Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
02/03/2006 - 21h58

Polícia investiga filhos de mulher presa por levar bebê

Publicidade

HUDSON CORRÊA
da Agência Folha, em Campo Grande
MAURÍCIO SIMIONATO
da Agência Folha, em Campinas

A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul investiga se a auxiliar de enfermagem Maria Marlene de Souza Santana, 41 --presa em Campinas (SP) na semana passada pelo rapto de um bebê-- seqüestrou e criou como filhos legítimos outras quatro crianças.

Santana admitiu ter levado a menina --então com 12 dias de vida--, no dia 20 em Campo Grande (MS), mas afirmou à polícia que são legítimos seus quatro filhos, atualmente com 16,19, 21 e 22 anos. São duas moças e dois rapazes que moram em São Paulo, Bauru (SP) e Goiânia.

"Em telefonema anônimo, uma pessoa, dizendo-se amigo do finado marido da Maria Marlene, disse que os quatros filhos que ela possui também teriam sido subtraídos quando crianças dos verdadeiros pais", afirmou o delegado Luís Ojeda.

"Vamos averiguar onde nasceram essas crianças, se têm registros nos hospitais, de que forma foram lavradas certidões de nascimentos, conferir o tipo sangüíneo e, se for necessário, até realizar exame de DNA", disse Ojeda.

Desde o dia 24 no presídio de Campo Grande, Santana é acusada de crime de subtração de incapaz e falsificação de documentos, por ter alterado registro, fornecido pelo hospital, de nascimento do bebê. Na Justiça, não consta que Santana tenha advogado.

Marido

O pedreiro Natanael Pedro Santana, 23, disse não acreditar que sua mulher tenha seqüestrado os quatro filhos. "Fiquei muito surpreso quando a polícia chegou em casa e a prendeu", disse Santana. Os dois estão casados há cerca de um ano e moram sozinhos em uma casa simples no bairro Altos da Cidade Universitária, na periferia de Campinas (SP).

Santana contou que a mulher perdeu um bebê em abril do ano passado e, em agosto, disse ter ficado grávida novamente. "Estranhei que a barriga dela não crescia, mas ela havia me mostrado um exame positivo de gravidez."

Segundo ele, a mulher disse que iria para Campo Grande para cuidar de negócios de uma casa que tinha com o marido morto. "Ela me ligou e disse que tinha sofrido um leve acidente e que o nosso bebê tinha nascido."

Para o delegado do 7º DP de Campinas, Luís Henrique Apocalypse Jóia, a mulher premeditou o crime. Ele a prendeu em flagrante no dia 22 em Campinasa. Ela foi transferida para Campo Grande dois dias após ser presa.

"Ela alterou de negativo para positivo um exame de gravidez feito em agosto e passou cinco dias em Campo Grande à procura de um bebê com características semelhantes as dela."

Pedrinho

Também por crime de subtração de incapaz e mais falsidade ideológica, a ex-empresária Vilma Martins Costa, 51, foi condenada pela Justiça de Goiás, em 2003, a prisão por levar da maternidade e criar como filhos legítimos Pedro Rosalino Bráulio Pinto, o Pedrinho, em 1986, e Aparecida Fernandes Ribeiro da Silva, em 1979.

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre seqüestros de bebês
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página