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30/01/2006 - 20h36

Mecânico é acusado de atropelar e matar quatro em Fortaleza

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KAMILA FERNANDES
da Agência Folha, em Fortaleza

Um mecânico é acusado de ter atropelado e matado quatro pessoas na principal avenida de acesso à praia do Futuro, em Fortaleza, no final da tarde de domingo (29).

Um exame clínico feito no IML (Instituto Médico Legal) constatou que o motorista, Haroldo Pereira da Silva, 28, estava alcoolizado enquanto dirigia.

Ele afirmou que não dirigia em alta velocidade, pois tinha acabado de sair de um posto de gasolina onde abasteceu. Disse que apenas tentou desviar de um menino que atravessava a avenida Santos Dumont de bicicleta.

Ao fazer isso, Silva não conseguiu evitar o choque e ainda perdeu o controle da direção.

O carro capotou e atingiu outro adolescente e mais duas mulheres que estavam na calçada. Com o impacto, o veículo ainda derrubou um muro. Silva teve apenas ferimentos leves.

O local do acidente é próximo a uma praça à beira-mar, onde haveria um show musical. Como havia muita gente na região, logo depois do atropelamento, muitas pessoas se aglomeraram ao redor do motorista e ameaçaram linchá-lo. A polícia o protegeu.

Os adolescentes mortos, Francisco Júnior Cunha, 13, e Bruno Ribeiro da Silva, 14, eram amigos e iam de bicicleta para a praia ver o show musical. As duas mulheres atingidas não estavam com documentos e não foram identificadas.

Silva foi indiciado por homicídio culposo (sem a intenção de matar) e por dirigir alcoolizado. As penas variam de seis meses a quatro anos de prisão, segundo a polícia. Ele está preso no 15º Distrito Policial, em Fortaleza.

O carro, um Golf preto, não estava no nome do mecânico, que afirmou, ainda assim, ser o dono. O veículo está no nome de uma mulher que ele afirmou não conhecer e alienado a um banco. Silva também não estava com a carteira de habilitação.

O advogado de defesa, Michel Sampaio Coutinho, afirmou que iria requerer o direito ao pagamento de fiança para a liberação do cliente, pois ele não tem antecedentes criminais e é "um rapaz trabalhador". "Foi uma fatalidade", disse o advogado.

Segundo o delegado Carlos Cavalcante, do 15º DP, a lei garante ao preso, neste caso, o direito ao pagamento de fiança.

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