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16/03/2006 - 10h47

Dois ex-militares são detidos suspeitos de roubar armas do Exército

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da Folha Online
da Folha de S.Paulo, no Rio

Dois ex-militares foram detidos na quarta-feira (15) sob suspeita de envolvimento no roubo dos dez fuzis e da pistola de um quartel do Exército em São Cristóvão, no Rio de Janeiro, no último dia 3.

Um dos suspeitos é o ex-cabo do Exército Joelson Basílio da Silva. De acordo com o Ministério Público Militar, Silva, que serviu no quartel e deu baixa na corporação em fevereiro, foi reconhecido por colegas como sendo um dos homens que invadiram a unidade.

Flávio Florido/Folha Imagem
Exército apresenta armas recuperadas no Rio de Janeiro
Exército apresenta armas recuperadas no Rio de Janeiro
Durante depoimento, Silva apontou o ex-soldado Carlos Leandro de Souza como envolvido no crime. Ambos tiveram a prisão temporária decretada por cinco dias --prorrogável por mais cinco.

Inicialmente, o Exército informou que sete pessoas participaram do ataque ao quartel, mas esse número pode chegar a cerca de 20.

Para promotores do Ministério Público Militar, o roubo teria sido comandado por ex-militares e militares que pretendiam vender armas para traficantes ligados à facção criminosa Comando Vermelho.

Guardas que estavam servindo no quartel na hora do roubo estão sendo monitorados por telefone.

Armas

O CML (Comando Militar do Leste) informou na noite da última terça-feira (14) ter localizado o armamento. De acordo com o Exército, as armas estavam em uma trilha próxima à estrada das Canoas, em São Conrado, junto à favela da Rocinha.

Reportagem publicada pela Folha revelou que as armas estavam em poder do CML desde o último domingo, resultado de uma negociação sigilosa entre o Exército e integrantes da facção criminosa Comando Vermelho.

Em troca, os militares concordaram em retirar as tropas das favelas; em apresentar as armas como se tivessem sido achadas em uma favela sob o domínio da facção inimiga, a ADA (Amigos dos Amigos), e em transferir um líder do CV de presídio. O Exército nega o acordo.

Na quarta-feira (15), o secretário da Segurança do Rio, Marcelo Itagiba, e o chefe de Estado Maior do CML, general Hélio de Macedo, evitaram dar detalhes sobre a forma como as armas foram encontradas.

Itagiba disse que elas foram encontradas após denúncia e trabalho do setor de inteligência. "Mas vamos preservar a fonte porque a investigação não chegou ao fim", disse.

Sobre o fato de todas as armas terem sido encontradas em um mesmo local, o general afirmou que podem ter sido abandonadas para que os ladrões não fossem pegos em flagrante. "Provavelmente as armas foram abandonadas. Isso [a operação Asfixia] causou prejuízo em várias comunidades nas atividades ilegais. Provavelmente o prejuízo levou a esta entrega", afirmou Macedo.

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