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01/03/2006 - 09h03

Quatro escolas disparam na corrida pelo título no Rio

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LUIZ FERNANDO VIANNA
da Folha de S.Paulo, no Rio

Rabugentas ou realistas, muitas pessoas dizem que desfile de escolas de samba é uma mesmice, variando só as cores das agremiações. Mas há repetições que vêm para o bem. Os destaques deste ano do Grupo Especial do Rio de Janeiro foram escolas que cometeram algum tipo de repetição. Uma delas sairá campeã hoje da apuração dos votos dos 40 jurados, transmitida às 15h45 pela TV Globo.

A Mangueira, a mais aclamada de todas as 14 que entraram no sambódromo no domingo e anteontem, passou uma borracha no desfile sombrio --nas cores e nas idéias tiradas do tema energia-- de 2005, e voltou à predominância do verde-e-rosa. Mais e melhor: voltou ao entusiasmo dos melhores anos e à região que lhe deu o último título, em 2002, o Nordeste, agora na figura do rio São Francisco.

Já a Unidos da Tijuca repetiu, no enredo sobre a música, os ingredientes que a levaram ao vice-campeonato nos últimos dois anos: alegorias criativas e com muita gente em cima, marca do carnavalesco Paulo Barros, somadas à empolgação de uma escola que tem três quartos de seus componentes participando efetivamente de seu cotidiano.

O Império Serrano, de quem se esperava apenas mais um esforço para se manter entre as grandes, fez um desfile como nos velhos tempos --naqueles em que era campeã, o que não acontece desde 1982: o melhor do ano e sobre um tema popular (a religiosidade brasileira), alas transbordando alegria e soluções simples mas eficientes para suprir a impossibilidade financeira de ter fantasias e alegorias luxuosas.

É pena que os velhos tempos tenham pouca chance de ganhar nos novos tempos.

A Unidos do Viradouro mostrou o que sabe fazer: carros com tecnologia e algum luxo, componentes animados e ousadia na comissão de frente e na bateria --a que mais ousou em efeitos cênicos e sonoros neste Carnaval. Também repetiu a irregularidade que a marca, mas ganhou gritos de "é campeã" e saiu da avenida com esperanças.

Domingo

Para os destaques de domingo, o problema vai ser superar o estilo vitorioso da Beija-Flor: eficiência técnica, alegorias grandiosas e --felizmente-- a forte participação da chamada comunidade, chave do sucesso da escola de Nilópolis, atual tricampeã.

L. de Almeida/Folha Imagem
Componentes da Beija-Flor desfilam na Sapucaí
Componentes da Beija-Flor desfilam na Sapucaí
Com um desfile muito parecido com o dos anos anteriores, mas falando de águas e da cidade mineira de Poços de Caldas, a Beija-Flor foi ovacionada pelo público que resistiu no sambódromo até a manhã de segunda-feira.

Como toda regra tem uma exceção, a Unidos de Vila Isabel é candidata ao título com uma apresentação que nada teve a ver com a sua história. Sem a simplicidade visual que é a sua marca e sem Martinho da Vila, que brigou com a diretoria por ter seu samba-enredo preterido, a escola falou de latinidade com um desfile preciso, luxuoso, de carros imponentes, mas também com componentes entusiasmados.

Do outro lado, o de baixo, tudo indica que Unidos da Porto da Pedra e Acadêmicos da Rocinha, vítimas de vários problemas, serão as rebaixadas. A Portela, que correu risco em 2005, desfilou bem melhor neste ano. Falta a ela, que venceu 21 vezes, reencontrar sua cota de feliz repetição.

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