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11/02/2006
-
09h17
JOSÉ ERNESTO CREDENDIO
da Folha de S. Paulo
A Prefeitura de São Paulo pediu mudanças no projeto do complexo que o Grupo Silvio Santos planeja construir ao lado do Teatro Oficina, no bairro do Bexiga, no centro da cidade.
Os técnicos do DPH (Departamento do Patrimônio Histórico) querem que o projeto arquitetônico reduza ou minimize o impacto visual do paredão do complexo que fica nos fundos do casario tombado nas ruas do Bexiga e Japura. Por estar no entorno de uma região tombada, o empreendimento tem que se adaptar às exigências do órgão.
Segundo o parecer do órgão, da forma como está, a topografia da área faz com que o paredão fique em desacordo com as características arquitetônicas da região.
O empreendimento, aprovado pela prefeitura em 1994, foi objeto de intensa polêmica entre o Grupo SS e o diretor de teatro José Celso Martinez Corrêa, que está à frente do Oficina.
No entanto, apesar de estimular uma região degradada, considera-se que a obra pode descaracterizar uma área simbólica para o teatro brasileiro.
O empresário pretende construir um shopping e ainda um teatro, que ficaria ao lado do Oficina, instalado naquele local há quase 50 anos.
Segundo o Grupo SS, o investimento no complexo, orçado em R$ 75 milhões em 2000, está mantido, mas depende da aprovação dos órgãos municipais para deixar a prancheta. No ano passado, o grupo dizia esperar iniciar a obra ainda neste ano.
Em outubro do ano passado, o Grupo SS demoliu o imóvel onde funcionava uma sinagoga na rua Abolição. Em negociações com o Grupo SS, o diretor havia sugerido a preservação do prédio do templo israelita, a fim de transformá-lo em sede de uma universidade para formação de artistas.
Segundo o diretor do DPH (Departamento de Patrimônio Histórico), Walter Pires, as mudanças pedidas visam dar "mais equilíbrio" à obra e evitar que haja uma mudança brusca na paisagem.
"Agora depende dos arquitetos [contratados para o projeto]. Podem, por exemplo, sugerir uma nova altura para a parede. É preciso mudar a configuração", disse.
O arquiteto Francisco Fanucci, do escritório Brasil Arquitetura, disse que, com o desenvolvimento do projeto, aquele paredão já foi retirado. "Já está diferente. Houve um desenvolvimento posterior do projeto. Não existe mais essa configuração", disse Fanucci. Foi dado prazo de 30 dias, a partir de terça-feira, para que o escritório se manifeste ao Conpresp.
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Erramos:Obra de Silvio Santos terá de ser alterada
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da Folha de S. Paulo
A Prefeitura de São Paulo pediu mudanças no projeto do complexo que o Grupo Silvio Santos planeja construir ao lado do Teatro Oficina, no bairro do Bexiga, no centro da cidade.
Os técnicos do DPH (Departamento do Patrimônio Histórico) querem que o projeto arquitetônico reduza ou minimize o impacto visual do paredão do complexo que fica nos fundos do casario tombado nas ruas do Bexiga e Japura. Por estar no entorno de uma região tombada, o empreendimento tem que se adaptar às exigências do órgão.
Segundo o parecer do órgão, da forma como está, a topografia da área faz com que o paredão fique em desacordo com as características arquitetônicas da região.
O empreendimento, aprovado pela prefeitura em 1994, foi objeto de intensa polêmica entre o Grupo SS e o diretor de teatro José Celso Martinez Corrêa, que está à frente do Oficina.
No entanto, apesar de estimular uma região degradada, considera-se que a obra pode descaracterizar uma área simbólica para o teatro brasileiro.
O empresário pretende construir um shopping e ainda um teatro, que ficaria ao lado do Oficina, instalado naquele local há quase 50 anos.
Segundo o Grupo SS, o investimento no complexo, orçado em R$ 75 milhões em 2000, está mantido, mas depende da aprovação dos órgãos municipais para deixar a prancheta. No ano passado, o grupo dizia esperar iniciar a obra ainda neste ano.
Em outubro do ano passado, o Grupo SS demoliu o imóvel onde funcionava uma sinagoga na rua Abolição. Em negociações com o Grupo SS, o diretor havia sugerido a preservação do prédio do templo israelita, a fim de transformá-lo em sede de uma universidade para formação de artistas.
Segundo o diretor do DPH (Departamento de Patrimônio Histórico), Walter Pires, as mudanças pedidas visam dar "mais equilíbrio" à obra e evitar que haja uma mudança brusca na paisagem.
"Agora depende dos arquitetos [contratados para o projeto]. Podem, por exemplo, sugerir uma nova altura para a parede. É preciso mudar a configuração", disse.
O arquiteto Francisco Fanucci, do escritório Brasil Arquitetura, disse que, com o desenvolvimento do projeto, aquele paredão já foi retirado. "Já está diferente. Houve um desenvolvimento posterior do projeto. Não existe mais essa configuração", disse Fanucci. Foi dado prazo de 30 dias, a partir de terça-feira, para que o escritório se manifeste ao Conpresp.
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