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06/02/2006 - 12h53

Exame descarta paternidade em caso de menina encontrada em lagoa

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LÍVIA MARRA
Editora de Cotidiano da Folha Online

Um exame realizado pelo Instituto de Criminalística descartou que o namorado da mãe da criança deixada na lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte, seja o pai da menina. Ela foi encontrada no dia 28 de janeiro boiando na lagoa, embrulhada em um saco plástico.

O advogado --que não quis ser identificado-- havia dito que pretendia ficar com a criança, caso o exame confirmasse a paternidade. Em depoimento à polícia, no último dia 30, ele disse que morava com a promotora de vendas Simone Cassiano da Silva, 28, desde agosto e que não sabia da gravidez da namorada.

Simone está presa. Na última sexta-feira (3), o Tribunal de Justiça do Estado negou um pedido de habeas corpus para ela.

No pedido de liberdade, sua defesa alegou que não houve flagrante, portanto ela não deveria estar presa. Os advogados também citaram que a promotora de vendas é ré primária, tem trabalho e residência fixa.

A relatora do processo, desembargadora Jane Silva, considerou em sua decisão que não é possível, sem informações, concluir se houve flagrante ou mesmo se existiu qualquer coação ilegal.

Abandonada

A criança, que tem dois meses de vida, foi encontrada boiando na lagoa, dentro de um saco plástico preto preso a um pedaço de madeira. A menina, prematura e que ficou internada desde seu nascimento, foi localizada poucas horas depois de ter recebido alta médica.

Seu choro foi ouvido por um casal que passeava na orla e pediu socorro. Com a ajuda de um pedaço de madeira, um homem conseguiu retirar o saco da água. Inicialmente, segundo a polícia, eles confundiram o choro da bebê com miados e pensaram tratar-se de um gato.

Em depoimento à Polícia Civil, a mãe negou ter jogado a menina na lagoa, mas admitiu tê-la entregue a uma moradora de rua, junto com R$ 5. Ela tem outra filha, de 10 anos, que é criada pela avó paterna.

Registro

A criança foi registrada como Letícia Maria Cassiano, conforme determinação da juíza-substituta Neuza Maria Guido, do Juizado da Infância e Juventude da cidade.

O registro é provisório e poderá ser alterado por quem assumir a guarda da criança. O nome foi escolhido, segundo a própria juíza, pois Letícia significa alegria e Maria é uma homenagem a Nossa Senhora, em agradecimento por ela ter sobrevivido.

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