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11/07/2006 - 10h42

Destruição de prisões causa déficit de 25 mil vagas em SP

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da Folha de S.Paulo
da Folha Ribeirão
da Agência Folha, em Campinas

Os 19 presídios destruídos no Estado nas rebeliões comandadas pelo PCC (Primeiro Comando da Capital) causaram um déficit de 25 mil vagas no sistema penitenciário paulista. A informação foi dada ontem pelo secretário da Administração Penitenciária, Antonio Ferreira Pinto, em entrevista coletiva.

A esse número somam-se ainda as 28.801 vagas que já faltavam no sistema, segundo dados fornecidos pela secretaria em maio. A maioria dos presídios paulistas está superlotada. Devido ao déficit de vagas, a Secretaria da Segurança tem reduzido o número de transferências de detentos para presídios. Assim, há carceragens lotadas em locais próximos aos presídios mais destruídos.

Pinto disse que a reforma no Anexo de Detenção Provisória de Araraquara --uma das prisões em pior estado-- não começou ontem, como havia sido divulgado pelo governador Cláudio Lembo (PFL), devido a "entraves burocráticos com as construtoras".

O órgão está tomando medidas paliativas. Segundo a secretaria, até o final desta semana, os outros dois pavilhões serão liberados para abrigar os cerca de 1.400 presos que estão atualmente em dois pavilhões que cabem, no total, 320.

As obras na penitenciária estão estimadas em R$ 7 milhões. A SAP não informou quando elas vão começar de fato.

Túnel

Agentes penitenciários descobriram neste fim de semana um túnel de oito metros de profundidade e seis de extensão na Penitenciária 2 de Itirapina (213 km de SP) --uma das mais destruídas no Estado.

Desde a última rebelião no local, em 16 de junho, ao menos 12 túneis foram descobertos por agentes em Itirapina.

Em razão da destruição da penitenciária, os presos ficaram sem visitas nos dois últimos finais de semana.

No domingo, dezenas de familiares protestaram em frente à penitenciária, pelas más condições de saúde e higiene impostas aos detentos.

Na Penitenciária 2 de Hortolândia (109 km de SP), também em situação crítica de higiene e alimentação, os familiares não podem visitar os presos. Alguns parentes deixaram o local reclamando da situação das instalações.

A SAP informou que está concluindo avaliações e vistorias em unidades danificadas para dar seguimento a obras emergenciais.

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