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30/05/2006
-
23h12
LUIZ FRANCISCO
da Agência Folha, em Salvador
Um levantamento divulgado na tarde desta terça-feira pelo GGB (Grupo Gay da Bahia) revela que 81 homossexuais foram assassinados no Brasil no ano passado --51,2% a menos do que em 2004, que registrou 158 mortos.
"Ao contrário do que mostram os números, essa brusca redução não aconteceu porque os homossexuais estão mais seguros. O problema é que, por falta de verbas, as entidades que faziam a clipagem nas delegacias suspenderam o trabalho", disse o antropólogo Luiz Mott, um dos fundadores do GGB.
De acordo com Mott, mesmo com 85 assassinatos de homossexuais por ano, o Brasil ocupa o primeiro lugar entre os países que catalogam as informações. "No ano passado, no México, foram registradas 35 mortes violentas de homossexuais, e, nos Estados Unidos, 25, sendo que aquele país tem 100 milhões de habitantes a mais do que o Brasil."
O levantamento do GGB inclui também estatísticas na Arábia Saudita, Somália, Irã, Argentina, Peru, Colômbia e mais 19 países.
Entre 1980 --quando o GGB iniciou a contabilidade-- e o ano passado, foram assassinados 2.511 homossexuais no Brasil --do total, 72% eram gays; 25%, travestis; e 3%, lésbicas.
"Para uma população estimada em 20 mil pessoas, os transgêneros (travestis e transexuais) são, proporcionalmente, mais agredidos do que as lésbicas e gays, que somam mais de 18 milhões de brasileiros, ou 10% da nossa população", disse Mott.
O presidente do GGB, Marcelo Cerqueira, disse que o Ministério da Justiça e a Secretaria Nacional dos Direitos Humanos devem criar, com urgência, um departamento específico para a coleta de dados sobre crimes cometidos contra os homossexuais. "Somente conhecendo em profundidade esses crimes e o perfil dos assassinos é que vamos coibir esta prática."
Especial
Leia o que já foi publicado sobre homofobia
Levantamento registra queda de 51,2% em assassinatos de homossexuais
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da Agência Folha, em Salvador
Um levantamento divulgado na tarde desta terça-feira pelo GGB (Grupo Gay da Bahia) revela que 81 homossexuais foram assassinados no Brasil no ano passado --51,2% a menos do que em 2004, que registrou 158 mortos.
"Ao contrário do que mostram os números, essa brusca redução não aconteceu porque os homossexuais estão mais seguros. O problema é que, por falta de verbas, as entidades que faziam a clipagem nas delegacias suspenderam o trabalho", disse o antropólogo Luiz Mott, um dos fundadores do GGB.
De acordo com Mott, mesmo com 85 assassinatos de homossexuais por ano, o Brasil ocupa o primeiro lugar entre os países que catalogam as informações. "No ano passado, no México, foram registradas 35 mortes violentas de homossexuais, e, nos Estados Unidos, 25, sendo que aquele país tem 100 milhões de habitantes a mais do que o Brasil."
O levantamento do GGB inclui também estatísticas na Arábia Saudita, Somália, Irã, Argentina, Peru, Colômbia e mais 19 países.
Entre 1980 --quando o GGB iniciou a contabilidade-- e o ano passado, foram assassinados 2.511 homossexuais no Brasil --do total, 72% eram gays; 25%, travestis; e 3%, lésbicas.
"Para uma população estimada em 20 mil pessoas, os transgêneros (travestis e transexuais) são, proporcionalmente, mais agredidos do que as lésbicas e gays, que somam mais de 18 milhões de brasileiros, ou 10% da nossa população", disse Mott.
O presidente do GGB, Marcelo Cerqueira, disse que o Ministério da Justiça e a Secretaria Nacional dos Direitos Humanos devem criar, com urgência, um departamento específico para a coleta de dados sobre crimes cometidos contra os homossexuais. "Somente conhecendo em profundidade esses crimes e o perfil dos assassinos é que vamos coibir esta prática."
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