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24/04/2006
-
14h23
da Folha Online
O TJ (Tribunal de Justiça) de São Paulo negou nesta segunda-feira o pedido de liberdade para Suzane von Richthofen, 22, ré confessa do assassinato dos pais --Manfred e Marísia.
A decisão foi tomada após o desembargador Damião Cogan receber as informações que havia solicitado ao delegado José Mazzi, do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa). O mérito do habeas corpus ainda será analisado pela 5ª Câmara Criminal do TJ.
Suzane voltou a ser presa no último dia 10, por decisão do juiz Richard Francisco Chequini, do 1º Tribunal do Júri --estava em liberdade provisória desde junho de 2005, beneficiada por uma decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça).
No pedido de liminar em habeas corpus, movido no último dia 17, os advogados Mário de Oliveira Filho e Mário Sérgio de Oliveira alegaram que Suzane sofreu "constrangimento ilegal", pois sua prisão foi decretada após entrevista concedida ao "Fantástico", da Rede Globo, no último dia 9. Em sua decisão, Cogan afirma que "não é caso de concessão da medida liminar".
Defesa
Ainda no pedido de liberdade, a defesa negou que Suzane represente ameaça ao irmão, Andreas, 19, conforme afirma o Ministério Público.
O médico ginecologista Miguel Abdalla, tio da acusada, informou à Justiça que, em liberdade, Suzane foi vista "rondando" a casa onde ele vive com sua mãe e Andreas, no bairro do Jardim Aeroporto (zona sul de São Paulo).
Para os advogados, Suzane foi alvo de uma "condenação antecipada", por conta da repercussão da polêmica entrevista. Durante as gravações, o microfone da emissora captou as orientações passadas pelos advogados para Suzane. Eles disseram a ela para chorar, interromper a entrevista e dizer que não agüentava mais falar sobre o assunto.
Suzane está no Centro de Ressocialização Feminino em Rio Claro (175 km de São Paulo) desde o dia 13. No último domingo (23), ela não recebeu visitas. Parentes de outras detentas disseram que a jovem permaneceu no alojamento e não foi ao pátio.
Crime
Manfred e Marísia foram surpreendidos enquanto dormiam em casa, no Brooklin (zona sul de São Paulo) e golpeados com bastões, ainda na cama. O crime ocorreu em outubro de 2002.
O julgamento de Suzane e dos outros dois réus confessos no caso, os irmãos Daniel e Cristian Cravinhos, está marcado para o próximo dia 5 de junho. Na época, Suzane era namorada de Daniel.
Os irmãos --que também haviam obtido liberdade provisória-- voltaram a ser presos no início deste ano.
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Justiça nega liberdade para Suzane von Richthofen
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O TJ (Tribunal de Justiça) de São Paulo negou nesta segunda-feira o pedido de liberdade para Suzane von Richthofen, 22, ré confessa do assassinato dos pais --Manfred e Marísia.
A decisão foi tomada após o desembargador Damião Cogan receber as informações que havia solicitado ao delegado José Mazzi, do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa). O mérito do habeas corpus ainda será analisado pela 5ª Câmara Criminal do TJ.
Reprodução |
Suzane von Richthofen |
No pedido de liminar em habeas corpus, movido no último dia 17, os advogados Mário de Oliveira Filho e Mário Sérgio de Oliveira alegaram que Suzane sofreu "constrangimento ilegal", pois sua prisão foi decretada após entrevista concedida ao "Fantástico", da Rede Globo, no último dia 9. Em sua decisão, Cogan afirma que "não é caso de concessão da medida liminar".
Defesa
Ainda no pedido de liberdade, a defesa negou que Suzane represente ameaça ao irmão, Andreas, 19, conforme afirma o Ministério Público.
O médico ginecologista Miguel Abdalla, tio da acusada, informou à Justiça que, em liberdade, Suzane foi vista "rondando" a casa onde ele vive com sua mãe e Andreas, no bairro do Jardim Aeroporto (zona sul de São Paulo).
Para os advogados, Suzane foi alvo de uma "condenação antecipada", por conta da repercussão da polêmica entrevista. Durante as gravações, o microfone da emissora captou as orientações passadas pelos advogados para Suzane. Eles disseram a ela para chorar, interromper a entrevista e dizer que não agüentava mais falar sobre o assunto.
Suzane está no Centro de Ressocialização Feminino em Rio Claro (175 km de São Paulo) desde o dia 13. No último domingo (23), ela não recebeu visitas. Parentes de outras detentas disseram que a jovem permaneceu no alojamento e não foi ao pátio.
Crime
Manfred e Marísia foram surpreendidos enquanto dormiam em casa, no Brooklin (zona sul de São Paulo) e golpeados com bastões, ainda na cama. O crime ocorreu em outubro de 2002.
O julgamento de Suzane e dos outros dois réus confessos no caso, os irmãos Daniel e Cristian Cravinhos, está marcado para o próximo dia 5 de junho. Na época, Suzane era namorada de Daniel.
Os irmãos --que também haviam obtido liberdade provisória-- voltaram a ser presos no início deste ano.
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