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29/05/2006 - 09h23

Legistas atestam massacre de policiais em SP

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da Folha de S.Paulo

Nove casos de policiais mortos em ataques do PCC foram localizados pela Defensoria Pública do Estado de São Paulo entre os 132 rascunhos de laudos do IML Central.

A perícia atesta a violência dos ataques e confirma os relatos de que os agentes foram pegos desprevenidos. Em oito casos, os policiais receberam tiros na cabeça. Em dois, no rosto. Outros três foram vítimas provavelmente de espingarda calibre 12, cujo tiro causa vários ferimentos no corpo.

O escrivão Ailton Carlos de Santana, 28, que foi morto quando estava de folga, próximo de sua casa, recebeu 19 tiros, sendo três deles na cabeça e um na nuca. Também suas mãos e antebraço foram atingidos, o que pode indicar que o policial tentava se defender dos criminosos que o atacavam.

O rascunho do laudo do carcereiro Elias Pereira Dantas, 44, mostra que ele levou dois tiros. A arma utilizada, provavelmente de calibre 12, destruiu seu rosto e causou cinco ferimentos nas costas. O policial civil Tamer Ramos Orlando, 34, levou três tiros no rosto.

O bombeiro João Alberto da Costa, 40, que não portava arma e foi cercado por um grupo que desceu de um carro, foi morto por dois tiros, um no ombro esquerdo e outro na lateral esquerda do abdome. Costa tentava avisar outros colegas sobre a possibilidade de ataques quando foi atingido.

Falsa ocorrência

Vencedor de prêmio de melhor policial do ano em 2004 por sua atuação durante um assalto, o policial militar Wilson de Jesus Santos, 38, foi uma vítima fácil. Estava distraído, após chegar para atender a uma falsa ocorrência em Parelheiros, zona sul. Segundo os legistas do IML Central, foi alvo de nove tiros, um deles na cabeça.

"Verifica-se que a quantidade de lesões de arma de fogo nos policiais é muito maior do que em civis. Além disso, há prevalência de lesões na cabeça e com arma de grosso calibre", diz o subdefensor público do Estado, Pedro Giberti.

A defensoria, que é um órgão de defesa de carentes, destaca que atuará tanto na defesa das famílias de civis que possam ter morrido em supostos abusos policiais como na de famílias dos próprios policiais vítimas da facção criminosa. Em geral, são aceitas pessoas que ganham até três salários mínimos, mas é possível fazer avaliações caso a caso.

"A defensoria está a disposição dos familiares das vítimas policiais e civis para realizar o acompanhamento do inquérito policial e propor as medidas judiciais cabíveis."

O atendimento a familiares de vítimas civis e policiais ocorre no Fórum Criminal da Barra Funda, de segunda a sexta, das 13h às 18h. O endereço é avenida Abrahão Ribeiro, 313.

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