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11/03/2006
-
10h17
da Folha de S.Paulo
Passadas mais de 24 horas da fuga de Sônia Aparecida Rossi, 45, a Maria do Pó, da Penitenciária Feminina Sant'Ana, no Carandiru (zona norte de São Paulo), o governo do Estado ainda não sabe afirmar como ela atravessou ao menos quatro portões do presídio, todos eles com sentinelas, antes de chegar à rua.
A diretora da penitenciária, Maria da Penha Risola Dias, com mais de 33 anos de trabalho no sistema prisional, disse ontem que se sentia "traída". "Sempre cuidamos muito dela [Maria do Pó], que é uma moça diferenciada, mas não deu. Fiquei muito triste ao saber que fomos enganados. Infelizmente, ainda não sabemos dos detalhes da fuga."
Condenada a 54 anos e oito meses de prisão por tráfico de drogas, Maria do Pó, segundo a polícia, é ligada à facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) e é responsável pelo tráfico de drogas em pelo menos 20 favelas da capital.
Por volta das 13h de quinta-feira, ela se infiltrou num grupo de 35 detentas que reformavam o Pavilhão 3 da penitenciária e escapou junto com Cleonice Santos de Jesus, 28 anos, a Tatona, condenada a 171 anos e dez meses de prisão por tráfico de drogas e assassinato.
Dentre as 4.328 detentas que cumprem pena no Estado de São Paulo, Maria do Pó era a mais famosa e a mais respeitada das presidiárias paulistas. A consideração entre as companheiras é equivalente à que os homens têm por Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, chefe do PCC. Maria do Pó estava na Penitenciária Feminina Sant'Ana desde o dia 13 de dezembro de 2005.
Essa não foi a primeira vez que ela burlou o sistema prisional paulista. Em março de 1999, Maria do Pó havia escapado da Penitenciária Feminina do Tatuapé (zona leste de São Paulo). Segundo a Secretaria da Administração Penitenciária, a traficante começou a cumprir pena em abril de 2000.
Ontem, após a confirmação das fugas de Maria do Pó e Tatona se espalhar pelo sistema prisional paulista, presidiários de várias regiões do Estado, tanto os homens como as mulheres, comemoraram com festa a escapada, cantando músicas alusivas ao PCC, inclusive com exaltação aos nomes das duas foragidas.
De acordo com a Promotoria das Execuções Criminais da Capital, Maria do Pó, dez dias antes da fuga, requisitou uma transferência para Campo Grande (MS), onde sua mãe estaria morando. Cópias de um contrato de locação de um imóvel, datado do fim de 2004, foi anexado ao pedido, que foi negado porque a Promotoria desconfiou das alegações da detenta para deixar São Paulo e ir, supostamente, cumprir o restante de sua pena perto da família.
Ainda segundo a Promotoria, no pedido de transferência, Maria do Pó, mesmo atrás das grades, propunha o pagamento de todas as despesas da possível viagem aérea dela e dos responsáveis por sua escolta até Campo Grande.
A fama de Maria do Pó na crônica policial paulista ficou ainda maior em 1999, quando ela foi envolvida no desaparecimento de 340 quilos de cocaína do IML (Instituto Médico Legal) de Campinas (95 km de SP). O furto da cocaína, avaliada em R$ 400 mil, ocorreu no dia 26 de janeiro daquele ano, seis dias após a apreensão da droga em uma chácara em Indaiatuba (102 km de SP).
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Maria do Pó
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Governo não sabe como Maria do Pó fugiu de presídio em SP
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Passadas mais de 24 horas da fuga de Sônia Aparecida Rossi, 45, a Maria do Pó, da Penitenciária Feminina Sant'Ana, no Carandiru (zona norte de São Paulo), o governo do Estado ainda não sabe afirmar como ela atravessou ao menos quatro portões do presídio, todos eles com sentinelas, antes de chegar à rua.
A diretora da penitenciária, Maria da Penha Risola Dias, com mais de 33 anos de trabalho no sistema prisional, disse ontem que se sentia "traída". "Sempre cuidamos muito dela [Maria do Pó], que é uma moça diferenciada, mas não deu. Fiquei muito triste ao saber que fomos enganados. Infelizmente, ainda não sabemos dos detalhes da fuga."
Condenada a 54 anos e oito meses de prisão por tráfico de drogas, Maria do Pó, segundo a polícia, é ligada à facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) e é responsável pelo tráfico de drogas em pelo menos 20 favelas da capital.
Por volta das 13h de quinta-feira, ela se infiltrou num grupo de 35 detentas que reformavam o Pavilhão 3 da penitenciária e escapou junto com Cleonice Santos de Jesus, 28 anos, a Tatona, condenada a 171 anos e dez meses de prisão por tráfico de drogas e assassinato.
Dentre as 4.328 detentas que cumprem pena no Estado de São Paulo, Maria do Pó era a mais famosa e a mais respeitada das presidiárias paulistas. A consideração entre as companheiras é equivalente à que os homens têm por Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, chefe do PCC. Maria do Pó estava na Penitenciária Feminina Sant'Ana desde o dia 13 de dezembro de 2005.
Essa não foi a primeira vez que ela burlou o sistema prisional paulista. Em março de 1999, Maria do Pó havia escapado da Penitenciária Feminina do Tatuapé (zona leste de São Paulo). Segundo a Secretaria da Administração Penitenciária, a traficante começou a cumprir pena em abril de 2000.
Ontem, após a confirmação das fugas de Maria do Pó e Tatona se espalhar pelo sistema prisional paulista, presidiários de várias regiões do Estado, tanto os homens como as mulheres, comemoraram com festa a escapada, cantando músicas alusivas ao PCC, inclusive com exaltação aos nomes das duas foragidas.
De acordo com a Promotoria das Execuções Criminais da Capital, Maria do Pó, dez dias antes da fuga, requisitou uma transferência para Campo Grande (MS), onde sua mãe estaria morando. Cópias de um contrato de locação de um imóvel, datado do fim de 2004, foi anexado ao pedido, que foi negado porque a Promotoria desconfiou das alegações da detenta para deixar São Paulo e ir, supostamente, cumprir o restante de sua pena perto da família.
Ainda segundo a Promotoria, no pedido de transferência, Maria do Pó, mesmo atrás das grades, propunha o pagamento de todas as despesas da possível viagem aérea dela e dos responsáveis por sua escolta até Campo Grande.
A fama de Maria do Pó na crônica policial paulista ficou ainda maior em 1999, quando ela foi envolvida no desaparecimento de 340 quilos de cocaína do IML (Instituto Médico Legal) de Campinas (95 km de SP). O furto da cocaína, avaliada em R$ 400 mil, ocorreu no dia 26 de janeiro daquele ano, seis dias após a apreensão da droga em uma chácara em Indaiatuba (102 km de SP).
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