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16/12/2005 - 22h40

PF prende jornalista suspeita de agredir criança em vôo para Recife

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DANIELE SIQUEIRA
da Agência Folha

A jornalista italiana Stefania di Lellis, 39, foi detida na quinta-feira (15) pela PF (Polícia Federal), em Recife, acusada de agredir uma menina de quatro anos durante um vôo que partiu de Manaus.

Após o registro da ocorrência, a jornalista foi liberada mediante compromisso de se apresentar à Justiça durante o processo.

O incidente ocorreu no vôo 2217 da Varig, que partiu de Manaus com destino a Recife. Segundo o delegado Renato Cintra, Kilze Ribeiro Nascimento, tia da criança, e um passageiro que estava sentado ao lado da italiana informaram que Lellis pressionou a cabeça da menina três vezes contra o encosto da poltrona em que ela dormia.

O motivo apresentado pela tia e pela testemunha, de acordo com o delegado, foi que a menina poderia estar fazendo pressão com os pés no encosto da poltrona da jornalista, na fileira da frente.

A vice-cônsul da Itália em Recife, Enza Bosetti, diz que Lellis "não encostou um dedo na menina" e que tudo não passou de um mal-entendido. Segundo Bosetti, a criança estava chutando a poltrona da jornalista, que tentou, sem sucesso, se comunicar em inglês com a tia.

O delegado disse que a Varig encaminhou à PF um documento assinado por duas comissárias de bordo e pelo comandante da aeronave, no qual reportaram comportamento inconveniente da italiana. A assessoria da empresa aérea confirmou o incidente.

De acordo com o delegado, Stefania di Lellis afirmou, no depoimento, que realmente se ajoelhou em sua poltrona e sacudiu "delicadamente" o encosto da poltrona da menina. Mas afirmou que não tocou na criança, que parecia mesmo estar dormindo.

A vice-cônsul italiana, que serviu de intérprete no depoimento à PF, diz que a jornalista estava no Brasil a passeio, continua em Recife e não quer comentar o caso. O vôo saiu às 3h e chegou a Recife por volta das 10h30. O incidente ocorreu entre as escalas feitas em Belém e Fortaleza.

Segundo o delegado Renato Cintra, a menina foi encaminhada ao IML (Instituto Médico Legal) para exame de corpo de delito, mas não tinha ferimentos visíveis. O resultado ainda não saiu. Lellis é acusada de lesão corporal. A pena varia de três meses a um ano de prisão, mas pode ser substituída por penas por alternativas, como distribuição de cestas básicas.

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