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18/01/2006 - 09h06

Alvo de resgate era Marcola, admite membro do PCC em escuta telefônica

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da Folha de S.Paulo

Escutas telefônicas feitas pela polícia flagraram um dos organizadores da tentativa frustrada de resgate de presos em Presidente Bernardes (589 km de SP) afirmando que o objetivo da ação era libertar o detento Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, chefe do PCC (Primeiro Comando da Capital).

Grampos também surpreenderam integrantes da facção lamentando o desfecho da operação criminosa, frustrada pela polícia, apesar de um planejamento feito nos mínimos detalhes, como as grades de sete celas serradas antecipadamente para facilitar a fuga.

Maior prova obtida pela polícia, as escutas foram usadas pelo Ministério Público ontem para pedir à Vara de Execuções Criminais da Capital o retorno de Marcola e de outros quatro líderes do PCC ao RDD (Regime Disciplinar Diferenciado), sistema que prevê celas individuais, apenas uma hora de banho de sol por dia e veta o acesso a TV, jornais e revistas.

No pedido, a Promotoria pede o isolamento, de forma cautelar (imediata), por 60 dias. Mas sustenta que, no julgamento do mérito, a internação chegue ao permitido por lei, um sexto da pena.

Além de Marcola, os promotores pediram a internação no RDD dos presos Julio César Guedes de Moraes, o Julinho Carambola, José Carlos Rabelo, o Pateta, David Stockel Ulhoa Maluf, o Magaiver, e Roberto Soriano, o Betinho Tiriça. Todos são considerados integrantes da cúpula do PCC.

Apesar da periculosidade, eles estavam na mesma cela da Penitenciária 1 de Presidente Bernardes --ao lado fica o Centro de Readaptação Penitenciária, que adota o RDD--, uma das sete que tiveram as grades serradas antes da tentativa de resgate.

A Vara de Execuções Criminais da capital deve decidir hoje sobre o pedido do Ministério Público.

Segundo escuta feita pela polícia, a confirmação de que um dos alvos do resgate era Marcola partiu da fala de Paulo Freire da Silva, conhecido como Pedrão. Em uma conversa telefônica com uma pessoa ainda não identificada, ele teria dito que a operação era dirigida para o chefe do PCC.

Também segundo os grampos, Pedrão, João Inácio Gomes, o Jota, e Geovani Lopes Ferreira, o Seu Jô, seriam os principais organizadores da operação. Jota seria o responsável ainda pela arrecadação de dinheiro pela facção criminosa --cerca de R$ 700 mil por mês, segundo a investigação.

Segundo a polícia paulista, tentativas de resgate em presídios de Santo André, Mauá e Assis foram feitas com dinheiro arrecadado pelo PCC.

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