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18/05/2006 - 14h41

Polícia apura crime em reportagens com supostos líderes do PCC

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da Folha Online

A Polícia Civil de São Paulo instaurou inquérito para apurar suposto delito de apologia ao crime ou criminoso possivelmente cometido por duas emissoras de televisão, que exibiram entrevistas com supostos líderes do PCC (Primeiro Comando da Capital).

Em nota, a SAP (Secretaria da Administração Penitenciária) afirma que as gravações divulgadas pelas redes Record e Bandeirantes são falsas. Essas reportagens continham depoimentos de pessoas que, segundo as emissoras, seriam Marcos William Herbas Camacho, o Marcola, e Orlando Mota Júnior, o Macarrão.

"A secretaria repudia a forma criminosa e irresponsável que as emissoras de televisão Rede Record e Rede Bandeirantes colocaram no ar falsas gravações com líderes de facções criminosas e informa que tomará todas as medidas necessárias para responsabilizar, civil e criminalmente, os autores", diz a nota.

A Rede Record informou, por meio de assessoria, que vai se pronunciar depois de ser notificada. A diretoria da Rede Bandeirantes se reuniu na tarde desta quinta, segundo assessoria, para avaliar o caso.

Segundo informou a secretaria, o Ministério das Comunicações será informado sobre o procedimento das emissoras para que alguma providência seja tomada. Para o governo do Estado, a veiculação de reportagens com supostas conversas com integrantes de facções criminosas são "sensacionalistas" e alarmam a sociedade.

Ataques

O PCC é apontado como o responsável pela onda de violência que atinge São Paulo desde o último dia 12. A série de ataques --a maior contra a força de segurança do Estado-- é uma resposta da facção à decisão do governo de isolar lideranças.

Desde o início das ações, foram ao menos 251 ataques. Cerca de cem suspeitos foram mortos em supostos confrontos com a polícia.

Conforme balanço divulgado ontem pela Secretaria da Segurança, em seis dias, as ações contra as forças de segurança causaram outras 44 mortes --23 policiais militares, seis policiais civis, três guardas municipais, oito agentes de segurança penitenciária, e quatro civis --entre eles a namorada de um policial. Os motins mataram ainda nove detentos de penitenciárias e CDPs (Centros de Detenção Provisória).

Se somadas aos cerca de cem suspeitos mortos e aos presos mortos em rebeliões no Estado --ao menos nove--, as mortes ocorridas desde o início da série de ataques chegam a 160.

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