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25/02/2006
-
01h44
da Folha Online
A escola Rosas de Ouro, segunda a desfilar no sambódromo nesta primeira noite do Carnaval de São Paulo, falou sobre o drama da escravização dos negros --não faltaram pessoas amarradas pelo pescoço, negros acorrentados e também sendo chicoteados no pelourinho. Tudo isso ao som do samba-enredo "A Diáspora Africana - Um Crime Contra a Raça Humana".
Entre as alas que causaram mais impacto estava a "Razia" --palavra que significa invasão de território estrangeiro para saque de pessoas. Com poucas roupas, os integrantes andavam em filas, amarrados pelo pescoço com pedaços de madeira.
O desfile também falou sobre a resistência dos negros, representada pela ala "Quilombo" --ela antecedeu o carro "Resistência e Escravidão". Abolição foi outro dos temas mostrados pelos componentes da escola de samba de São Paulo, que abusou das cores fortes e figuras geométricas em sua apresentação.
"Queremos mostrar a verdadeira história e a crueldade com que os negros sempre foram tratados", explicou o carnavalesco Fábio Borges, que está há três anos na escola. Ele disse não ter se preocupado em fazer fantasias necessariamente belas neste desfile, que contou com 3.200 componentes e 27 alas.
Entre os carros que mais chamaram a atenção do público estava um navio -- que representou o tráfico negreiro-- feito de garrafas PET de refrigerantes. Elas estavam cheias de tinta azul, criando um efeito especial com a iluminação do sambódromo.
Desfiles
Com o enredo "Asas da Fascinação", a Gaviões da Fiel abriu o Carnaval de São Paulo. Pertencente ao Grupo Especial de Escolas de Samba Esportivas, conforme regulamento da Liga, a Gaviões conseguiu na Justiça desfilar e concorrer ao título pelo Grupo Especial.
Depois da Rosas, desfilam Nenê de Vila Matilde, Acadêmicos do Tatuapé, Império de Casa Verde, Camisa Verde, Vai-Vai e Mocidade Alegre.
No sábado (25), desfilam Unidos do Peruche, Tom Maior, Acadêmicos do Tucuruvi, Águia de Ouro, Unidos de Vila Maria, Leandro de Itaquera, Mancha Verde e X-9 Paulistana.
Pertencente ao Grupo das Escolas Esportivas, a Mancha foi incluída na programação do Grupo Especial conforme acordo entre a Liga e as agremiações.
O tempo mínimo de cada desfile é de 55 minutos, e o máximo de 65 minutos.
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A escola Rosas de Ouro, segunda a desfilar no sambódromo nesta primeira noite do Carnaval de São Paulo, falou sobre o drama da escravização dos negros --não faltaram pessoas amarradas pelo pescoço, negros acorrentados e também sendo chicoteados no pelourinho. Tudo isso ao som do samba-enredo "A Diáspora Africana - Um Crime Contra a Raça Humana".
Entre as alas que causaram mais impacto estava a "Razia" --palavra que significa invasão de território estrangeiro para saque de pessoas. Com poucas roupas, os integrantes andavam em filas, amarrados pelo pescoço com pedaços de madeira.
O desfile também falou sobre a resistência dos negros, representada pela ala "Quilombo" --ela antecedeu o carro "Resistência e Escravidão". Abolição foi outro dos temas mostrados pelos componentes da escola de samba de São Paulo, que abusou das cores fortes e figuras geométricas em sua apresentação.
"Queremos mostrar a verdadeira história e a crueldade com que os negros sempre foram tratados", explicou o carnavalesco Fábio Borges, que está há três anos na escola. Ele disse não ter se preocupado em fazer fantasias necessariamente belas neste desfile, que contou com 3.200 componentes e 27 alas.
Entre os carros que mais chamaram a atenção do público estava um navio -- que representou o tráfico negreiro-- feito de garrafas PET de refrigerantes. Elas estavam cheias de tinta azul, criando um efeito especial com a iluminação do sambódromo.
Desfiles
Com o enredo "Asas da Fascinação", a Gaviões da Fiel abriu o Carnaval de São Paulo. Pertencente ao Grupo Especial de Escolas de Samba Esportivas, conforme regulamento da Liga, a Gaviões conseguiu na Justiça desfilar e concorrer ao título pelo Grupo Especial.
Depois da Rosas, desfilam Nenê de Vila Matilde, Acadêmicos do Tatuapé, Império de Casa Verde, Camisa Verde, Vai-Vai e Mocidade Alegre.
No sábado (25), desfilam Unidos do Peruche, Tom Maior, Acadêmicos do Tucuruvi, Águia de Ouro, Unidos de Vila Maria, Leandro de Itaquera, Mancha Verde e X-9 Paulistana.
Pertencente ao Grupo das Escolas Esportivas, a Mancha foi incluída na programação do Grupo Especial conforme acordo entre a Liga e as agremiações.
O tempo mínimo de cada desfile é de 55 minutos, e o máximo de 65 minutos.
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