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19/07/2006
-
22h25
da Folha Ribeirão
Os presos da região do Grande ABC e das penitenciárias de São Paulo estariam cobrando dos membros do PCC (Primeiro Comando da Capital) que vivem em cidades do interior --distantes a pelo menos 250 km da capital-- que continuem os ataques, mesmo que em menor número, para desviar a atenção da polícia.
Segundo um agente penitenciário que não se identifica, conversas ouvidas dentro das prisões e por meio de interceptações telefônicas mostram que os presos da Grande São Paulo exigem que o interior "faça a cena." "Fazer a cena" significa pichar os muros com os dizeres do PCC, queimar ônibus (sem passageiros) e atacar carros e bases policiais e casas de agentes penitenciários.
Isso porque, segundo o agente, o interior, principalmente Ribeirão, é responsável por grande parte do tráfico de drogas, cujo dinheiro vai para o PCC. "Nas conversas, presos falam que policiais estão pegando pesado nas 'bocas'", revela.
Com os ataques, os membros do PCC esperam que os policiais fiquem concentrados nos atentados e atuem menos nas áreas do tráfico de drogas.
Um preso da Penitenciária de Araraquara (237 km a noroeste de São Paulo) que admite ser ligado ao PCC disse à reportagem, por telefone, que as faixas e os muros pichados com críticas à imprensa e ao Estado são mesmo do PCC, mas negou que estejam queimando ônibus. "A gente também tem o direito de criticar. Mas, a baderna de queimar as coisas não é coisa nossa, não. Isso é coisa de gente oportunista."
Para o delegado seccional, Benedito Antonio Valencise, não há uma explicação para os atentados estarem ocorrendo agora só na região de Ribeirão. Segundo ele, é preciso primeiro prender os responsáveis para que as respostas sejam achadas. Ele não quis atribuir atentados a criminosos ligados ao PCC.
Valencise disse que os policiais civis vão começar a atuar de uma forma "discreta" nas ruas. Isso significa que os carros utilizados serão particulares e que os profissionais não vão utilizar nenhuma forma de identificação.
"Os policiais vão trabalhar assim para fazer observações. Estamos trabalhando dia e noite para tentar identificar os autores dos ataques e prevenir que os atentados aconteçam."
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Segundo um agente penitenciário que não se identifica, conversas ouvidas dentro das prisões e por meio de interceptações telefônicas mostram que os presos da Grande São Paulo exigem que o interior "faça a cena." "Fazer a cena" significa pichar os muros com os dizeres do PCC, queimar ônibus (sem passageiros) e atacar carros e bases policiais e casas de agentes penitenciários.
Isso porque, segundo o agente, o interior, principalmente Ribeirão, é responsável por grande parte do tráfico de drogas, cujo dinheiro vai para o PCC. "Nas conversas, presos falam que policiais estão pegando pesado nas 'bocas'", revela.
Com os ataques, os membros do PCC esperam que os policiais fiquem concentrados nos atentados e atuem menos nas áreas do tráfico de drogas.
Um preso da Penitenciária de Araraquara (237 km a noroeste de São Paulo) que admite ser ligado ao PCC disse à reportagem, por telefone, que as faixas e os muros pichados com críticas à imprensa e ao Estado são mesmo do PCC, mas negou que estejam queimando ônibus. "A gente também tem o direito de criticar. Mas, a baderna de queimar as coisas não é coisa nossa, não. Isso é coisa de gente oportunista."
Para o delegado seccional, Benedito Antonio Valencise, não há uma explicação para os atentados estarem ocorrendo agora só na região de Ribeirão. Segundo ele, é preciso primeiro prender os responsáveis para que as respostas sejam achadas. Ele não quis atribuir atentados a criminosos ligados ao PCC.
Valencise disse que os policiais civis vão começar a atuar de uma forma "discreta" nas ruas. Isso significa que os carros utilizados serão particulares e que os profissionais não vão utilizar nenhuma forma de identificação.
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