Publicidade
Publicidade
05/05/2006
-
10h14
JOSÉ ERNESTO CREDENDIO
da Folha de S.Paulo
Sem reforma geral desde a inauguração, em 1954, a marquise do parque Ibirapuera, um dos principais monumentos de São Paulo, apresenta infiltrações e fissuras que já comprometem sua estrutura e oferecem riscos ao visitante, revela avaliação de engenharia elaborada em dezembro e janeiro.
Segundo a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, uma parte da marquise foi interditada por prevenção em razão dos problemas de infiltração encontrados.
O trabalho foi usado para amparar uma proposta de reforma e requalificação da marquise, projeto de R$ 10,7 milhões já aprovado pelos órgãos municipal (Conpresp) e estadual (Condephaat) do patrimônio histórico. O projeto prevê também a retirada dos banheiros sob a marquise, não previstos no projeto original.
Ele foi apresentado aos órgãos pela secretaria, que administra o parque. A obra só começará após o projeto passar pelos mesmos conselhos, o que não há previsão.
Segundo o laudo, não há risco de a estrutura desabar, mas podem cair pedaços de concreto.
Esses problemas são provocados pela falta de manutenção ao longo dos 52 anos da marquise, além da chuva ácida na cidade, do desgaste natural do material e de intervenções inadequadas. O piso sob a marquise apresenta buracos e afundamentos.
O serviço a ser realizado prevê a retirada do excesso de peso sobre a laje, o conserto da estrutura em concreto e aço, o reforço dos pilares e a instalação de cabos onde uma estrutura se rompeu.
Outros itens falam da necessidade de colocar um novo sistema de impermeabilização, com PVC, no "telhado" da marquise, e material antiderrapante no piso.
"A obra, como está, apresenta riscos de colapsos parciais e riscos à integridade dos usuários", afirma o engenheiro Paulo Barbosa, da empresa PhD, que assina o documento obtido pela Folha.
Segundo a Secretaria do Verde, a empresa se ofereceu para fazer o diagnóstico do estado da marquise e fez um contrato de risco.
"A empresa tem interesse em entrar com projeto de recuperação da marquise na Lei Rouanet para captar recursos", diz nota da secretaria divulgada ontem.
Pela lei, a empresa pode apresentar o projeto ao Ministério da Cultura e buscar recursos na iniciativa privada, com desconto no Imposto de Renda do valor aplicado no projeto aprovado.
"Brevidade"
As conclusões do relatório foram chanceladas pelo engenheiro José Henrique Costa Seraphim, do DPH (Departamento de Patrimônio Histórico) da Secretaria Municipal da Cultura. Para ele, os serviços devem ser feitos "com a maior brevidade possível".
O trabalho aponta ainda a necessidade de, no futuro, uma manutenção periódica para evitar que os problemas retornem.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a marquise do Ibirapuera
Leia o que já foi publicado sobre o Departamento de Patrimônio Histórico
Marquise do Ibirapuera traz riscos, diz laudo
Publicidade
da Folha de S.Paulo
Sem reforma geral desde a inauguração, em 1954, a marquise do parque Ibirapuera, um dos principais monumentos de São Paulo, apresenta infiltrações e fissuras que já comprometem sua estrutura e oferecem riscos ao visitante, revela avaliação de engenharia elaborada em dezembro e janeiro.
Segundo a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, uma parte da marquise foi interditada por prevenção em razão dos problemas de infiltração encontrados.
O trabalho foi usado para amparar uma proposta de reforma e requalificação da marquise, projeto de R$ 10,7 milhões já aprovado pelos órgãos municipal (Conpresp) e estadual (Condephaat) do patrimônio histórico. O projeto prevê também a retirada dos banheiros sob a marquise, não previstos no projeto original.
Ele foi apresentado aos órgãos pela secretaria, que administra o parque. A obra só começará após o projeto passar pelos mesmos conselhos, o que não há previsão.
Segundo o laudo, não há risco de a estrutura desabar, mas podem cair pedaços de concreto.
Esses problemas são provocados pela falta de manutenção ao longo dos 52 anos da marquise, além da chuva ácida na cidade, do desgaste natural do material e de intervenções inadequadas. O piso sob a marquise apresenta buracos e afundamentos.
O serviço a ser realizado prevê a retirada do excesso de peso sobre a laje, o conserto da estrutura em concreto e aço, o reforço dos pilares e a instalação de cabos onde uma estrutura se rompeu.
Outros itens falam da necessidade de colocar um novo sistema de impermeabilização, com PVC, no "telhado" da marquise, e material antiderrapante no piso.
"A obra, como está, apresenta riscos de colapsos parciais e riscos à integridade dos usuários", afirma o engenheiro Paulo Barbosa, da empresa PhD, que assina o documento obtido pela Folha.
Segundo a Secretaria do Verde, a empresa se ofereceu para fazer o diagnóstico do estado da marquise e fez um contrato de risco.
"A empresa tem interesse em entrar com projeto de recuperação da marquise na Lei Rouanet para captar recursos", diz nota da secretaria divulgada ontem.
Pela lei, a empresa pode apresentar o projeto ao Ministério da Cultura e buscar recursos na iniciativa privada, com desconto no Imposto de Renda do valor aplicado no projeto aprovado.
"Brevidade"
As conclusões do relatório foram chanceladas pelo engenheiro José Henrique Costa Seraphim, do DPH (Departamento de Patrimônio Histórico) da Secretaria Municipal da Cultura. Para ele, os serviços devem ser feitos "com a maior brevidade possível".
O trabalho aponta ainda a necessidade de, no futuro, uma manutenção periódica para evitar que os problemas retornem.
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Sem PM nas ruas, poucos comércios e ônibus voltam a funcionar em Vitória
- Sem-teto pede almoço, faz elogios e dá conselhos a Doria no centro de SP
- Ato contra aumento de tarifas termina em quebradeira e confusão no Paraná
- Doria madruga em fila de ônibus para avaliar linha e ouve reclamações
- Vídeos de moradores mostram violência em ruas do ES; veja imagens
+ Comentadas
- Alessandra Orofino: Uma coluna para Bolsonaro
- Abstinência não é a única solução, diz enfermeira que enfrentou cracolândia
+ EnviadasÍndice