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12/05/2006 - 09h12

Jovem é preso após filmar sexo com menina de 15 anos

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ANDRÉ CARAMANTE
da Folha de S.Paulo

O operador da BM&F (Bolsa de Mercadorias e Futuros) de São Paulo Dhaniel Graziane da Silva Ruggio, 23, foi preso em flagrante no início da madrugada de ontem, no Tucuruvi (zona norte de São Paulo), após confessar à polícia que fez sexo com duas meninas, uma de 12 e outra de 15 anos, e que filmou e fotografou a relação com a mais velha.

Após assistir ao jogo entre São Paulo e Estudiantes na noite de anteontem, quando disse ter ingerido bebida alcoólica com amigos em um bar, Ruggio passou com seu carro, um Mercedes Classe A, pela rua Amaral Gurgel, ponto de prostituição de homossexuais no centro de São Paulo.

Ali, ele encontrou as duas meninas, que, à polícia, disseram estar perdidas, procurando um ônibus para ir à Ceagesp (zona oeste), onde iriam trabalhar descarregando caixas de frutas. Depois de oferecer carona às garotas e de convencê-las a entrar em seu carro, Ruggio foi para o Tucuruvi, onde vive em um apartamento com os pais.

No caminho, Ruggio, segundo seu depoimento, combinou com as jovens que pagaria R$ 50 para a mais nova e R$ 25 para a mais velha para que elas mantivessem relação sexual com ele. Ainda dentro do Mercedes, a menina de 12 fez sexo oral com o rapaz.

Quando chegaram à estação Tucuruvi do metrô, a mais nova foi deixada pelo operador, que, como garantia de que voltaria para pegá-la e pagar o programa, deixou seu celular com ela. Ruggio seguiu para a garagem de seu prédio com a jovem de 15 anos.

Antes de começar a relação sexual, o operador subiu até seu apartamento, pegou uma filmadora e uma câmera fotográfica digital e voltou ao carro, onde a jovem o aguardava. Durante cerca de duas horas, Ruggio praticou sexo com a menina e gravou e fotografou vários dos momentos em que estiveram juntos. A Folha teve acesso às imagens.

Por volta das 4h40, com a jovem de 15 anos, o operador resolveu voltar à estação para reaver seu celular. Ao encontrar a menina de 12, ele ficou nervoso e começou a agredi-la porque ela disse que o telefone havia sido roubado.

Algumas pessoas que passavam pela estação resolveram chamar a Polícia Militar quando viram Ruggio sacudindo e gritando com a menina. Ao revistar o Mercedes, os policiais encontraram a filmadora e a câmera com as cenas de sexo entre ele e a garota de 15.

Indiciamento

No 39º DP (Vila Gustavo), onde foi indiciado por atentado violento ao pudor, "apenas porque praticou felação com a menina de 12 anos", segundo o delegado José Carlos Francoi, Ruggio assumiu que havia combinado um programa com as duas garotas. Caso seja condenado, ele poderá pegar uma pena de prisão, em regime fechado, que varia de seis a dez anos.

Ao delegado, as duas meninas, que moram com seus familiares na zona sul de São Paulo, disseram que faziam programas havia quase um ano e cobravam entre R$ 10 e R$ 15. A mais velha parou de estudar na 5ª série, a mais nova, na 6ª. Os pais de ambas serão denunciados pelo delegado à Vara da Infância e Juventude.

"Eu não sabia que ela fazia programa, é uma novidade para mim. Ela sempre ajudou a levar um dinheirinho para dentro de casa fazendo "bicos" em um supermercado", disse a mãe da menina de 12 anos, ontem, na delegacia. Ela tem outros cinco filhos.

Para o delegado, Ruggio também é suspeito de praticar pedofilia, pois ele disse às jovens, quando as abordou, que estava acostumado a fazer sexo com meninas e a fotografá-las. Apesar de aparecer nas imagens feitas por Ruggio de maneira explícita, a jovem de 15 anos disse que não percebeu ter sido fotografada no carro. "Não tem como ela dizer isso, as fotos são frontais. Ele disse às meninas que estava acostumado a tirar fotos assim", falou o delegado.

No momento em que prestava depoimento, Ruggio se dirigiu às jovens e, ainda segundo o delegado do caso, pediu "desculpas" por tudo o que havia feito com elas.

Outro lado

Carlos Ruggio, pai do operador da bolsa Dhaniel, afirmou ontem, no 39º Distrito Policial, que o filho é "uma jóia de menino" e que o que aconteceu foi "uma fatalidade". "Ele saiu do normal. A família está chocada e não sabe explicar o que aconteceu."

Carlos Ruggio disse ainda que o jovem está prestes a concluir o curso de geografia pela UNG (Universidade Guarulhos).

Já o advogado Ismael Pereira dos Santos, contratado pelos pais de Dhaniel para defendê-lo, disse ontem que não pretendia falar sobre a prisão dele "para poder preservar os familiares". "Só posso dizer que ele sempre foi um bom menino, que estuda e trabalha", falou.

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