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18/04/2006 - 10h31

Justiça analisa pedido de liberdade para Suzane von Richthofen

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da Folha Online

O TJ (Tribunal de Justiça de São Paulo) analisa o pedido de habeas corpus apresentado na tarde de segunda-feira (17) pela defesa de Suzane von Richthofen, ré confessa no processo que a acusa de envolvimento no assassinato dos pais --Manfred e Marísia--, em 2002.

A expectativa é que a decisão seja conhecida nesta terça-feira. O pedido de liberdade deve ser analisado pelo desembargador Damião Cogan.

Reprodução/TV
Acompanhada de Barni, Suzane se apresenta à polícia
Acompanhada de Barni, Suzane se apresenta à polícia
Suzane voltou a ser presa no último dia 10, por decisão do juiz Richard Francisco Chequini, do 1º Tribunal do Júri, após nove meses de liberdade. No pedido, o advogado nega que a liberdade de Suzane represente ameaça ao irmão dela, Andreas, conforme afirma o Ministério Público.

Os advogados Mário de Oliveira Filho e Mário Sérgio de Oliveira argumentaram à Justiça, no pedido de liberdade, que tais ameaças contra Andreas nunca aconteceram e que ela não tinha intenção de fugir. Para eles, Suzane também foi alvo de uma "condenação antecipada", por conta da repercussão de uma entrevista polêmica dela ao programa "Fantástico", da Rede Globo, no dia 9 deste mês.

O microfone da emissora captou as orientações do advogado de Suzane, Mário Sérgio de Oliveira, e do também advogado Denivaldo Barni, com quem ela mora. Os dois disseram a Suzane para chorar, interromper a entrevista e a dizer que não agüentava mais falar sobre o assunto. Em entrevista concedida na ocasião, Barni disse que a justificativa da prisão de Suzane foi um "mal-entendido" e que ele entendia que "estava na hora" de ela pleitear a administração dos bens dos pais. "Hoje ela é uma menina sozinha, julgada pela vida, sem alimentos, sem moradia, sem nada, sem nada."
Reprodução de TV
Suzane von Richthofen
Suzane von Richthofen


Ainda no pedido de habeas corpus, os defensores de Suzane citam casos emblemáticos do judiciário brasileiro: o de Raul Fernando do Amaral Street, conhecido como Doca Street e que cumpriu 15 anos de prisão pela morte da socialite Ângela Diniz; o da "Escola de Base", em que administradores de uma escola infantil foram acusados sem provas de abusar de alunos; e também o caso do "Bar Bodega", quando inocentes foram presos e torturados para confessar participação em um assalto que terminou com a morte de uma jovem. O juiz Chequini não foi encontrado pela reportagem para comentar o assunto.

Presa

Inicialmente levada para a Penitenciária Feminina de Sant'Ana, na zona norte de São Paulo, Suzane foi transferida na tarde de quinta-feira para o Centro de Ressocialização de Rio Claro (175 km a noroeste de São Paulo), mesmo presídio onde ela havia ficado até junho do ano passado, quando o STJ (Superior Tribunal de Justiça) determinou sua libertação.

A operação contou com um forte esquema de segurança e foi realizada sob sigilo.

A jovem estava em liberdade provisória desde junho de 2005, beneficiada por uma decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça).

Crime

Manfred e Marísia foram surpreendidos enquanto dormiam e golpeados com bastões, ainda na cama.

O julgamento de Suzane e dos outros dois réus confessos no caso, os irmãos Daniel e Cristian Cravinhos, está marcado para o próximo dia 5 de junho. Na época, Suzane era namorada de Daniel.

O promotor Roberto Tardelli já havia voltado a pedir a prisão de Suzane no início deste ano, sob a alegação de que ela estava foragida. O argumento, porém, não foi aceito pela Justiça. Naquela ocasião, os Cravinhos --que também haviam obtido liberdade provisória-- voltaram a ser presos.

Com Folha de S.Paulo

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