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23/06/2006
-
15h01
da Folha Online
O gás que vazou em decorrência de um acidente na marginal Pinheiros, na madrugada desta sexta-feira, foi sentido por moradores de ao menos seis bairros de São Paulo e de outras três cidades da região metropolitana, de acordo com registros da Cetesb (agência ambiental paulista).
O cheiro do gás chegou aos bairros Jardins, Itaim Bibi, Morumbi, Vila Olímpia, Campo Limpo e Capão Redondo. Foram atingidas ainda as cidades de Taboão da Serra, Embu e Itapecerica da Serra.
O acidente ocorreu na pista expressa da marginal Pinheiros, no sentido Castello Branco, na região do Itaim Bibi. Os cilindros que armazenavam o gás caíram de uma carreta. Os motivos da queda da carga ainda deverão ser investigados.
O gás que vazou dos cilindros é chamado t-butil mercaptan e usado para dar cheiro ao gás de cozinha, para facilitar a detecção de vazamentos. Ele é inflamável e estava armazenado em uma concentração bastante alta mas, ainda segundo a Cetesb, não houve risco de explosão.
Leitores da Folha Online que trabalham perto do local do acidente entraram em contato com a reportagem para informar que o cheiro incomodava e causava dores de cabeça, ânsia e ardência nos olhos.
Saúde
Segundo o diretor do Centro de Assistência Toxicológica do HC (Hospital das Clínicas), Anthony Wong, a melhor medida que pode ser adotada por quem sentir o cheiro do gás é deixar o local contaminado rapidamente. "Depois de alguns minutos, os sintomas devem passar."
Soluções caseiras como beber leite, por exemplo, não têm efeito, segundo a médica responsável pelo Centro de Intoxicações da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, Darcilea Amaral. "Os sintomas são de irritação das vias aéreas, como os provocados pelo ar poluído."
Segundo a médica, quem sente ardência nos olhos deve lavá-los com água limpa e, de preferência, com soro fisiológico. Quem apresenta tosse e dores de garganta deve beber bastante água, para evitar a formação de catarro. Se os sintomas persistirem, as pessoas devem procurar inalação.
Quem mora perto do local onde o acidente ocorreu deve procurar manter o ambiente bem ventilado e evitar o uso de ar-condicionado. "Se precisar tomar um analgésico por conta de uma dor de cabeça persistente, por exemplo, tome um prescrito pelo médico."
Precauções
O medo que a alta concentração de gás afetasse a saúde das pessoas que vivem, trabalham ou passavam pela região levou o Corpo de Bombeiros a isolar a área. O tráfego nas duas pistas da marginal Pinheiros ficou parado por quase oito horas.
Os bombeiros bloquearam ainda as estações Hebraica-Rebouças e Cidade Jardim da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos). Elas foram reabertas apenas às 7h20 e às 8h20, respectivamente.
O fluxo dos túneis Max Feffer e Cidade Jardim foi monitorado durante toda a manhã, para evitar que os motoristas ficassem parados dentro deles por intervalos prolongados, agravando sua exposição ao gás.
Transportadora
No total, dez cilindros caíram. Cinco deles continham t-butil mercaptan e outros cinco, dissulfeto de dimetila. Só dois cilindros de t-butil mercaptan romperam e vazaram gás.
Equipes da Cetesb precisaram lavar o asfalto onde os cilindros caíram com água sanitária, para neutralizar os efeitos do gás. Pelo menos um cilindro caiu em um canal do rio Pinheiros. Possíveis problemas ambientais serão avaliados posteriormente, de acordo com a agência.
Segundo a Cetesb, a empresa que transportava os cilindros é a Acimex, sediada em Santos (Baixada Santista). Por telefone, a reportagem não conseguiu entrar em contato com os representantes da empresa que estão em São Paulo para apurar suspeitas das causa do acidente.
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Gás atinge seis bairros de SP e três cidades da região metropolitana
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O gás que vazou em decorrência de um acidente na marginal Pinheiros, na madrugada desta sexta-feira, foi sentido por moradores de ao menos seis bairros de São Paulo e de outras três cidades da região metropolitana, de acordo com registros da Cetesb (agência ambiental paulista).
O cheiro do gás chegou aos bairros Jardins, Itaim Bibi, Morumbi, Vila Olímpia, Campo Limpo e Capão Redondo. Foram atingidas ainda as cidades de Taboão da Serra, Embu e Itapecerica da Serra.
Moacyr Lopes Junior/Folha Imagem |
Técnicos da Cetesb e bombeiros recolhem os cilindros de gás que caíram na marginal |
O gás que vazou dos cilindros é chamado t-butil mercaptan e usado para dar cheiro ao gás de cozinha, para facilitar a detecção de vazamentos. Ele é inflamável e estava armazenado em uma concentração bastante alta mas, ainda segundo a Cetesb, não houve risco de explosão.
Leitores da Folha Online que trabalham perto do local do acidente entraram em contato com a reportagem para informar que o cheiro incomodava e causava dores de cabeça, ânsia e ardência nos olhos.
Saúde
Segundo o diretor do Centro de Assistência Toxicológica do HC (Hospital das Clínicas), Anthony Wong, a melhor medida que pode ser adotada por quem sentir o cheiro do gás é deixar o local contaminado rapidamente. "Depois de alguns minutos, os sintomas devem passar."
Soluções caseiras como beber leite, por exemplo, não têm efeito, segundo a médica responsável pelo Centro de Intoxicações da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, Darcilea Amaral. "Os sintomas são de irritação das vias aéreas, como os provocados pelo ar poluído."
Segundo a médica, quem sente ardência nos olhos deve lavá-los com água limpa e, de preferência, com soro fisiológico. Quem apresenta tosse e dores de garganta deve beber bastante água, para evitar a formação de catarro. Se os sintomas persistirem, as pessoas devem procurar inalação.
Quem mora perto do local onde o acidente ocorreu deve procurar manter o ambiente bem ventilado e evitar o uso de ar-condicionado. "Se precisar tomar um analgésico por conta de uma dor de cabeça persistente, por exemplo, tome um prescrito pelo médico."
Precauções
O medo que a alta concentração de gás afetasse a saúde das pessoas que vivem, trabalham ou passavam pela região levou o Corpo de Bombeiros a isolar a área. O tráfego nas duas pistas da marginal Pinheiros ficou parado por quase oito horas.
Os bombeiros bloquearam ainda as estações Hebraica-Rebouças e Cidade Jardim da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos). Elas foram reabertas apenas às 7h20 e às 8h20, respectivamente.
O fluxo dos túneis Max Feffer e Cidade Jardim foi monitorado durante toda a manhã, para evitar que os motoristas ficassem parados dentro deles por intervalos prolongados, agravando sua exposição ao gás.
Transportadora
No total, dez cilindros caíram. Cinco deles continham t-butil mercaptan e outros cinco, dissulfeto de dimetila. Só dois cilindros de t-butil mercaptan romperam e vazaram gás.
Equipes da Cetesb precisaram lavar o asfalto onde os cilindros caíram com água sanitária, para neutralizar os efeitos do gás. Pelo menos um cilindro caiu em um canal do rio Pinheiros. Possíveis problemas ambientais serão avaliados posteriormente, de acordo com a agência.
Segundo a Cetesb, a empresa que transportava os cilindros é a Acimex, sediada em Santos (Baixada Santista). Por telefone, a reportagem não conseguiu entrar em contato com os representantes da empresa que estão em São Paulo para apurar suspeitas das causa do acidente.
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