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29/05/2006
-
07h32
da Folha Online
da Agência Folha, em Rio Claro
Beneficiada por uma decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça) na última sexta-feira (26), Suzane von Richthofen, 22, deve deixar nesta segunda-feira o Centro de Ressocialização Feminino de Rio Claro (175 km a noroeste de São Paulo) e começar a cumprir prisão domiciliar.
Ré confessa no processo que a acusa de ter planejado e participado da morte dos pais --Manfred e Marísia--, em outubro de 2002, Suzane deve ficar na casa de Denivaldo Barni --que foi seu tutor legal até completar 21 anos.
Logo que sair da unidade, Suzane deverá participar de uma audiência onde serão definidas as regras da prisão --como eventuais horários em que ela poderá deixar o local. O juiz deverá decidir ainda se Suzane ficará sob vigilância policial. Para especialistas, a possibilidade é remota.
Liberdade
Não é a primeira vez que Suzane deixa o sistema penitenciário. Em junho de 2005, o mesmo STJ concedeu a ela o benefício da liberdade provisória que, posteriormente, foi estendido aos supostos cúmplices dela no crime, os irmãos Daniel e Cristian Cravinhos.
Em abril deste ano, Suzane voltou a ser presa por decisão do juiz Richard Francisco Chequini, do 1º Tribunal do Júri de São Paulo. O magistrado entendeu que a liberdade dela representava um risco para o irmão, Andreas, com quem Suzane disputa a administração dos bens da família.
O novo mandado de prisão foi expedido em meio à polêmica provocada por uma entrevista concedida por Suzane ao "Fantástico", da Rede Globo. Nela, segundo o próprio programa, Suzane aparece sendo orientada por seus advogados a chorar e demonstrar fragilidade diante das câmeras.
Para o ministro do STJ, entretanto, a segunda prisão foi idêntica à primeira e não poderia ter sido decretada já que uma instância superior havia decidido por conceder liberdade provisória à ré. Para Naves, a nova prisão "agravou ainda mais o excesso de tempo da prisão provisória", argumento que havia sustentado a soltura de Suzane.
No pedido que culminou na concessão da prisão domiciliar --concedido em decisão liminar pelo ministro Nilson Naves--, a defesa de Suzane alegava que, enquanto ela esteve livre, "respondeu a todas as expectativas sociais de um comportamento ajustado" e negavam que ela tivesse representado uma ameaça "a qualquer um".
Rio Claro
No domingo, um dos advogados de Suzane, Mário Oliveira Filho, disse que ela não foi libertada no fim de semana porque houve "má vontade" do juiz Richard Francisco Chequini em assinar o alvará que autorizava a liberação.
"O juiz teve a decisão do STJ na mão na sexta-feira e não assinou. Houve má vontade. Disseram que não havia o endereço da prisão domiciliar no ofício, mas o endereço do domicílio sempre foi a casa do Barni [Denivaldo Barni] e isto sempre esteve nos autos", disse. O juiz não foi localizado pela reportagem.
Ao contrário dos demais domingos, Suzane não recebeu visitas ontem na prisão. Suzane tomou café da manhã e almoçou macarronada com carne.
Cinco familiares de outros presos disseram não terem visto Suzane no pátio do CRF no horário de visitas, que começou às 8h e terminou às 16h.
Crime
Os pais de Suzane --Manfred e Marísia-- foram surpreendidos enquanto dormiam em casa, no Brooklin (zona sul de São Paulo) e golpeados com bastões, ainda na cama.
O julgamento de Suzane e dos irmãos Cravinhos está marcado para o próximo dia 5 de junho.
Porém, os advogados de Suzane devem se reunir nesta semana com o juiz do caso, Alberto Anderson Filho, do 1º Tribunal do Júri de São Paulo, para pedir que ela não seja julgada na mesma data que os irmãos.
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Suzane Richthofen deve começar a cumprir prisão domiciliar nesta segunda
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da Agência Folha, em Rio Claro
Beneficiada por uma decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça) na última sexta-feira (26), Suzane von Richthofen, 22, deve deixar nesta segunda-feira o Centro de Ressocialização Feminino de Rio Claro (175 km a noroeste de São Paulo) e começar a cumprir prisão domiciliar.
Ré confessa no processo que a acusa de ter planejado e participado da morte dos pais --Manfred e Marísia--, em outubro de 2002, Suzane deve ficar na casa de Denivaldo Barni --que foi seu tutor legal até completar 21 anos.
Logo que sair da unidade, Suzane deverá participar de uma audiência onde serão definidas as regras da prisão --como eventuais horários em que ela poderá deixar o local. O juiz deverá decidir ainda se Suzane ficará sob vigilância policial. Para especialistas, a possibilidade é remota.
Reprodução |
Suzane von Richthofen foi beneficiada por decisão do STJ e vai cumprir prisão domiciliar |
Não é a primeira vez que Suzane deixa o sistema penitenciário. Em junho de 2005, o mesmo STJ concedeu a ela o benefício da liberdade provisória que, posteriormente, foi estendido aos supostos cúmplices dela no crime, os irmãos Daniel e Cristian Cravinhos.
Em abril deste ano, Suzane voltou a ser presa por decisão do juiz Richard Francisco Chequini, do 1º Tribunal do Júri de São Paulo. O magistrado entendeu que a liberdade dela representava um risco para o irmão, Andreas, com quem Suzane disputa a administração dos bens da família.
O novo mandado de prisão foi expedido em meio à polêmica provocada por uma entrevista concedida por Suzane ao "Fantástico", da Rede Globo. Nela, segundo o próprio programa, Suzane aparece sendo orientada por seus advogados a chorar e demonstrar fragilidade diante das câmeras.
Para o ministro do STJ, entretanto, a segunda prisão foi idêntica à primeira e não poderia ter sido decretada já que uma instância superior havia decidido por conceder liberdade provisória à ré. Para Naves, a nova prisão "agravou ainda mais o excesso de tempo da prisão provisória", argumento que havia sustentado a soltura de Suzane.
No pedido que culminou na concessão da prisão domiciliar --concedido em decisão liminar pelo ministro Nilson Naves--, a defesa de Suzane alegava que, enquanto ela esteve livre, "respondeu a todas as expectativas sociais de um comportamento ajustado" e negavam que ela tivesse representado uma ameaça "a qualquer um".
Rio Claro
No domingo, um dos advogados de Suzane, Mário Oliveira Filho, disse que ela não foi libertada no fim de semana porque houve "má vontade" do juiz Richard Francisco Chequini em assinar o alvará que autorizava a liberação.
"O juiz teve a decisão do STJ na mão na sexta-feira e não assinou. Houve má vontade. Disseram que não havia o endereço da prisão domiciliar no ofício, mas o endereço do domicílio sempre foi a casa do Barni [Denivaldo Barni] e isto sempre esteve nos autos", disse. O juiz não foi localizado pela reportagem.
Ao contrário dos demais domingos, Suzane não recebeu visitas ontem na prisão. Suzane tomou café da manhã e almoçou macarronada com carne.
Cinco familiares de outros presos disseram não terem visto Suzane no pátio do CRF no horário de visitas, que começou às 8h e terminou às 16h.
Crime
Os pais de Suzane --Manfred e Marísia-- foram surpreendidos enquanto dormiam em casa, no Brooklin (zona sul de São Paulo) e golpeados com bastões, ainda na cama.
O julgamento de Suzane e dos irmãos Cravinhos está marcado para o próximo dia 5 de junho.
Porém, os advogados de Suzane devem se reunir nesta semana com o juiz do caso, Alberto Anderson Filho, do 1º Tribunal do Júri de São Paulo, para pedir que ela não seja julgada na mesma data que os irmãos.
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