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20/06/2006 - 09h17

FNS tenta identificar contatos de presos fora de cadeias

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KAMILA FERNANDES
da Agência Folha, em Fortaleza
GILMAR PENTEADO
da Folha de S.Paulo

Para identificar as lideranças responsáveis por toda a onda de violência dentro de presídios nos últimos dias, a Força de Segurança Nacional, solicitada pelos governos de Mato Grosso do Sul e do Espírito Santo, está fazendo um minucioso levantamento de todos os presos e seus visitantes, para verificar se estão usando nomes falsos e quais são seus vínculos fora das grades.

Segundo o secretário nacional de Segurança Pública, Luiz Fernando Corrêa, que esteve na segunda-feira (19) em Fortaleza, no Seminário Executivo Sul-Americano de Segurança Pública, só por meio da inteligência policial será possível combater o crime organizado, como a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).

"Fazemos a abordagem nos presídios, uma revista minuciosa. Identificamos, com um método moderno, todos os que estão lá dentro, para saber efetivamente se estão com nomes verdadeiros, e fazemos cruzamentos com o livro de visitantes, para ver quem são as pessoas ligadas aos presos que estão do lado de fora", disse.

Um dos objetivos da ação é, ao identificar os responsáveis, levá-los aos futuros presídios federais. O primeiro, em Catanduvas (PR), deverá ser inaugurado ainda este mês. Estão previstas outras quatro unidades.

Em Santos (SP), ao inaugurar o novo prédio da Polícia Federal, o ministro Márcio Thomaz Bastos (Justiça) disse que a situação [de segurança] em São Paulo precisa ser "olhada com muito cuidado".

"O governador Cláudio Lembo (PFL) é um homem que está muito empenhado nisso, mas acredito que seja uma situação que tem de ser acompanhada todo dia."

Intercâmbio

Foi discutida ontem, numa reunião fechada, também em Fortaleza, uma "doutrina" nacional, segundo Corrêa, para ampliar e dar mais agilidade aos trabalhos, de forma coesa.

Uma das medidas anunciadas foi a ampliação e modernização da rede de troca de informações da inteligência policial pela internet. O sistema, que hoje conta com 32 unidades em todo o país, deverá passar para 500, que deverão estar à disposição das diferentes polícias (Civil, Militar e Federal).

O sistema contará com certificação digital, para garantir a segurança na troca das informações, mesmo pela internet, segundo Sérgio Antônio Silveira, que coordena a Renisp (Rede Nacional de Inteligência de Segurança Pública).

Ele não soube dizer os custos. Parte da nova rede deve estar pronta até os Jogos do Pan-2007, no Rio de Janeiro.

Sobre investimentos em segurança pública no país, Corrêa afirmou que os recursos estão sendo aplicados de forma mais criteriosa que no passado, pois há uma "quebra por falta de gestão nas contas de segurança por volta de 40%, que se perdem com desvio de finalidade, incapacidade de cumprir o prazo, e o serviço não chega". Para este ano, estão previstos R$ 350 milhões do Fundo Nacional de Segurança.

Com MARIANA CAMPOS, da Agência Folha, em Santos

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