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07/04/2006 - 22h16

Rodovias paulistas tiveram 33 ataques a radares desde julho

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FÁBIO AMATO
da Agência Folha, em São José dos Campos

Rodovia jornalista Francisco Aguirra Proença (SP-101), km 2, altura de Campinas (95 km de São Paulo), dia 30 de julho de 2005. Um rapaz pára a sua motocicleta e, utilizando um pedaço de madeira, golpeia e quebra um radar móvel de velocidade que multa veículos no local, fugindo em seguida.

Esse foi um dos 27 ataques a radares de velocidade registrados no ano passado nas estradas que cortam o Estado de São Paulo. Foram 17 depredações --nas quais os equipamentos foram danificados com golpes de madeira ou ferro, incendiados ou até mesmo alvo de tiros-- e outros dez casos de roubo --apenas um foi recuperado.

Em 2006, seis ataques já foram registrados, sendo cinco roubos e uma depredação. Os dados são do DER (Departamento de Estradas de Rodagem), órgão ligado à Secretaria de Transportes de São Paulo, que administra as rodovias do Estado.

O levantamento aponta que a maior parte dos ataques aconteceu na região de Campinas, onde foram registradas 12 das 27 ocorrências de 2005. Neste ano, dos seis casos, quatro foram naquela região. A rodovia jornalista Francisco Aguirra Proença, que liga as cidades de Campinas e Capivari, é a recordista de ataques. Foram sete entre janeiro de 2005 e março deste ano.

"Acredito que tudo isso seja motivado por puro vandalismo. Apesar de ser um equipamento muito caro, o radar não tem valor comercial nenhum. Por isso, também não justifica que seja alvo de roubos", disse José Luiz Moreira, 53, coordenador de operações do DER

Cada radar digital custa cerca de R$ 150 mil. Além de um sensor a laser importado, que calcula a velocidade dos veículos, possui uma máquina fotográfica digital, um minicomputador que registra as imagens e processa os dados captados pelo laser, uma bateria, um flash e um equipamento metrológico (que distingue automóveis de veículos grandes, que em algumas estradas têm limites de velocidade diferentes).

Atualmente, 86 radares móveis são operados nas rodovias paulistas, 90% deles digitais. Esses radares aplicam, por mês, 120 mil multas. A Secretaria dos Transportes não informa quanto arrecada.

Operadores agredidos

Além dos roubos e depredações, os operadores de radares também se tornaram vítimas freqüentes de agressões e atentados.

Num desses casos, tiros foram disparados contra um operador e seu auxiliar, quando programavam um radar na altura do km 112 da rodovia Francisco José Ayube, no município de Salto do Pirapora (119 km a oeste de São Paulo). Os tiros atingiram os vidros do carro do operador.

Segundo Moreira, a freqüência dos casos de agressão levaram o DER a determinar que os operadores passassem a trabalhar sem uniforme e retirassem dos veículos as inscrições que os identificavam como prestadores de serviço do departamento.

"A Polícia Rodoviária Estadual, na medida do possível, também tem dado cobertura aos operadores para inibir os roubos e agressões. A polícia fica avisada do local onde os radares estão instalados."

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