Mas é uma coisa natural que aconteçam esses casos porque Santa Catarina é um Estado muito conservador."
Segundo ele, a PM irá aguardar uma orientação da Secretaria da Segurança Pública para tomar providências.
A assessoria da secretaria disse que não há um posto policial na Galheta e que, de fato, falta efetivo no órgão. Há concursos públicos para o preenchimento de vagas. Uma audiência pública foi feita nesta semana e uma outra está marcada para acontecer após os dois primeiros meses do ano. "Vou esperar para ver se haverá um comprometimento do poder público. Se isso ocorrer, arquivo o projeto", diz Batista.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre nudismo
Lei pretende acabar com famosa praia de nudismo em SC
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da Agência Folha
A praia nudista da Galheta, em Florianópolis (SC), corre o risco de ser interditada. Uma das mais conhecidas do Brasil, ela recebe até mil turistas por dia no verão. A falta de segurança no local levou o vereador João Batista (PDT) a encaminhar um projeto de lei que determina a suspensão da prática no local.
O nudismo na praia da Galheta é amparado por lei (diferente de outras pelo Brasil, nas quais há a liberação por decreto municipal, que pode ser revogado a qualquer momento pelo prefeito). Está há 15 anos sob proteção jurídica.
"Não sou contrário ao naturismo, mas às condições para praticá-lo. [Na Galheta] A pessoa pode ser estuprada, desrespeitada, e isso não vou deixar acontecer."
Há ainda, afirma, briga com os pescadores, afogamentos e pessoas que vão à praia com intenções que não a prática do nudismo. "Não existe respeito. Há gente que vai para fazer orgias."
Não é obrigatório entrar nu no local. O presidente da Associação Amigos da Galheta, Afonso Alles, concorda que há falta de fiscais no local e diz que pede, todos os anos, policiamento e salva-vidas. Mas, segundo ele, o projeto vai atender a outros interesses. "Isso vai acabar trazendo especulação ao setor imobiliário. É o que está em jogo."
Para Alles, os incidentes que ocorrem na Galheta são similares aos de outras praias. "O problema é na época da tainha, quando os pescadores acabam implicando com os banhistas nus."
A associação sem fins lucrativos é responsável pela preservação da área --um parque ecológico. "Só não temos poder de polícia para expulsar as pessoas."
O coronel Mário Cézar Simas, comandante do policiamento metropolitano da capital, afirma que não possui o número exato de registros de ameaças, insultos e agressões no local. "Mas é uma coisa natural que aconteçam esses casos porque Santa Catarina é um Estado muito conservador."
Segundo ele, a PM irá aguardar uma orientação da Secretaria da Segurança Pública para tomar providências.
A assessoria da secretaria disse que não há um posto policial na Galheta e que, de fato, falta efetivo no órgão. Há concursos públicos para o preenchimento de vagas. Uma audiência pública foi feita nesta semana e uma outra está marcada para acontecer após os dois primeiros meses do ano. "Vou esperar para ver se haverá um comprometimento do poder público. Se isso ocorrer, arquivo o projeto", diz Batista.
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