Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
15/07/2006 - 11h53

Criminosos jogam bomba em escritório da CPFL no interior de SP

Publicidade

MARIA FERNANDA RIBEIRO
da Folha de S.Paulo, em Ribeirão Preto

Uma bomba caseira atirada contra o escritório da CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz) em Jaboticabal (344 km de São Paulo) foi a novidade no terceiro dia seguido da nova onda de ataques atribuídos ao PCC na região de Ribeirão Preto (314 km a norte de São Paulo).

Entre a noite de sexta (14) e a madrugada de sábado, a região registrou nove ataques em cinco cidades. Ninguém ficou ferido. Nos últimos três dias, a região contabilizou 53 atentados contra prédios públicos e privados, veículos e agentes de segurança de 12 cidades.

O ataque à companhia de energia foi o primeiro na região e o primeiro também após a Folha ter revelado neste sábado que interceptações telefônicas feitas pelo Dipol (Departamento de Inteligência da Polícia) revelam plano da facção criminosa de atacar redes e subestações elétricas para provocar um blecaute na Grande São Paulo.

A bomba --um coquetel molotov-- chegou a pegar fogo, mas o incêndio não se alastrou, porque o vigia percebeu e o controlou com um extintor. O ataque ocorreu por volta da 0h, e a bomba atingiu a sala da administração da companhia.

Alvos civis

Ribeirão Preto, a maior cidade da região, registrou tiros contra três agências bancárias, o lançamento de três coquetéis molotov contra uma garagem de veículos e o incêndio de um caminhão particular.

Por volta das 23h15 de sexta, segundo a polícia, três bombas caseiras foram lançadas em um estacionamento de carros no Ipiranga, um dos bairros mais antigos da cidade, ocupado pela classe média. Apenas uma bomba explodiu e incendiou um carro.

Meia hora depois, três agências bancárias (do Itaú, da Caixa Econômica Federal e do Real) foram alvejadas por cinco tiros cada uma, na avenida Mogiana, na Vila Elisa --as agências ficam um quarteirão de distância uma da outra. Os tiros atingiram as portas de entrada, os vidros laterais e as paredes. Segundo a polícia, duas pessoas de moto teria atirado contra os bancos e fugido.

Por volta do mesmo horário, um caminhão de cargas foi incendiado também no bairro Ipiranga. De acordo com a polícia, dois homens teriam chegado até o local de carro e depois fugido à pé --moradores apagaram o fogo. Na cidade, ninguém foi preso, mas, de acordo com a polícia, todos os ataques têm apenas um mandante.

Em São Joaquim da Barra, por volta das 5h30 deste sábado, um fusca foi queimado dentro de um estacionamento particular no centro da cidade com
bombas de coquetel molotov.

Em Morro Agudo, no Parque Dom Pedro, por volta das 4h, um caminhão carregado com 28 toneladas de açúcar foi incendiado e parte da carga foi queimada.

Em Franca, a casa de um policial civil foi atingida por tiros na madrugada --ninguém ficou ferido.

Dois ônibus de trabalhadores rurais vazios foram queimados na sexta (14) à noite em Ituverava. Os ônibus estavam sem passageiros e estacionados. O primeiro foi queimado às 22h e o segundo 40 minutos depois. A polícia não tem suspeita dos autores dos ataques.

Ônibus

A Polícia Militar montou uma operação para garantir a segurança do transporte coletivo em São Carlos desde a madrugada deste sábado. Desde o início dos ataques, na terça-feira (11), quatro veículos foram queimados na cidade.

A partir das 4h, veículos da PM fizeram a escolta dos ônibus que buscam motoristas e cobradores para o trabalho.

Os veículos foram acompanhados até a garagem da empresa. Às 5h, os ônibus começaram a deixar o pátio. O esquema de escolta vai funcionar durante todo o final de semana, em 12 linhas do transporte coletivo da cidade.

Leia mais
  • Erramos: "Criminosos jogam bomba em escritório da CPFL no interior de SP"
  • PCC ameaça causar blecaute na Grande SP e põe Eletropaulo em alerta
  • Polícia prende 78 e mata 4 suspeitos

    Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre o PCC
  • Leia a cobertura completa sobre os ataques do PCC
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página