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29/06/2006 - 16h05

Entenda o caso da morte do casal Richthofen

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da Folha Online

Os ministros da 6ª Turma do STJ (Superior Tribunal de Justiça) decidiram nesta quinta-feira cassar a liminar que mantinha Suzane von Richthofen em prisão domiciliar. Ré confessa no processo que a acusa da morte dos pais, ela voltará ao sistema penitenciário.

Os corpos do engenheiro Manfred e da psiquiatra Marísia foram encontrados por seus dois filhos, Suzane e Andreas, então com 19 e 15 anos de idade, respectivamente, na madrugada do dia 31 de outubro de 2002, na casa da família, no Brooklin (zona sul de São Paulo).

Inicialmente, a polícia acreditava tratar-se de um caso de latrocínio, ou seja, de roubo seguido de morte. Entre US$ 5.000 e US$ 8.000 foram levados. Porém, a casa não tinha sinais de arrombamento e tanto o alarme quanto o sistema interno de vigilância estavam desligados.

Uma ex-empregada que havia feito ameaças depois de ter sido demitida tornou-se a principal suspeita. Ela foi descartada depois de prestar depoimento.

Dias após o crime, foi a mal explicada compra de uma moto que levou a polícia a desconfiar de Cristian Cravinhos, então com 26 anos, irmão mais velho de Daniel Cravinhos, então com 21, namorado de Suzane à época. Desempregado, ele usou um amigo como intermediário para comprar uma moto nova horas após a morte dos Richthofen. Parte do valor foi pago em dólares.

No dia 8 de novembro de 2002, Suzane, Daniel e Cristian foram presos e confessaram ter planejado e matado o casal.

Na noite do crime, conforme os três relataram à polícia, Suzane levou o irmão a um cybercafé. Em seguida, ela e Daniel encontraram Cristian e foram para a casa. Suzane entrou e foi ao quarto dos pais para constatar que eles dormiam. Depois, acendeu a luz do corredor, e os rapazes golpearam o casal com barras de ferro.

Sob orientação de Suzane, segundo a promotoria, os irmãos usaram luvas cirúrgicas, para não deixar digitais, e meias calças, para não deixar pêlos.

Suzane nega ter presenciado o momento em que os pais foram mortos. Para a promotoria, porém, ela testemunhou ao menos parte da cena.

Com a intenção de forjar um assalto, os três reviraram a biblioteca da família e fugiram, levando os dólares. Em seguida, Cristian foi para casa com o dinheiro enquanto Suzane e Daniel se livraram do material usado no crime. Para forjar um álibi, os namorados passaram duas horas em um motel.

Depois, ambos pegaram o irmão de Suzane no cybercafé, voltaram à casa e avisaram a polícia sobre o encontro dos corpos.

O crime teria sido motivado pela proibição do namoro de Suzane e Daniel e pela conseqüente herança que o casal deixaria.

Desde 2002, Suzane diz ter cometido o crime "por amor" ao namorado e acusa Daniel de tê-la convencido a participar. Daniel diz que Suzane relatava conflitos com os pais e que foi ela quem o chamou para participar do plano.

Os três respondem a processo pelos crimes de duplo homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima; e fraude processual, por terem alterado a cena do crime.

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