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26/02/2006
-
10h32
do Agora
Depois de permanecer mais de seis meses preso na carceragem do 13º DP (Casa Verde), Afonso José da Silva, 35 anos, o Afonso Camelô, líder de uma entidade de camelôs da capital, foi libertado ontem com a promessa de que voltará a "investigar e denunciar" a fiscalização sobre o comércio ambulante na região do Brás (área central de São Paulo).
"Estou convencido de que a máfia instaurada hoje é superior à de 1999. Só amputamos uma perna do câncer da corrupção instaurado no Brás, mas esse câncer já se alastrou para o corpo inteiro", declarou, ao recordar as denúncias de corrupção que fez, há sete anos, contra a Administração Regional da Sé e o deputado estadual Hanna Garib.
Ainda em 1999, Silva levou quatro tiros num atentado. "A cadeia é pior do que correr risco de vida num hospital. Sair dali [da cadeia] é [começar] uma nova vida. Tudo o que eu sofri só me dá vitaminas para eu continuar na luta", declarou Silva.
Afonso Camelô estava na cadeia respondendo pelos crimes de formação de quadrilha, extorsão, resistência à prisão, desacato, dano ao patrimônio público e ameaça, esta última a única acusação que lhe rendeu condenação, de seis meses. Ele foi preso em Vitória da Conquista (BA), em 25 de agosto passado, dias depois de um tumulto generalizado entre policiais e camelôs do Brás.
"Tudo o que aconteceu naquele dia não foi mais do que uma armadilha. Eu repudio aquele vandalismo, mas não podiam prender um monte de inocentes, como fizeram", disse Silva. Na confusão, das 23 pessoas detidas, dez permaneceram presas por 101 dias --nenhuma foi condenada.
"Vamos solicitar uma investigação junto ao Ministério Público sobre isso", declarou.
Um dos que ficaram presos estava ontem à tarde, na porta do 13º DP. "Não tinha nada a ver com a história. Estava passando no local para ir comprar um presente para o meu pai", disse Leandro Dantas de Jesus, 19 anos. Ele era uma das cerca de 30 pessoas que estavam à espera de Silva, na porta do 13º DP, desde às 7h.
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Leia o que já foi publicado sobre camelôs em São Paulo
Livre, líder dos camelôs quer denunciar máfia em SP
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Depois de permanecer mais de seis meses preso na carceragem do 13º DP (Casa Verde), Afonso José da Silva, 35 anos, o Afonso Camelô, líder de uma entidade de camelôs da capital, foi libertado ontem com a promessa de que voltará a "investigar e denunciar" a fiscalização sobre o comércio ambulante na região do Brás (área central de São Paulo).
"Estou convencido de que a máfia instaurada hoje é superior à de 1999. Só amputamos uma perna do câncer da corrupção instaurado no Brás, mas esse câncer já se alastrou para o corpo inteiro", declarou, ao recordar as denúncias de corrupção que fez, há sete anos, contra a Administração Regional da Sé e o deputado estadual Hanna Garib.
Ainda em 1999, Silva levou quatro tiros num atentado. "A cadeia é pior do que correr risco de vida num hospital. Sair dali [da cadeia] é [começar] uma nova vida. Tudo o que eu sofri só me dá vitaminas para eu continuar na luta", declarou Silva.
Afonso Camelô estava na cadeia respondendo pelos crimes de formação de quadrilha, extorsão, resistência à prisão, desacato, dano ao patrimônio público e ameaça, esta última a única acusação que lhe rendeu condenação, de seis meses. Ele foi preso em Vitória da Conquista (BA), em 25 de agosto passado, dias depois de um tumulto generalizado entre policiais e camelôs do Brás.
"Tudo o que aconteceu naquele dia não foi mais do que uma armadilha. Eu repudio aquele vandalismo, mas não podiam prender um monte de inocentes, como fizeram", disse Silva. Na confusão, das 23 pessoas detidas, dez permaneceram presas por 101 dias --nenhuma foi condenada.
"Vamos solicitar uma investigação junto ao Ministério Público sobre isso", declarou.
Um dos que ficaram presos estava ontem à tarde, na porta do 13º DP. "Não tinha nada a ver com a história. Estava passando no local para ir comprar um presente para o meu pai", disse Leandro Dantas de Jesus, 19 anos. Ele era uma das cerca de 30 pessoas que estavam à espera de Silva, na porta do 13º DP, desde às 7h.
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