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25/02/2006 - 08h20

Comprar abadás para vender no ano seguinte é bom negócio na BA

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Da enviada especial da Folha de S.Paulo a Salvador
da Agência Folha, em Salvador

Quem comprou abadás --fantasias que identificam o folião no bloco-- no ano passado para revender no Carnaval fez um ótimo investimento. Em média, os preços tiveram um reajuste de 100%, mais do que as principais aplicações financeiras (Bolsa de Valores, dólar, caderneta de poupança ou renda fixa) no período.

O economista Márcio Bittencourt, 32, vendeu na tarde desta sexta-feira dois abadás do Camaleão, bloco puxado pela banda Chiclete com Banana, por R$ 6.200.

"Paguei pelas duas fantasias R$ 3.000, em quatro prestações. Com o meu lucro (R$ 3.200), comprei a minha passagem e a da minha mulher do Rio para Salvador, estou hospedado em um ótimo hotel e ainda vou brincar o Carnaval."

Os que compraram uma fantasia do bloco Coruja também não têm do que se arrepender. No final do Carnaval do ano passado --quando os blocos colocam à venda os carnês--, um abadá custava R$ 500. Doze meses depois, a mesma fantasia foi comercializada por R$ 950, um ágio de 90%.

"Nós ganhamos muito em cima do desespero dos turistas estrangeiros. Eles chegam de última hora e sequer discutem o preço", disse o estudante Leonardo Santana, 21.

No ano passado, Santana comprou seis abadás do bloco. "Com o dinheiro que ganhei agora, vou pagar as minhas dívidas no banco e ainda acho que vai sobrar um pouco para brincar."

Mas comprar fantasias com antecedência não significa lucros imediatos. "Somente os blocos e trios elétricos que saem com os cantores mais famosos é que se valorizam muito", acrescentou Bittencourt.

Na quinta-feira (23) à noite, dois cambistas tentavam vender a fantasia do grupo Rapazola por R$ 20, o mesmo preço do ano passado. "Só não estou triste porque paguei barato pelo abadá. Mas nunca mais compro fantasia de grupo desconhecido pensando em ganhar dinheiro", disse o estudante Fernando Santiago, 20.

A maior expectativa do segundo dia oficial do Carnaval de Salvador era para a apresentação do vocalista da banda irlandesa U2, Bono, em cima do trio Expresso 2222, comandado pelo ministro Gilberto Gil (Cultura).

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