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17/12/2005 - 17h07

Polícia prende outro jovem suspeito de seqüestro em Vigário Geral

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da Folha Online

Um adolescente de 17 anos foi preso neste sábado na favela de Parada de Lucas (zona norte do Rio) suspeito de envolvimento no seqüestro de jovens da favela vizinha de Vigário Geral. Em depoimento, ele inocentou os policiais militares e disse que as vítimas foram mortas por criminosos de Vigário.

O seqüestro ocorreu por volta das 3h de terça-feira (13). No total, 11 jovens foram levados de suas casas por um grupo de aproximadamente 20 homens armados vestidos com fardas da PM. Três acabaram sendo libertados.

Folha Imagem
Vigário Geral (foto), onde jovens foram seqüestrados
Vigário Geral (foto), onde jovens foram seqüestrados
Há suspeitas de que o seqüestro tenha sido cometido por traficantes de Parada de Lucas, onde o tráfico é comandado pelo TC (Terceiro Comando), com o objetivo de obter informações sobre o tráfico em Vigário Geral, controlado pela facção criminosa CV (Comando Vermelho).

Em depoimento, o adolescente preso neste sábado disse que os jovens seqüestrados foram torturados para dar informações e libertados em seguida. Para o adolescente, eles acabaram sendo mortos por traficantes de Vigário, revoltados com as supostas descobertas dos rivais.

PMs

De acordo com a Drae (Delegacia de Repressão a Armas e Explosivos), o adolescente negou que PMs estivessem envolvidos no crime. Ele teria dito que os criminosos chegaram a esperar que o carro blindado do 16º BPM --o chamado Caveirão-- deixasse o local antes de agir.

Com o adolescente foram encontradas roupas pretas e dois pares de coturnos que podem ter sido usadas pelos seqüestradores para fingirem ser PMs. Foram apreendidas ainda uma pistola calibre 380, porções de maconha e artefatos explosivos de fabricação caseira.

Oito fardas completas da PM, sendo três com a identificação do 3º Batalhão, já haviam sido apreendidas na terça-feira (13), em um barraco de Parada de Lucas. Um adolescente de 16 anos foi preso no local, na ocasião.

Os depoimentos dos dois adolescentes presos se contradizem. O primeiro afirmava que os traficantes haviam pagado R$ 50 mil a PMs por auxílio na ação criminosa e que os seqüestrados haviam sido mortos, esquartejados e jogados aos porcos.

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