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10/10/2000
-
19h22
WAGNER OLIVEIRA
da Agência Folha, em Curitiba
A rebelião que começou no domingo na PCE (Penitenciária Central do Estado) vai prosseguir pelo menos até as 10h de quarta-feira (11) em Piraquara (região metropolitana de Curitiba, PR). Sete agentes penitenciários estão sendo mantidos como reféns. Esse é o mais longo motim ocorrido na cadeia nos últimos 11 anos.
Os 16 líderes da rebelião encerraram na tarde de ontem as negociações e só voltam hoje a conversar com o secretário da Segurança do Paraná, José Tavares.
O grupo se dividiu hoje nas conversas mantidas com o secretário. Cinco deles desistiram da fuga e aceitaram a proposta de transferência para presídios de seus Estados de origem.
Os outros 11 presos continuam reivindicando dois carros, armas, munição e coletes à prova de bala para fugir.
Os líderes dos amotinados possuem revólveres, facas e uma granada. Os presos também ameaçam explodir a cadeia utilizando botijões de gás se suas reivindicações não forem atendidas.
A hipótese de fuga é totalmente descartada pelo governo do Paraná. "Nós não vamos compactuar com o favorecimento de fuga de presos. Então, eles devem refletir e buscar outras alternativas para a solução do impasse", afirmou Tavares durante o final das negociações de hoje.
O secretário não conseguiu confirmar a informação divulgada ontem à noite por carcereiros de que quatro presos teriam sido assassinados durante acerto de contas entre gangues rivais.
"Aparentemente, a informação não tem procedência. Em um motim, há esse jogo de palavras."
Durante a tarde de hoje, 35 detentos que estavam na ala de segurança foram transferidos para o presídio de Ahu, em Curitiba.
Plano de fuga
A rebelião começou por volta das 23h do último domingo, quando foi descoberto um plano de fuga. Liderados pelo preso Manoel Oliveira, sequestrador condenado a 326 anos de prisão, o grupo que não conseguiu fugir deu início à revolta.
Oliveira é irmão dos sequestradores de Wellington Camargo, irmão dos integrantes da dupla Zezé di Camargo e Luciano.
Os 1.500 detentos dominam a parte interna do presídio. Parentes dos rebelados acompanham do lado de fora a mobilização da PM, que cerca a cadeia com cerca de mil homens.
Os presos João Wilson Rodrigues (condenado a 60 anos de prisão), Luiz Marcus da Silva Santos (com pena de 77 anos de prisão) e Evanir Antonio Teles da Silva (condenado a 32 anos de prisão) pediram para ser transferidos para Cuiabá (MT).
Gilmar Ferreira (condenado a 36 anos) e Ademar Maboni (condenado a 20 anos) devem ser levados para presídios de Porto Velho (RO).
De acordo com assessoria de imprensa do governo, a rebelião já é mais longa dos últimos 11 anos. Em 1989, um motim na mesma Penitenciária Central do Estado durou 39 horas. A PCE tem 50 anos de funcionamento.
Leia mais notícias de cotidiano na Folha Online
Negociação com rebelados no PR é interrompida e continua hoje
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da Agência Folha, em Curitiba
A rebelião que começou no domingo na PCE (Penitenciária Central do Estado) vai prosseguir pelo menos até as 10h de quarta-feira (11) em Piraquara (região metropolitana de Curitiba, PR). Sete agentes penitenciários estão sendo mantidos como reféns. Esse é o mais longo motim ocorrido na cadeia nos últimos 11 anos.
Os 16 líderes da rebelião encerraram na tarde de ontem as negociações e só voltam hoje a conversar com o secretário da Segurança do Paraná, José Tavares.
O grupo se dividiu hoje nas conversas mantidas com o secretário. Cinco deles desistiram da fuga e aceitaram a proposta de transferência para presídios de seus Estados de origem.
Os outros 11 presos continuam reivindicando dois carros, armas, munição e coletes à prova de bala para fugir.
Os líderes dos amotinados possuem revólveres, facas e uma granada. Os presos também ameaçam explodir a cadeia utilizando botijões de gás se suas reivindicações não forem atendidas.
A hipótese de fuga é totalmente descartada pelo governo do Paraná. "Nós não vamos compactuar com o favorecimento de fuga de presos. Então, eles devem refletir e buscar outras alternativas para a solução do impasse", afirmou Tavares durante o final das negociações de hoje.
O secretário não conseguiu confirmar a informação divulgada ontem à noite por carcereiros de que quatro presos teriam sido assassinados durante acerto de contas entre gangues rivais.
"Aparentemente, a informação não tem procedência. Em um motim, há esse jogo de palavras."
Durante a tarde de hoje, 35 detentos que estavam na ala de segurança foram transferidos para o presídio de Ahu, em Curitiba.
Plano de fuga
A rebelião começou por volta das 23h do último domingo, quando foi descoberto um plano de fuga. Liderados pelo preso Manoel Oliveira, sequestrador condenado a 326 anos de prisão, o grupo que não conseguiu fugir deu início à revolta.
Oliveira é irmão dos sequestradores de Wellington Camargo, irmão dos integrantes da dupla Zezé di Camargo e Luciano.
Os 1.500 detentos dominam a parte interna do presídio. Parentes dos rebelados acompanham do lado de fora a mobilização da PM, que cerca a cadeia com cerca de mil homens.
Os presos João Wilson Rodrigues (condenado a 60 anos de prisão), Luiz Marcus da Silva Santos (com pena de 77 anos de prisão) e Evanir Antonio Teles da Silva (condenado a 32 anos de prisão) pediram para ser transferidos para Cuiabá (MT).
Gilmar Ferreira (condenado a 36 anos) e Ademar Maboni (condenado a 20 anos) devem ser levados para presídios de Porto Velho (RO).
De acordo com assessoria de imprensa do governo, a rebelião já é mais longa dos últimos 11 anos. Em 1989, um motim na mesma Penitenciária Central do Estado durou 39 horas. A PCE tem 50 anos de funcionamento.
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