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07/02/2006 - 23h24

Ceará investe R$ 500 mil no Carnaval do Rio

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KAMILA FERNANDES
da Agência Folha, em Fortaleza

Ao contrário da Bahia e de Pernambuco, o Estado do Ceará não tem uma grande tradição carnavalesca e, até por causa disso, os investimentos públicos para o Carnaval geralmente são escassos.

Neste ano, porém, a Secretaria da Cultura decidiu aumentar bem esses gastos, mas a maior parte do investimento, R$ 500 mil, não vai ficar no Estado. O dinheiro foi enviado para a Escola de Samba Estação Primeira da Mangueira, no Rio de Janeiro. O valor destinado ao Carnaval em todo o Ceará é R$ 325 mil.

A Mangueira conseguiu o dinheiro por ter como enredo o projeto de transposição de águas do rio São Francisco. A captação foi intermediada pelo Ministério da Integração Nacional, responsável pela obra.

Como o Ceará é um dos beneficiados pelo projeto, o governo foi convocado a dar uma contribuição para a divulgação da obra, que é repleta de polêmicas, para tentar diminuir sua rejeição em Estados como Bahia e Sergipe.

Segundo a Secretaria da Cultura, o dinheiro só foi enviado porque houve uma captação extra de recursos para o Fundo Estadual de Cultura, por meio de empresas privadas que quiseram investir no carnaval carioca.

O dinheiro, de acordo com a secretaria, não poderia ter outro destino, como ficou estabelecido no convênio. Em contrapartida, a Mangueira terá de divulgar, em suas alas, projetos culturais do Ceará.

Entre esses projetos está o de Mestres da Cultura. Há dois anos, o Estado passou a realizar uma espécie de vestibular para titular artistas populares como mestres da cultura e conceder a eles um salário mínimo vitalício. Já são 24 mestres beneficiados.

Para divulgar tal projeto, serão levados ao Rio quatro mestres, que irão participar do desfile, na ala da Velha Guarda da Mangueira.

Eles desfilarão com seus trajes típicos: Manoel Antonio da Silva, o "Mestre Bigode", que comanda um grupo de bacamarteiros em Juazeiro do Norte; Dina Martins Lima, a "Dona Dina", vaqueira em Canindé; José Aldenir Aguiar, o "Mestre Aldenir", mestre de reisado; e Joaquim Mulato de Sousa, o "Mestre Joaquim Mulato", líder do Barbalha --grupo religioso, que faz pregações e penitências.

Segundo a secretaria, todas as 20 agremiações carnavalescas de Fortaleza também terão recursos do Estado. Do total, R$ 200 mil vão para um projeto chamado "Aprendendo com o Carnaval", de capacitação dos participantes da festa.

Especial
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