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19/07/2006 - 10h42

Polícia investiga elo do PCC em homicídio na zona leste de SP

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KLEBER TOMAZ
da Folha de S.Paulo

A polícia investiga o envolvimento do PCC (Primeiro Comando da Capital) numa invasão a uma casa na Penha, zona leste de SP, anteontem à noite. A avó da noiva de um delegado e dois suspeitos foram mortos. Um deles foi identificado como Diego Rodrigo Nazareth, 23. O pai da namorada do policial foi baleado e, depois, internado. Ele não corre risco de morte.

Na última quarta-feira, Alexandre Muñoz, 29, delegado plantonista do 58º Distrito Policial, na Vila Formosa (zona leste), acompanhou a prisão de quatro suspeitos de integrarem a facção. Eles eram acusados de planejar ataque a um DP.

Por volta das 23h de anteontem, dois homens invadiram a residência da namorada do delegado, quando a irmã dela chegava com o marido.

Lá, renderam e levaram cinco das seis pessoas da casa --inclusive o delegado-- para o andar superior do sobrado. Um teria dito "você vem comigo", para Muñoz. O outro bandido ficou no piso térreo com o pai, Antonio, e falou "você já era!", antes de disparar dois tiros em sua direção.

Com o barulho, o criminoso do piso superior desceu. Muñoz, que pegou dois revólveres numa gaveta, o seguiu e trocou mais de 40 tiros com ele, que caiu morto na cozinha.

Na residência vizinha estavam seus avós. Na rua, nova troca de tiros, agora entre o segundo suspeito, o delegado e a PM, acionada por vizinhos. Mais duas mortes: a do bandido e da avó da noiva, Neide, que saíra de casa.

"Pode ter sido crime organizado, assalto ou vingança", diz Calixto Calil Filho, delegado do 10º Distrito Policial, na Penha, que investiga o caso. Ele procura por um terceiro suspeito que estava em frente à casa. O mais estranho, conta Calil Filho, é que em momento algum os bandidos, que estavam encapuzados e usavam telefone celular para se comunicar, anunciaram assalto. Nada foi levado da residência na zona leste.

No enterro, parentes da vítima disseram que os bandidos mortos exibiam tatuagens alusivas à facção criminosa.

"Um deles tinha escrito na barriga "bandido nato" e outro a sigla PCC na cabeça", disse João (nome fictício), irmão de criação do viúvo, ontem. Segundo a polícia, Muñoz não recebeu ameaças.

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