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24/03/2006
-
21h36
THIAGO REIS
da Agência Folha
Um tornado com ventos de aproximadamente 170 km/h atingiu na noite de quinta-feira (23) o norte da ilha de Florianópolis (SC), deixando cem casas danificadas. Ao menos duas pessoas ficaram feridas: um rapaz de 19 anos e uma mulher de 47 anos.
O fenômeno durou pouco mais de três segundos. Teve início por volta das 22h. Um minuto depois, os moradores já contabilizavam os estragos. Cerca de 20 famílias foram desalojadas e levadas a um centro comunitário.
Segundo a Defesa Civil, 37 casas foram totalmente destelhadas. Outras tiveram parte da estrutura danificada. Foram afetados o bairro dos Ingleses e a praia do Santinho --consideradas duas áreas nobres da capital.
"O vento pegou uma favela, mas também casas boas. O pobre e o rico não escaparam", afirmou o secretário-executivo do órgão na cidade, Francisco Carlos Cardoso.
Um rapaz de 19 anos levou um choque e foi encaminhado para um hospital. Na tarde desta sexta-feira, ele foi liberado e passava bem. Uma mulher de 47 anos sofreu um corte na perna em razão da queda de uma ripa de madeira de uma casa acima da sua.
O forte vento arrancou árvores inteiras do chão. Um automóvel foi virado de cabeça para baixo. Postes também foram afetados e toda a região ficou sem luz. A energia só foi restabelecida às 5h.
Rescaldo
Nesta sexta, funcionários da Celesc faziam reparos na fiação elétrica da comunidade do Siri --uma área de preservação, atualmente invadida--, para evitar curtos e um possível incêndio. A Defesa Civil providenciou lonas para cobrir provisoriamente as casas afetadas.
Cardoso disse que ainda não havia sido feita uma estimativa do prejuízo, mas que encaminhará ao prefeito uma solicitação para o decreto de situação de emergência.
A corretora de imóveis Glecy Maria Fedrizzi, 49, teve a casa atingida pelo tornado. "Moro há dez anos aqui [no Santinho] e nunca vi nada igual. Foi muito rápido e muito violento. As telhas ficaram fora do lugar, e são de barro, pesadas. Meu portão foi arrancado."
De acordo com ela, no entanto, os estragos não se comparam aos causados "a casas cinco, seis ruas à frente". "Ele [vento] derrubou tudo. As casas foram para o chão mesmo."
Turbinado
Segundo Clóvis Levien Corrêa, meteorologista do Ciram (Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia) de Santa Catarina, o fenômeno é considerado um tornado pelas suas características.
Ele sobrevoou a área atingida nesta sexta e disse que as árvores, caídas tanto para o norte como para o sul, são um indicativo. "Há outros fatores relatados pelos moradores, como nuvens girando e o barulho, um assovio como o de uma turbina."
A dimensão da área atingida também é um diferencial: foram apenas 30 metros de diâmetro. Segundo ele, não foi possível medir a exata velocidade que os ventos atingiram, mas, na escala, ele se configura como intensidade F1 --entre 117 e 180 km/h.
Corrêa, que foi acordado às 3h, disse que o Ciram havia previsto um temporal forte, mas não um tornado.
Em janeiro, um tornado com ventos de 110 km/h destelhou 16 casas na cidade, em 40 segundos, também no norte, em Sambaqui. Em 2005, o fenômeno ocorreu três vezes. Neste ano, já foram duas.
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O fenômeno durou pouco mais de três segundos. Teve início por volta das 22h. Um minuto depois, os moradores já contabilizavam os estragos. Cerca de 20 famílias foram desalojadas e levadas a um centro comunitário.
Segundo a Defesa Civil, 37 casas foram totalmente destelhadas. Outras tiveram parte da estrutura danificada. Foram afetados o bairro dos Ingleses e a praia do Santinho --consideradas duas áreas nobres da capital.
"O vento pegou uma favela, mas também casas boas. O pobre e o rico não escaparam", afirmou o secretário-executivo do órgão na cidade, Francisco Carlos Cardoso.
Um rapaz de 19 anos levou um choque e foi encaminhado para um hospital. Na tarde desta sexta-feira, ele foi liberado e passava bem. Uma mulher de 47 anos sofreu um corte na perna em razão da queda de uma ripa de madeira de uma casa acima da sua.
O forte vento arrancou árvores inteiras do chão. Um automóvel foi virado de cabeça para baixo. Postes também foram afetados e toda a região ficou sem luz. A energia só foi restabelecida às 5h.
Rescaldo
Nesta sexta, funcionários da Celesc faziam reparos na fiação elétrica da comunidade do Siri --uma área de preservação, atualmente invadida--, para evitar curtos e um possível incêndio. A Defesa Civil providenciou lonas para cobrir provisoriamente as casas afetadas.
Cardoso disse que ainda não havia sido feita uma estimativa do prejuízo, mas que encaminhará ao prefeito uma solicitação para o decreto de situação de emergência.
A corretora de imóveis Glecy Maria Fedrizzi, 49, teve a casa atingida pelo tornado. "Moro há dez anos aqui [no Santinho] e nunca vi nada igual. Foi muito rápido e muito violento. As telhas ficaram fora do lugar, e são de barro, pesadas. Meu portão foi arrancado."
De acordo com ela, no entanto, os estragos não se comparam aos causados "a casas cinco, seis ruas à frente". "Ele [vento] derrubou tudo. As casas foram para o chão mesmo."
Turbinado
Segundo Clóvis Levien Corrêa, meteorologista do Ciram (Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia) de Santa Catarina, o fenômeno é considerado um tornado pelas suas características.
Ele sobrevoou a área atingida nesta sexta e disse que as árvores, caídas tanto para o norte como para o sul, são um indicativo. "Há outros fatores relatados pelos moradores, como nuvens girando e o barulho, um assovio como o de uma turbina."
A dimensão da área atingida também é um diferencial: foram apenas 30 metros de diâmetro. Segundo ele, não foi possível medir a exata velocidade que os ventos atingiram, mas, na escala, ele se configura como intensidade F1 --entre 117 e 180 km/h.
Corrêa, que foi acordado às 3h, disse que o Ciram havia previsto um temporal forte, mas não um tornado.
Em janeiro, um tornado com ventos de 110 km/h destelhou 16 casas na cidade, em 40 segundos, também no norte, em Sambaqui. Em 2005, o fenômeno ocorreu três vezes. Neste ano, já foram duas.
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