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03/06/2006
-
08h51
JULIANA COISSI
da Folha Ribeirão
Hotel três estrelas. Quartos triplos com TV, ar-condicionado, telefone e frigobar. Café da manhã balanceado com frutas, pães e ovos. Esses são os benefícios da nova acomodação de 46 bóias-frias que trabalham na usina Nova União, de Serrana (315 km a norte de São Paulo).
Eles foram instalados em um hotel três estrelas de Ribeirão Preto (314 km a norte de São Paulo) na última quarta-feira (31) após a Vigilância Sanitária interditar as cinco casas de colônia onde eles estavam instalados por péssimas instalações e higiene.
A interdição resulta de nova vistoria de integrantes da Procuradoria do Trabalho, que constataram que a empresa descumpriu acordo assinado na semana passada.
No acordo, a usina se comprometia a adequar a habitação dos trabalhadores, vindos da cidade pernambucana de Brejo da Madre de Deus. Como as vagas no único hotel de Serrana não eram suficientes, os trabalhadores foram hospedados em Ribeirão.
A estadia no hotel tornou-se o assunto do dia na lavoura de cana. "Os colegas ficaram meio enciumados", disse Márcio Souza, 19. A maioria nunca tinha se hospedado em um hotel. Acostumados a deitar e acordar cedo, boa parte dos bóias-frias aproveitou a novidade da TV no quarto para assistir futebol e filme até 1h.
"A cama é massa. Quase perdi a hora de manhã", disse Wellington Freitas, 18. O café foi antecipado para as 5h30, hora que saem para o trabalho.
O ar-condicionado, outra novidade, manteve-se desligado e o frigobar, intocado. "E quem tem dinheiro para pagar depois?", disse Severino de Oliveira Filho, 24. Uma das dificuldades dos hóspedes novatos é aprender a regular as torneiras quente e fria do chuveiro. Eles permanecem no hotel até que a usina reforme as casas de colônia, o que está previsto para ocorrer neste sábado.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre bóias-frias
Usina do interior de SP põe bóias-frias em hotel 3 estrelas
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da Folha Ribeirão
Hotel três estrelas. Quartos triplos com TV, ar-condicionado, telefone e frigobar. Café da manhã balanceado com frutas, pães e ovos. Esses são os benefícios da nova acomodação de 46 bóias-frias que trabalham na usina Nova União, de Serrana (315 km a norte de São Paulo).
Eles foram instalados em um hotel três estrelas de Ribeirão Preto (314 km a norte de São Paulo) na última quarta-feira (31) após a Vigilância Sanitária interditar as cinco casas de colônia onde eles estavam instalados por péssimas instalações e higiene.
A interdição resulta de nova vistoria de integrantes da Procuradoria do Trabalho, que constataram que a empresa descumpriu acordo assinado na semana passada.
No acordo, a usina se comprometia a adequar a habitação dos trabalhadores, vindos da cidade pernambucana de Brejo da Madre de Deus. Como as vagas no único hotel de Serrana não eram suficientes, os trabalhadores foram hospedados em Ribeirão.
A estadia no hotel tornou-se o assunto do dia na lavoura de cana. "Os colegas ficaram meio enciumados", disse Márcio Souza, 19. A maioria nunca tinha se hospedado em um hotel. Acostumados a deitar e acordar cedo, boa parte dos bóias-frias aproveitou a novidade da TV no quarto para assistir futebol e filme até 1h.
"A cama é massa. Quase perdi a hora de manhã", disse Wellington Freitas, 18. O café foi antecipado para as 5h30, hora que saem para o trabalho.
O ar-condicionado, outra novidade, manteve-se desligado e o frigobar, intocado. "E quem tem dinheiro para pagar depois?", disse Severino de Oliveira Filho, 24. Uma das dificuldades dos hóspedes novatos é aprender a regular as torneiras quente e fria do chuveiro. Eles permanecem no hotel até que a usina reforme as casas de colônia, o que está previsto para ocorrer neste sábado.
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