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01/02/2006 - 18h20

Justiça nega liberdade para mãe que abandonou menina em MG

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da Folha Online

A Justiça de Minas negou nesta quarta-feira o pedido de relaxamento de prisão apresentado pela defesa de Simone Cassiano da Silva, 28, mãe da recém-nascida encontrada boiando na lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte (MG), no sábado (28). Com isso, ela permanece presa.

Segundo informações do TJ (Tribunal de Justiça), os advogados alegaram que a prisão ocorreu fora do flagrante.

Para a defesa, Simone foi presa um dia depois da localização da menina e não houve perseguição que gerasse a presunção da autoria do crime. Porém, o juiz sumariante do 1º Tribunal do Júri de Belo Horizonte, Nelson Missias de Morais, entendeu que a prisão não é ilegal.

Registro

A menina foi registrada nesta quarta-feira como Letícia Maria Cassiano, conforme determinação da juíza-substituta Neuza Maria Guido, do Juizado da Infância e Juventude da cidade.

O registro é provisório e poderá ser alterado por quem assumir a guarda da criança. O nome foi escolhido, segundo a própria juíza, pois Letícia significa alegria e Maria é uma homenagem a Nossa Senhora, em agradecimento por ela ter sobrevivido.

Abandonada

A criança, que tem dois meses de vida, foi encontrada boiando na lagoa, dentro de um saco plástico preto preso a um pedaço de madeira. A menina, prematura e que ficou internada desde seu nascimento, foi localizada poucas horas depois de ter recebido alta médica.

Seu choro foi ouvido por um casal que passeava na orla e pediu socorro. Com a ajuda de um pedaço de madeira, um homem conseguiu retirar o saco da água. Inicialmente, segundo a polícia, eles confundiram o choro da bebê com miados e pensaram tratar-se de um gato.

O namorado da mãe da menina, cuja identidade não foi divulgada, realizou um exame de DNA ontem. Ele disse que pretende assumir a guarda de Letícia, caso seja o pai, e negou que soubesse da gravidez da companheira. Os avós maternos da criança já deram entrada com pedido de guarda na Justiça.

A mãe da menina foi indiciada por tentativa de homicídio. Em depoimento à Polícia Civil, ela negou ter jogado a filha na lagoa, mas admitiu tê-la entregue a uma moradora de rua, junto com R$ 5. Ela tem outra filha, de 10 anos, que é criada pela avó paterna.

Outros casos

Outros casos envolvendo bebês foram registrados nos últimos dias.

Na madrugada desta quarta-feira, uma recém-nascida foi encontrada em uma calçada na rua das Gaivotas, no bairro Vila Clóris, também em Belo Horizonte. Ela possuía apenas uma identificação umbilical, de número 292, que poderá ser usada na localização da mãe.

Ainda nesta quarta, uma mulher de 30 anos foi presa em flagrante sob suspeita de ter colocado a filha recém-nascida em uma sacola plástica e a jogado em um canal próximo de casa, em Canoas (RS). A criança morreu.

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