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17/06/2006
-
22h18
da Folha Online
Os presos da cadeia pública de São Carlos (231 km a noroeste de São Paulo) permaneciam rebelados na noite deste sábado. O movimento começou à tarde, e um carcereiro é mantido refém. Desde sexta-feira (16), oito unidades prisionais do Estado registraram motins.
De acordo com a Polícia Civil, às 23h, o diretor da cadeia ainda negociava a libertação do refém com os amotinados. O prédio foi parcialmente destruído. Diversas grades foram arrancadas. O local está superlotado. Ele tem capacidade para 60 presos, mas abriga 224 atualmente.
Os motins iniciados no sistema penitenciário neste sábado acabaram no começo da noite. Eles ocorreram, simultaneamente, nos CDPs (Centros de Detenção Provisória) de Parelheiros, de Suzano e de São Bernardo do Campo e na penitenciária 1 de Franco da Rocha.
Os presos de São Bernardo foram os últimos a ceder às negociações. Tropas da PM (Polícia Militar) chegaram a cercar as unidades, mas não as invadiram. Não há confirmação sobre as reivindicações dos presos.
Funcionários da penitenciária de Franco de Rocha disseram à reportagem que um funcionário foi mantido refém, mas a SAP (Secretaria de Estado de Administração Penitenciária) não confirmou a informação.
Como alguns dos tumultos começaram durante o horário de visitas, a secretaria não confirmou o número de pessoas que foram mantidas reféns e quantas permaneceram em solidariedade aos presos.
Mais rebelião
Na sexta (16) houve três rebeliões no interior do Estado, nas penitenciárias de Araraquara, Itirapina e Mirandópolis. Em Itirapina (213 km a noroeste de São Paulo), um preso foi morto por rivais, e os amotinados atearam fogo em colchões e derrubaram diversas portas.
Foram os primeiros motins ocorridos desde que o ex-PM e procurador de Justiça Antonio Ferreira Pinto assumiu o cargo de secretário estadual da Administração Penitenciária.
Trata-se também da primeira onda de ocorrências envolvendo presos de São Paulo desde a série de rebeliões e de ataques contra forças de segurança promovida a mando do PCC (Primeiro Comando da Capital) em diversas cidades do Estado.
Também neste sábado, ao menos 500 internos de seis unidades do complexo da Febem (Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor) no Tatuapé (zona leste de São Paulo) participam de uma rebelião. O tumulto durou cerca de quatro horas e deixou 14 feridos --cinco internos e nove funcionários.
PCC
O coordenador regional do Sifuspesp (Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo), Alcides Carlos da Silva Júnior, disse nesta sexta que a rebelião promovida pelos detentos de Itirapina foi encabeçada por integrantes do PCC.
No último mês de maio, a organização criminosa promoveu uma onda de motins que atingiu mais de 80 unidades do Estado --incluindo a prisão de Itirapina-- e uma série de ataques contra forças de segurança.
Os crimes culminaram na queda do então secretário estadual de Administração Penitenciária, Nagashi Furukawa.
De acordo com Silva Júnior, os presos ligados ao PCC estão descontentes com o rigor do regime de prisão a que é submetido o líder da facção, Marcos Camacho, o Marcola, na penitenciária de Presidente Bernardes (589 km a oeste de São Paulo).
Com Agência Folha
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De acordo com a Polícia Civil, às 23h, o diretor da cadeia ainda negociava a libertação do refém com os amotinados. O prédio foi parcialmente destruído. Diversas grades foram arrancadas. O local está superlotado. Ele tem capacidade para 60 presos, mas abriga 224 atualmente.
Os motins iniciados no sistema penitenciário neste sábado acabaram no começo da noite. Eles ocorreram, simultaneamente, nos CDPs (Centros de Detenção Provisória) de Parelheiros, de Suzano e de São Bernardo do Campo e na penitenciária 1 de Franco da Rocha.
Os presos de São Bernardo foram os últimos a ceder às negociações. Tropas da PM (Polícia Militar) chegaram a cercar as unidades, mas não as invadiram. Não há confirmação sobre as reivindicações dos presos.
Funcionários da penitenciária de Franco de Rocha disseram à reportagem que um funcionário foi mantido refém, mas a SAP (Secretaria de Estado de Administração Penitenciária) não confirmou a informação.
Como alguns dos tumultos começaram durante o horário de visitas, a secretaria não confirmou o número de pessoas que foram mantidas reféns e quantas permaneceram em solidariedade aos presos.
Mais rebelião
Na sexta (16) houve três rebeliões no interior do Estado, nas penitenciárias de Araraquara, Itirapina e Mirandópolis. Em Itirapina (213 km a noroeste de São Paulo), um preso foi morto por rivais, e os amotinados atearam fogo em colchões e derrubaram diversas portas.
Foram os primeiros motins ocorridos desde que o ex-PM e procurador de Justiça Antonio Ferreira Pinto assumiu o cargo de secretário estadual da Administração Penitenciária.
Trata-se também da primeira onda de ocorrências envolvendo presos de São Paulo desde a série de rebeliões e de ataques contra forças de segurança promovida a mando do PCC (Primeiro Comando da Capital) em diversas cidades do Estado.
Também neste sábado, ao menos 500 internos de seis unidades do complexo da Febem (Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor) no Tatuapé (zona leste de São Paulo) participam de uma rebelião. O tumulto durou cerca de quatro horas e deixou 14 feridos --cinco internos e nove funcionários.
PCC
O coordenador regional do Sifuspesp (Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo), Alcides Carlos da Silva Júnior, disse nesta sexta que a rebelião promovida pelos detentos de Itirapina foi encabeçada por integrantes do PCC.
No último mês de maio, a organização criminosa promoveu uma onda de motins que atingiu mais de 80 unidades do Estado --incluindo a prisão de Itirapina-- e uma série de ataques contra forças de segurança.
Os crimes culminaram na queda do então secretário estadual de Administração Penitenciária, Nagashi Furukawa.
De acordo com Silva Júnior, os presos ligados ao PCC estão descontentes com o rigor do regime de prisão a que é submetido o líder da facção, Marcos Camacho, o Marcola, na penitenciária de Presidente Bernardes (589 km a oeste de São Paulo).
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