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14/07/2006
-
12h39
da Folha Online
da Folha de S.Paulo
O governador de São Paulo, Cláudio Lembo (PFL), deverá pedir ao ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, a transferência do sistema penitenciário paulista de 1.600 presos julgados pela Justiça Federal. O número equivale a menos de 2% dos 140 mil presos do Estado mas, para Lembo, equivale também às vagas necessárias para desafogar a penitenciária de Araraquara.
Durante praticamente um mês, cerca de 1.400 presos ficaram confinados no pátio do Anexo de Detenção Provisória de Araraquara (273 km a noroeste de São Paulo) porque os três pavilhões da penitenciária ficaram fechados para obras. As portas do anexo chegaram a ser soldadas para evitar fugas.
"Mas compreendo se disserem [o governo] 'não posso'", disse Lembo aos jornalistas, na noite de quinta-feira (13).
Lembro admitiu ainda que pedirá ao governo federal um reforço no serviço de inteligência da PF (Polícia Federal).
O governador sinalizou, porém, que deverá manter sua recusa quando ao envio homens da FNS (Força Nacional de Segurança) ao Estado. "Eu acho que seria desnecessidade para União e desgaste para as Forças Armadas. É momento de inteligência."
Bastos descarta a possibilidade de intervenção federal em São Paulo. Ele disse que, na reunião desta tarde, irá apresentar a Lembo um pacote de medidas "importantes".
Planos
Embora dependa da anuência de Lembo, Bastos faz planos de enviar as Forças Armadas para tentar conter a crise na segurança em São Paulo.
Um sinal claro de que governos federal e estadual já vêm conversando sobre a possibilidade de participação das Forças Armadas é que o comandante militar do Sudeste, general-de-Exército Luiz Edmundo de Carvalho, estará presente em outra reunião, também marcada para esta sexta-feira.
Também irão de Brasília o diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Lacerda, e comandantes, chefes e secretários do Ministério da Justiça. A intenção não é provocar o confronto direto de oficiais e soldados com bandidos nas ruas paulistas, mas sim usar o 'poder coercitivo' das Forças Armadas, ou seja, em operações de dissuasão, de patrulhamento e de inteligência.
Os efetivos poderiam ser usados também para o transporte de presos, varredura de presídios e identificação dos líderes principais do movimento. No caso de inteligência, aliás, os militares, a PF e a Abin (Agência Brasileira de Inteligência, ligada ao Planalto) já estão atuando em São Paulo.
Caso Lembo e Bastos acertem a participação direta de Exército, Aeronáutica e Marinha, poderão ser deslocados efetivos da Brigada de Operações Especiais do Exército, com sede em Goiânia (GO) e efetivo de 1.800 homens.
Também poderiam ser convocadas três outras brigadas: a de Infantaria Pára-Quedista, do Rio, a de Infantaria Leve, de Caçapava, e a de Aviação do Exército, em Taubaté. Bastos discutiu os planos alternativos (ou cenários), ontem, com os comandantes do Exército, general Francisco Albuquerque, da Aeronáutica, brigadeiro Luiz Carlos Bueno, e da Marinha, almirante Roberto Luiz de Carvalho.
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da Folha de S.Paulo
O governador de São Paulo, Cláudio Lembo (PFL), deverá pedir ao ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, a transferência do sistema penitenciário paulista de 1.600 presos julgados pela Justiça Federal. O número equivale a menos de 2% dos 140 mil presos do Estado mas, para Lembo, equivale também às vagas necessárias para desafogar a penitenciária de Araraquara.
Durante praticamente um mês, cerca de 1.400 presos ficaram confinados no pátio do Anexo de Detenção Provisória de Araraquara (273 km a noroeste de São Paulo) porque os três pavilhões da penitenciária ficaram fechados para obras. As portas do anexo chegaram a ser soldadas para evitar fugas.
Folha Imagem |
O governador de São Paulo, Cláudio Lembo, e o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos |
Lembro admitiu ainda que pedirá ao governo federal um reforço no serviço de inteligência da PF (Polícia Federal).
O governador sinalizou, porém, que deverá manter sua recusa quando ao envio homens da FNS (Força Nacional de Segurança) ao Estado. "Eu acho que seria desnecessidade para União e desgaste para as Forças Armadas. É momento de inteligência."
Bastos descarta a possibilidade de intervenção federal em São Paulo. Ele disse que, na reunião desta tarde, irá apresentar a Lembo um pacote de medidas "importantes".
Planos
Embora dependa da anuência de Lembo, Bastos faz planos de enviar as Forças Armadas para tentar conter a crise na segurança em São Paulo.
Um sinal claro de que governos federal e estadual já vêm conversando sobre a possibilidade de participação das Forças Armadas é que o comandante militar do Sudeste, general-de-Exército Luiz Edmundo de Carvalho, estará presente em outra reunião, também marcada para esta sexta-feira.
Também irão de Brasília o diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Lacerda, e comandantes, chefes e secretários do Ministério da Justiça. A intenção não é provocar o confronto direto de oficiais e soldados com bandidos nas ruas paulistas, mas sim usar o 'poder coercitivo' das Forças Armadas, ou seja, em operações de dissuasão, de patrulhamento e de inteligência.
Os efetivos poderiam ser usados também para o transporte de presos, varredura de presídios e identificação dos líderes principais do movimento. No caso de inteligência, aliás, os militares, a PF e a Abin (Agência Brasileira de Inteligência, ligada ao Planalto) já estão atuando em São Paulo.
Caso Lembo e Bastos acertem a participação direta de Exército, Aeronáutica e Marinha, poderão ser deslocados efetivos da Brigada de Operações Especiais do Exército, com sede em Goiânia (GO) e efetivo de 1.800 homens.
Também poderiam ser convocadas três outras brigadas: a de Infantaria Pára-Quedista, do Rio, a de Infantaria Leve, de Caçapava, e a de Aviação do Exército, em Taubaté. Bastos discutiu os planos alternativos (ou cenários), ontem, com os comandantes do Exército, general Francisco Albuquerque, da Aeronáutica, brigadeiro Luiz Carlos Bueno, e da Marinha, almirante Roberto Luiz de Carvalho.
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