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19/05/2006 - 09h47

Leia repercussão sobre a reação da polícia aos ataques em SP

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da Folha de S.Paulo

Leia repercussão da reação da polícia à onda de violência que atingiu São Paulo desde o último dia 12. Até quinta-feira (18), 107 suspeitos foram mortos em supostos confrontos com policiais.

CARLOS CARDOSO - promotor de Justiça e assessor de direitos humanos do Ministério Público de São Paulo - ""Ainda é cedo para se fazer uma afirmação com segurança sobre exagero no uso da força. Mas, pelo histórico das nossas polícias, não seria surpresa se inocentes também tenham sido brutalmente assassinados na esteira dessa ação policial."

LUIZ ANTONIO FLEURY FILHO - deputado federal pelo PTB-SP - "Não está exagerando. Os ataques foram absolutamente despropositados. Há um princípio de física que diz que a toda ação corresponde uma reação contrária. A reação está à altura da indignidade das agressões sofridas pela sociedade e pela polícia."

CONTE LOPES - deputado estadual pelo PTB e capitão da reserva da PM - "Não está exagerando. A polícia foi desafiada pelo crime organizado e pelos políticos, que quiseram enfiar guela abaixo o Exército em São Paulo. Travaram a polícia durante anos. Agora, diante da necessidade, a polícia e a Rota foram colocadas na rua."

LUIZ EDUARDO SOARES - ex-secretário nacional de Segurança Pública - "Não podemos transformar a necessária repressão em retaliação ilegal ou vingança. O que distingue o Estado dos criminosos é o respeito à lei. Se o Estado rasgar as leis, o terror terá vencido. Há indícios bastante sérios de que isso tenha acontecido."

OSCAR VILHENA - presidente da Conectas Direitos Humanos - "A polícia está exagerando. O comando da polícia deve exigir o máximo de compensação de suas tropas. Mas, no momento de exacerbação, esse exercício indiscriminado da violência só vai acabar por gerar ainda mais violência."

HENRY SOBEL - presidente do rabinato da CIP (Congregação Israelita Paulista) - "Talvez a polícia esteja exagerando em alguns casos. Porém, numa batalha entre o bem e o mal, um pouco de exagero por parte daqueles que defendem o bem é melhor do que uma possível omissão."

MIGUEL REALI JÚNIOR - ex-ministro da Justiça, advogado e professor de direito penal da Universidade de São Paulo - "Há casos como o dos cincos jovens relatados hoje pela Folha. Se a situação está sob controle, é fundamental que a polícia tenha autocontrole e preserve a segurança sem a prática de violência desnecessária."

JOSÉ GREGORI - presidente da Comissão Municipal de Direitos Humanos - "Antes de saber as circunstâncias de cada uma dessas mortes, não há condições de avançar juízo. É difícil saber se a conduta da polícia foi proporcional. O que a cúpula da polícia diz é que não havia sentimento de vingança e as mortes foram em confrontos."

ADEMAR GOMES - presidente do Conselho da Acrimesp (Associação dos Advogados Criminalistas de São Paulo) - "Ela está combatendo a criminalidade dentro do rigor da lei. Até admito que tenha se excedido um pouquinho, uns 20% talvez, na quarta e na quinta. Nos outros dias, cumpriu a lei para que cessasse o terrorismo."

EDUARDO CAPOBIANCO - presidente do Instituto São Paulo Contra a Violência - "A polícia está realizando um trabalho firme e forte, e a sociedade tem que apoiar, passando informações ao disque-denúncia. O que está sendo apresentado é ação eficaz de contenção do crime. Jamais devemos pré-julgar e condenar a polícia."

JOSÉ CARLOS DIAS - ex-ministro da Justiça - "Eu ignoro se está ou não está havendo um exagero por parte da polícia. O que eu sei é que está havendo, sim, uma omissão do Estado para a apuração dos fatos praticados pela polícia, para verificar se houve ou não exagero."

UBIRATAN GUIMARÃES - deputado estadual pelo PTB, coronel que comandou a PM no episódio conhecido como Massacre do Carandiru - "Acho que a polícia está dentro do limite, está sendo empregada para dar tranqüilidade e defender a sociedade. Cada tiroteio tem sido levado ao conhecimento das autoridades, nada está sendo feito às escondidas."

ARIEL DE CASTRO ALVES - coordenador estadual do Movimento Nacional de Direitos Humanos - "A polícia está exagerando totalmente. Estão ocorrendo execuções sumárias. A situação de terror que se instaurou não pode se transformar em licença para matar. Os agentes da lei não podem atuar como bandidos."

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